Estava previsto, para novembro do próximo ano, o término do prazo de congelamento das rendas que dizem respeito aos contratos celebrados antes de 1990. Mas, a cerca de um ano da possibilidade da atualização do valor da renda relativo aos contratos acima referidos, o Governo, no âmbito da negociação do Orçamento de Estado (OE) para 2022, pondera prorrogar o período de congelamento — “tendo em consideração estes prazos, o Governo está a avaliar os diversos cenários de intervenção no âmbito da negociação do OE 2022”, declarou a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves.
A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), critica a posição do governo e propõe como alternativa “a dotação orçamental para dar apoio aos inquilinos mais carenciados”.
A ALP, maior associação de proprietários do país, considera que já as anteriores prorrogações foram injustificadas e que, a repetir-se o cenário, saem prejudicados os proprietários, mas, sobretudo, os arrendatários das gerações mais jovens, para quem o acesso à habitação condigna a preços acessíveis é cada vez mais difícil.