“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, é uma frase atribuída a Albert Einstein.
A rotina é uma parte importante da nossa vida. Com a rotina, conseguimos assegurar uma estabilidade em muitas das nossas atividades diárias.
Essa estabilidade, é importante para termos hábitos saudáveis, para diminuir o número de decisões que temos durante o dia e, assim, reduzir o stress.
Imaginem se lavar os dentes ou colocar o cinto antes de conduzir um carro necessitasse de uma decisão consciente, a energia que se teria de gastar, para ações que a rotina nos ajuda a fazer “no automático”.
Assim, a rotina permite-nos focar nas ações que precisam realmente da nossa atenção. Todavia, é fundamental ir acompanhando as nossas rotinas, para perceber quais as que continuam a fazer sentido e quais as que se podem e devem mudar, para adequar a novos desafios ou a uma vida mais satisfatória.
Se não tivermos cuidado, passamos de uma rotina estruturante e vantajosa para as nossas vidas, numa acomodação que é conformista e trava as mudanças e as oportunidades de crescimento.
A acomodação limita o nosso potencial de desenvolvimento pessoal. Deixamos de procurar novas oportunidades e entramos no rame-rame diário que nos faz perder vitalidade, vontade e capacidade de atingir novos patamares.
Quando sentimos que há esta fastidiosa forma de encarar o nosso dia a dia, é fundamental termos a consciência para parar, refletir e mudar alguma coisa.
Neste caso, estamos a falar de auto-liderança. No caso de não haver esta consciência individual, é importante que o líder da equipa o faça.
Assim, deverá criar desafios ou promover a mudança, de forma a que a estagnação seja contida e que se possa implementar uma cultura de melhoria contínua e/ou inovação na organização.
Promover a mudança
Promovendo a mudança, a partilha de soluções, a experimentação de novas soluções, estamos a criar uma cultura que nos permite uma adaptação constante e a equipa vai absorvendo esta cultura, tornando-a parte do seu DNA, da sua forma de ser, do seu dia a dia.
Einstein continua carregado de razão, seja nos negócios, nos relacionamentos pessoais, com os vizinhos ou nas associações a que pertencemos. E continua o processo… Esta rotina faz bem, ou está a levar à estagnação? É preciso mudar algo, ou ainda faz sentido manter como está?
A dinâmica do mundo dos negócios
O mundo dos negócios é altamente dinâmico e diz-se que quem não está a avançar está a retroceder.
Assim, ou estamos permanentemente à procura de melhorias nos produtos, processos, serviços de forma a aumentar a satisfação dos colaboradores e clientes e podermos entregar algo com valor adicional, ou corremos o risco de sermos ultrapassados e podermos ficar menos competitivos, o que pode pôr em causa a continuidade do negócio.
Abraçar a mudança
Há um conjunto de benefícios no “abraçar a mudança”:
- Desenvolvimento Pessoal: novas perspetivas, novas experiências, novos desafios, novas oportunidades… acabamos por exercitar as nossas capacidades e competências, faz-nos desenvolver novas competências, técnicas e sociais. Assim, abrimos novos horizontes e a melhoria pessoal e profissional é constante e alarga a nossa zona de conforto. Assim, conseguimos ser melhores pessoas e melhores profissionais, todos os dias.
- Aumenta as nossas capacidades de adaptabilidade e de nos adaptarmos ao contexto e às suas mudanças. Sabemos que o que sobrevive não é o mais forte, mas o que melhor se adapta. Ao aumentarmos a nossa versatilidade, a nossa flexibilidade, estamos a aumentar a nossa capacidade de responder com as adversidades. Há muitas mudanças e a estabilidade é um mito. Adaptarmo-nos é sobrevivermos.
- A mudança faz identificar melhor as oportunidades e estarmos mais atentos a essas oportunidades. Traz crescimento e sucesso, traz novas possibilidades de avançar, traz a capacidade de sermos “mais rápido, mais alto, mais forte” (Lema Olímpico Citius, Altius, Fortius). Com a mudança, somos mais competitivos e mais propensos ao sucesso pessoal e profissional.
Podemos criar o futuro que desejamos
Se quisermos melhores resultados, é importante termos uma mente aberta e receptiva a mudanças, à experimentação, a fazer de forma diferente, a contribuir, de forma construtiva, para a mudança, encontrando as vulnerabilidades do processo e corrigindo-as, encontrando os benefícios do processo e reforçando-os.
Seja um agente da mudança e veja a sua vida mudar para melhor. Aproveite o potencial que há em si e na sua equipa e usufrua de melhores resultados e de melhores relacionamentos.
Segundo Peter Drucker, “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.”
Em conjunto, podemos criar o nosso futuro.
Abraçar a mudança é um passo essencial. Previne a insanidade.
Artigo de Pedro Paiva