Investimento imobiliário cai em 2020 mas deverá ser o terceiro melhor ano de sempre

O investimento imobiliário no ano de 2020 deverá ultrapassar os 26 mil milhões de euros, valores que representam uma queda de 20% face ao recorde de 2019.

A JLL estima que em 2020 terão sido investidos 2,6 mil milhões de euros em imobiliário comercial e outros 24 mil milhões de euros em compra de habitação em Portugal, o que deverá constituir o terceiro melhor ano para este mercado.

A imobiliária considera que este foi “um setor bastante resiliente no contexto da crise pandémica”, apontando estabilidade dos preços e das rendas na maioria dos segmentos, assim como um volume de transações elevado.

“O ano começou a todo o gás nos diferentes segmentos do mercado e, não fosse a proliferação da covid-19, 2020 teria sido o melhor ano de sempre para este setor, quebrando novos recordes”, afirma o diretor geral da JLL, Pedro Lancastre. “Depois de um 2.º trimestre de pânico num quadro de absoluto desconhecimento, o 3.º trimestre foi trazendo normalidade ao setor, com as transações a acontecerem, e o 4.º trimestre foi já marcado por uma maior confiança e o regresso de muitos investidores ao ativo, também porque a vacina deixou de ser uma miragem para passar a ser uma realidade”, acrescenta.

Os escritórios foram um dos ativos mais apetecíveis. Já o retalho “sofreu maior escrutínio” por parte dos investidores, devido ao impacto da pandemia na livre circulação dos consumidores, o que provocou uma quebra no desempenho de muitos ativos deste segmento, especialmente no que respeita os centros comerciais. No que toca ao mercado residencial e também ao de indústria e logística, regista-se “uma forte procura”, que é acompanhada de uma “falta de produto”.

Em 2019 foram transacionados 3,240 mil milhões de euros em imobiliário comercial e 25,1 mil milhões de euros em residencial, o que significa que em 2020 espera-se uma quebra de cerca de 20% face ao ano anterior. Já em 2018 foram transacionados 3,356 mil milhões de euros em imobiliário comercial e 24,1 mil milhões de euros em residencial.

Fonte: Jornal de Negócios

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