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“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças” Charles Darwin

A força

As empresas crescem e tornam-se fortes (financeiramente, estruturalmente, nas redes de contactos, nos canais de distribuição, na capacidade de comunicação, etc.). Há várias competências-chave que as empresas desenvolvem e, muitas vezes, uma dessas competências-chave vai permitir a diferenciação relativamente a uma concorrência feroz. No entanto, essa força distintiva é passageira. O contexto está sempre em mudança e se continuarmos sempre a fazer as mesmas coisas, da mesma forma, seremos, com certeza, igualados e ultrapassados. A variável de incerteza é o “quando?”.

Todos conhecemos exemplos de empresas que eram enormes no seu setor e que acabaram por cair.

Por exemplo, a Kodak, uma famosa marca de fotografia, que chegou a ter acima de 80% do mercado na venda de câmaras e filmes fotográficos. O mais incrível desta história é o facto de ter sido a Kodak a construir a câmara digital e não a aproveitar no mercado, tentando “esconder” algo que foi imparável. Apesar de ainda tentar recuperar o tempo perdido, não foi a tempo, pois outras marcas ocuparam o mercado e tornaram-se fortes e reconhecidas na área da imagem digital. Apesar de continuar viva, a Kodak está a trabalhar outras áreas em que tem competências fortes. Talvez um dia possa vir a ter a força que já teve, mas hoje não é o dia.

Outro exemplo, que a maioria de nós conhece é a Blockbuster, como representante gigante dos clubes de vídeo, com clientes fidelizados. Não demorou muito tempo até se tornar insignificante. Houve uma transferência generalizada do aluguer de vídeos para o conforto de ter os filmes com o cliente, sem que ele se tenha que deslocar ou fazer algo para além do domínio do comando da televisão, do computador, tablet ou telemóvel. Hoje, a Netflix ou a Amazon Prime Vídeo são as herdeiras do negócio da Blockbuster e esta já é uma marca longínqua.

Inovar é adaptarmo-nos a novos tempos e a novos contextos

As empresas têm uma vida e ao longo da sua vida, há alterações significativas. Quando olhamos para algumas das empresas/marcas mais conhecidas, podemos olhar para várias e ver exemplos que nos comprovam a importância da capacidade de adaptação:

• A Nokia já teve sucesso com as suas galochas Kontio, com pneus e outros produtos de borracha.
• A Samsung já comercializou alimentos e produziu açúcar.
• A Airbnb já comercializou cereais.
• A Virgin vai colecionando várias áreas de atuação, desde a aviação, até à música, passando pelas telecomunicações e pelo turismo.

E poderíamos continuar com diversos exemplos, que nos mostram como a diversificação e adaptação aos novos tempos é fundamental para assegurar a sustentabilidade das organizações.

Sucesso

Embora não haja uma definição universal e aceite como verdade absoluta sobre o que é o sucesso, podemos dizer que a empresa aumenta a sua probabilidade de sucesso se estiver aberta a novos modelos de negócio, a novos produtos/serviços, a procurar novos métodos de gestão, que complementem os mais clássicos, a novas formas de contactar e/ou envolver os clientes, etc. Ou seja, a empresa deve estar atenta à novidade e à oportunidade, assegurando que analisa de forma despretensiosa as novas possibilidades que se lhe apresentam e, ao mesmo tempo, decide quais as que vai aproveitar.

Aspetos a considerar:

Há algumas questões que devemos ter em consideração para o nosso processo de aumento de flexibilidade:

• A inovação é necessária, mas não suficiente. É preciso pô-la em prática.
• A flexibilidade vem com a prática.
• Procurar novos produtos/serviços que venham a tornar obsoletos os que já temos. Se alguém vai tornar as nossas soluções obsoletas, é preferível que sejamos nós.
• Simplificar a vida do cliente, sempre.

Artigo de Pedro Paiva

Esta experiência começou quando o nosso tutor da turma propôs a ideia de poder fazer um estágio no estrangeiro, em Portugal ou na Lituânia. No começo eu não estava muito convencido, mas quando vários colegas começaram a se animar, não pensei duas vezes.

O processo de seleção começou com o preenchimento de alguns questionários de personalidade, eles também verificaram nosso nível de inglês gravando um vídeo de um minuto explicando porque queríamos participar dessa experiência. Neste vídeo expliquei os meus hobbies e qualidades e também disse porque me deviam escolher para este projeto Erasmus.

Passados alguns dias tivemos uma pequena reunião em que nos explicaram mais a fundo o que era participar neste projeto e as responsabilidades que tinha, incluindo receber uma bolsa de estudos de 4.000 euros, dos quais 3.100 iriam para a empresa intermediária para pagar o alojamento, ida e volta (avião, ônibus, etc.) e todas as despesas como eletricidade, água, gás, etc.

Depois de alguns dias de incerteza, eles me disseram que eu havia sido selecionado para a bolsa Erasmus. A empresa intermediária iniciou o processo de reserva de alojamento durante três meses numa residência de estudantes em Coimbra (Livensa Living Coimbra Rio). Esta residência é conhecida por suas amplas e boas instalações, pois é composta por cozinha, academia, piscina, sauna, sala de jogos, salas de reuniões e muitos quartos compartilhados para comer, estudar ou trabalhar.

Faltando uma semana para Coimbra tivemos um encontro online com uma integrante do projeto Erasmus que nos explicou como seria a experiência, nos indicou as empresas atribuídas a cada uma, nos enviou também as passagens de ônibus e avião e o no final da reunião, foram-nos atribuídos quartos duplos.

21/03
Chegou o dia 21 de março e reunimo-nos às 8h30 com os dois professores que iam estar connosco durante 5 dias em Coimbra na estação de autocarros de Saragoça a caminho de Madrid. Uma vez em Madrid fomos para o aeroporto e pudemos comer e descansar um pouco até chegar a hora do voo para o Porto. Quando chegámos ao Porto pensámos que seria melhor ir de comboio para Coimbra pois o autocarro que a empresa intermediária tinha reservado para nós sairia muito tarde e teríamos de esperar mais de 4 horas no Porto para pegar o ônibus.

Apanhámos um comboio na estação do Porto e em cerca de 1 hora chegámos a Coimbra. Assim que descemos do comboio, vieram buscar as duas professoras que nos tinham acompanhado e levaram-nas para o seu hotel, depois telefonámos à Isabel, que trabalha para o projecto Erasmus, e ela disse-nos para chamarmos um táxi para irmos para a residência. Uma vez na residência, a Isabel cumprimentou-nos e na recepção deram-nos o essencial para cozinhar e a chave do quarto. Eles também nos deram um pedaço de papel para que, se os quartos estivessem em más condições, nós os avisássemos o mais rápido possível por meio desse pedaço de papel.

Assim que chegamos ao quarto pegamos nossa mala, preparamos nossas roupas para o dia seguinte e fomos dormir. No dia seguinte realizaram-se as apresentações com as empresas e a entrega dos documentos para avaliação das práticas, em Espanha chama-se FCT (Formación en Centros de Trabajo).

22/03
A minha empresa designada é uma imobiliária chamada Soluções Ideais. A Isabel me acompanhou para saber quais ônibus eu tinha que pegar para ir e voltar, ela também entregou os documentos que eu já mencionei antes e conversamos um pouco sobre o que ela iria fazer na empresa, o tempo que ela iria estar lá e eles nos mostraram o escritório. Então ele me mostrou o caminho de volta para a residência e eu descansei um pouco. Descansado, fui com meu colega de quarto até a cozinha da residência preparar o almoço e o jantar para aquele dia. Depois disso não fiz muito mais coisas, pois ainda estava bem cansado da viagem do dia anterior.

23/03
No dia seguinte já tínhamos que ir o dia todo para a empresa. O dia foi bem suportável, pois os funcionários da empresa são muito simpáticos e me receberam com muita gentileza, conversamos um pouco sobre de onde eu era, onde estava hospedado, e eles me mostraram o site da empresa e me explicaram como funciona. Nessa mesma tarde tivemos uma reunião com uma trabalhadora da residência que nos explicou como funciona esta e todas as suas regras. No final desse encontro reunimo-nos com os professores de Zaragoza para lhes contar um pouco sobre as empresas que nos tinham atribuído e a residência.