Há casas que nos encantam!
Em algumas é a zona envolvente, pois há locais de sonho e outros que nos fazem sentir pequenos, mas parte de algo maior.
Noutras é a decoração do apartamento ou moradia que nos fazem sonhar, porque uma imagem vale por mil palavras, e é por isso que a venda de revistas de decoração, escritas em que língua for, são sempre um negócio em franco crescimento.
“Uma casa é um mundo e um lugar incrível, com pessoas muitas vezes fascinantes e com histórias à esperam de serem escritas ou contadas”, devendo estar sempre focada na família que a habita e decoração que ajude a promover o bem-estar individual de cada um, sem esquecer o lazer e a sua dimensão profissional.
O importante é aproveitar e dinamizar os espaços, por mais pequenos que sejam, de forma a torná-los agradáveis.
É certo que o caminho nem sempre é fácil, mas pensar que o “importante é ir aproveitando as pequenas conquistas, também ajuda no processo”. Contudo, por vezes é um processo lento e interminável, pois nem sempre temos os conhecimentos, nem as condições financeiras, para a família conciliar as sua vontades e preferências.
O importante é não ter medo de experimentar e não estranhar quando o fracasso superar o êxito, pois só arriscando, se consegue inovar.
Para tornar a sua casa única e especial, vale a pena explorar e apostar tudo na audácia e experimentação.
Uma moradia na Serra, ou um apartamento de férias na Figueira da Foz, Buarcos ou Quiaios, devem ter uma decoração diferente, pois nas zonas costeiras predomina a 2ª habitação, e na Serra, a habitação permanente.
A própria construção dos imóveis é diferente, e até os próprios telhados têm em linha de conta o clima, mais agreste, ou mais ameno. Todavia, o essencial das habitações, até podem ter pontos em comum, tais como os electrodomésticos e equipamentos das casas-de-banho.
Não tem, no entanto, de abdicar da mobília de família, pela qual sente afecto e lhe traz recordações, pois acrescentando pequenos adereços, conseguirá harmonizar o ambiente e integrar a sua mobília com a decoração existente, sem haver choques estéticos.
Conjugando com mestria e autenticidade as suas peças, que não têm forçosamente de condizer, mas que juntas tocam harmonicamente a sua própria música, tornando o espaço transparente a quem o habita, não parecendo decorado, mas sim coleccionado ao longo da vida, mesmo que tenha sido projectado em poucos meses.
Nas zonas do interior do país, a variação climática é mais acentuada, com temperaturas muito baixas no Inverno, e muito altas no Verão.
Nos apartamentos de praia, no Inverno, devemos optar por cortinados com sombras, que no Verão poderão ser retirados, contribuindo para um ambiente mais fresco.
Também se devem substituir carpetes e tapetes, que no Inverno podem ser de lã, ou outro material igualmente quente. No Verão, deverão ser substituídos por outros, tipo esteiras, ou até mesmo retirá-los, ficando desta forma mais fácil a limpeza, evitando também a acumulação de areias oriundas da praia.
Nas habitações do interior, curiosamente, deve-se fazer exactamente a mesma coisa, mesmo sem ter conta as areias. São frequentes temperaturas muito elevadas, sendo as medidas para amenizar o ambiente, as mesmas das casas de praia.
Há pessoas mais conservadoras que outras.
Umas mantêm a mesma decoração e apenas vão alterando ao longo de tempo com pormenores. Outras estão sempre a par das últimas tendências, não se limitando a pequenos ajustes, chegando ao ponto de mudar de casa e deixar toda a decoração e recheio, apenas para terem o prazer de criar uma nova decoração de raiz na nova habitação, e é para essas pessoas que segue este último capítulo.
Quais as últimas tendências na decoração de interiores?
Falemos agora das principais tendências decorativas, desde cores, até materiais para revestir paredes.
Os materiais de origem natural e feitos à mão, continuam na ordem do dia, pois pouco a pouco, estamos a retornar às linhas redondas, típicas dos anos 70.
A cortiça flui num sentido ascendente, outrora queimada e rejeitada, é hoje transformada em blocos com gradientes personalizáveis para decorar paredes, atribuindo-lhes conforto e beleza.
Estão também de volta as transparências, tais como o cristal, acrílico e vidro, conferindo aos espaços uma maior sofisticação e substituindo, com grande elegância, paredes, que sem estes materiais seriam muito austeras, acrescentando uma ilusão de espaço e leveza.
A madeira continua a ser o material preferido para forrar sótãos, seja para criar a sala de brincadeiras das crianças, um escritório para teletrabalho, ou um quarto de hóspedes.
Os tons devem ser claros, para disfarçar a inclinação do telhado, tendo um melhor enquadramento com as janelas, que são habitualmente do tipo basculante, devendo estar distribuídas pelo espaço e não apenas uma, no centro da divisão, por maior que esta seja.
O objectivo é criar um espaço confortável, passível de ser utilizado todo ano e que seja um ambiente descontraído, sóbrio, intemporal e descomplicado.
A tendência actual é por tons neutros, tanto no piso, como nas paredes, embora em certas situações, possa ser colocado um pequeno apontamento de papel-parede mais vivo, de formar a termos algum contraste.
Aliada à procura pela tranquilidade, tanto nos móveis, como nos adereços, a sustentabilidade dos materiais é cada vez mais procurada.
Linho e algodão de textura grossa (tanto para sofás, como para almofadas), vime, bambu, ou rattan, celebram uma decoração mais natural, tão apreciada nos dias de hoje, e tanto numa casa de praia, como numa casa de campo, é fácil incluir alguns objectos mais rústicos, na decoração de qualquer casa.