Edifícios mais eficientes continuam a ser prioridade

Moradias Figueira da Foz

ENERGIA – Todos os anos, quando as temperaturas baixam, volta a ganhar terreno a discussão acerca do conforto térmico e sustentabilidade das habitações. Reclamam-se mais apoios para esta área.

Com <<mais um inverno sem conforto térmico nos edifícios portugueses>> a aproximar-se a passos largos, João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE – Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas eficientes, deixa o alerta: será <<mais um teste à forte resiliência da saúde dos portugueses>>, que face à escalada generalizada dos preços, terão menos possibilidade de manter as suas casas aquecidas. Por outro lado, ainda que alguns tenham disponibilidade financeira, o problema <<já antigo>> da má qualidade das construções será contraprodutivo.

Desta forma, a ANFAJE considera ser fundamental que se continue a promover a eficiência e poupança energética dos edifícios, sobretudo no atual contexto de inflação que poderá agravar a pobreza energética no país, e apela, em comunicado divulgado recentemente, ao reforço de medidas e programas de apoio à eficiência energética. Tendo em conta também o importante combate às alterações climáticas e a dependência energética, o responsável apela ao reforço, para os próximos anos, dos montantes de financiamento dos programas de apoio à eficiência energética inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência. Para a associação é <<urgente executar a totalidade da dotação>>, que se situa num valor de 330 milhões de euros destinados aos edifícios particulares no período de 2021-2026, mas também pensar no depois.

Perante programas como o “Edifícios mais sustentáveis”, com dotações quase no limite (no caso deste 135 milhões de euros para as várias tipologias elegíveis), a ANFAJE sublinha que é preciso garantir que os portugueses possam continuar a melhorar estas questões. Como tal, diz ser <<indispensável complementar os programas e medidas públicas já existentes, com soluções de financiamento para obras de reabilitação, com o envolvimento do Banco de Fomento e com taxas de juro reduzidas>>.

A par desta medida, defende, será necessário <<garantir benefícios para quem investe no conforto e na eficiência energética da sua habitação, benefícios fiscais em sede de IRS para todos os investimentos dos proprietários que têm como consequência uma diminuição da fatura energética>>, acrescenta João Ferreira Gomes. Enquanto associação que atua no setor das janelas, portas e fachadas, a ANFAJE salienta novamente o papel da substituição das janelas antigas por janelas mais eficientes. De acordo com os dados avançaos pela entidade, esta medida permite <<poupar mais do que 40% na fatura energética>>.
Constituída em janeiro de 2010, a ANFAJE representa, a nível nacional e internacional, as empresas portuguesas e os profissionais da área das janelas, portas e fachadas eficientes, e fomenta o desenvolvimento sustentável, a inovação e a formação do setor.

in Diário de Coimbra, 30/11/2022

Proprietários já esperam que travão às rendas chegue aos novos contratos.

Imóveis Figueira da Foz

Governo admite estender travão das rendas a novos contratos de arrendamento. Proprietários não percebem como será dada a compensação nestes casos.

O ministro da Habitação admitiu esta segunda-feira que o travão de 2% às rendas possa ser estendido aos novos contratos de arrendamento, mas os proprietários já assumem essa medida como certa. Em declarações ao ECO, o presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP) diz ter dúvidas quanto à forma como o Governo vai compensar os senhorios nestes casos e diz que estes são mesmo um “alvo a abater” pelo Executivo.

O Governo decidiu que a atualização das rendas em 2023 não poderá ser superior a 2%, mas já admite que essa medida se possa estender a novos contratos de arrendamento, depois de ter sido noticiado que já há senhorios a não renovarem contratos para escaparem a este travão. “Vamos avaliar a extensão da travagem aos novos contratos, com base nos preços dos contratos anteriores”, disse Pedro Nuno Santos esta segunda-feira.

Desconhecem-se mais detalhes sobre as intenções do Governo, mas uma conclusão rápida seria que, no caso de um contrato com uma renda de 1.000 euros que termine em outubro, o contrato seguinte feito por esse senhorio não poderá ter uma renda superior a 1.020 euros.

O presidente da ANP considera que esta “é uma decisão que já deve estar tomada” por parte do Executivo. “Estamos convictos de que vai para a frente”, diz ao ECO António Frias Marques, afirmando que “os proprietários são, realmente, um alvo a abater”.

O representante dos proprietários nota, contudo, que o Governo terá uma “dificuldade” caso a medida se estenda aos novos contratos — “como é que vai depois fazer a compensação aos proprietários?”. Isto porque a medida, tal como está feita atualmente, prevê que haja uma compensação de 3,43% no IRS dos senhorios (2% do “travão” subtraído aos 5,43% do valor do coeficiente de atualização das rendas).

“A compensação é dada sobre os rendimentos auferidos” e, no caso dos novos contratos de arrendamento, “ainda são rendimentos por auferir”, diz António Frias Marques, notando que “há aqui um problema fiscal subjacente”.

O presidente da associação diz que, em qualquer caso, os proprietários irão “acatar a lei” e “fazer contratos de acordo com o que for legal”, mas nota que “isto provoca um grande desgaste e ninguém gosta de ser saco de pancada”.

Nesse sentido, alerta que é ao Estado que “compete dar habitação às pessoas” e que, “nos últimos seis ou sete anos não se construiu uma única casa”. “Não podemos exigir ao proprietário privado que substitua o Estado”, afirma.

Rita Neto, in ECO (08/11/2022)

Custos com a energia obrigam a repensar sistemas de aquecimento

Imobiliárias Figueira da Foz

O aumento do custo da energia é um dos grandes desafios da actualidade, com as famílias a sentirem já o seu peso no orçamento familiar. Por isso, reforça-se o conselho aos consumidores para uma aposta consciente na eficiência energética, que consiste exactamente na utilização racional da energia, por forma a reduzir custos.

Tendo em conta que estamos em pleno inverno e que as temperaturas baixas fazem parte do dia a dia, á que ter em conta um conjunto de boas práticas que, a par do sistema de aquecimento seja ele qual for, possa contribuir para o conforto térmico ao menor custo possível. Partindo da constatação de que o aquecimento central representa cerca de 40% do consumo energético doméstico, há que avaliar qual será a melhor solução. Os especialistas aconselham que, sempre que uma casa tenha um sistema de aquecimento com 15 ou mais anos, a melhor solução seria a de proceder à sua substituição. Mas, como é óbvio, há que ter em conta a disponibilidade financeira, pelo que o ideal é contactar uma empresa especializada que pode ajudar a conjugar as melhores soluções para cada caso.

No caso das caldeiras, há que ter em conta que as caldeiras de condensação são as que oferecem maior eficiência com qualquer tipo de instalação. No entanto, para otimizar o funcionamento da caldeira é necessário que ela esteja dotada de sistemas de regulação, como os termóstatos ambiente programáveis, o que torna compatível o conforto com a poupança energética.

De resto, a literacia em climatização é sempre o melhor ponto de partida.

Sabendo que por cada grau que se aumente à temperatura ambiente, o consumo de energia aumenta 7%, há que saber adoptar as melhores boas práticas. Assim, sem prescindir do conforto em casa, recomenda-se que a habitação tenha uma temperatura ambiente entre 19 e 21°C durante o dia e, durante a noite, se mantenham os quartos a uma temperatura entre 15 e 17°C.

Durante a noite, para evitar ao máximo fugas de calor, devem fechar-se os estores e cortinas. Inclusivamente poderá ser desnecessário ligar o aquecimento se for aproveitado o calor acumulado durante o dia. No caso de se ausentar de casa durante umas horas deve reduzir a temperatura para 15°C. A utilização de válvulas termostáticas nos radiadores permite ajustar a temperatura de cada divisão da casa às necessidades exigidas em cada momento. Outra dica prende-se com a colocação dos radiadores que devem estar debaixo das janelas e não devem estar cobertos com roupas, tal como, no início da temporada, estes devem ser purgados, pois o ar contido no seu interior dificulta a transmissão do calor.

A ventilação da casa é suficiente deixando as janelas abertas durante 10 minutos. Com isso consegue-se renovar o ar sem que se chegue a arrefecer totalmente a casa. É também importante efetuar manutenção preventiva do aparelho visando garantir o seu desempenho original. Finalmente, se possível, deve melhorar-se o isolamento da casa, evitando que o calor produzido se escape. Os sistemas de vidro duplo ou janela dupla reduzem para metade as perdas de calor, tal como se deve proceder à calafetagem das janelas.

in Diário de Coimbra, 30/11/2022

“Que Linda és Figueira”

Apartamentos Figueira da Foz

Os célebres festivais da canção (no então designado Grande Casino Peninsular) traziam novas canções, à época muito vocacionadas para elevar as belezas das localidades, quase a servirem de som promocional das suas belezas. Assim, entravam no éter da então Emissora Nacional tornando-se rapidamente em êxitos nacionais.

Madalena Iglésias, por exemplo, em 1965, apresentou-se com a canção “Que Linda és Figueira”, de autoria de António Antão e Carlos Canelhas.

Mas outros temas brilharam nos pratos dos discos antigos, como “Rainha do Mar”, escrita por Artur Rebocho e Artur Ribeiro. A mesma cantora regressou ainda em 1969, sendo musicalmente acompanhada pela Orquestra de José Santos Rosa.

Com modernidade, ritmo e frescura, mas sem abandonar a elegância melódica que vinha seguindo a música portuguesa, os cantores da década de 60 do século XX deixaram um rasto de valor e incontáveis temas que se imortalizaram e vincaram essa época de ouro da produção de grandes compositores. Esses temas ainda hoje se ouvem por aí, constroem o melhor do cancioneiro português mas apenas na mão de alguns coleccionadores de discos antigos.

Imóveis Figueira da Foz

Madalena, como ela própria escreveu, “ousou ser diferente” e com uma imagem de inigualável beleza, já que “tinhas olhos de cor de mar, um sorriso do tamanho do mundo”, como escreveu Nicolau Breyner, e uma carreira de brilho, fizeram dela uma mulher “feliz” como disse à sua biógrafa, Maria de Lourdes Carvalho.

Madalena Iglésias percorreu a sua profissão/vocação com alto rigor e dignidade, como ela própria referiu. Nascida já no final de Outubro de 1939, em Lisboa, Madalena Lucília Iglésias do Vale, de seu nome completo, inspira-se e entra para as canções, admirando outro nome importante, felizmente entre nós, Maria de Lourdes Resende.

A intérprete protagonizou uma das mais interessantes carreiras da música portuguesa. “Onde Estás Felicidade?”, “Balada das Palavras Perdidas”, “Na tua Carta” e “Setembro” foram alguns dos seus êxitos. Títulos, prémios e distinções internacionais marcaram o seu curto percurso artístico que nunca foi esquecido.

Simone de Oliveira (que também cantou a Figueira!), Artur Garcia, Alice Amaro, entre tantos, pisaram o palco do certâmen, entusiasticamente preparado pela organização, donde sobressaía Severo da Silva Biscaia, o pai da época de outo do turismo figueirense.

Alice Amaro – que também cantou a “Praia da Claridade” – participou no Festival da Figueira, também de 1965, com a canção “Noiva do Mar”, da autoria de Carlos Canelhas (compositor de “Ele e Ela” e muitos outros êxitos) e Álvaro Magalhães dos Santos.

Alice Amaro foi uma das populares vedetas da música ligeira dos anos 1960, tendo iniciado, como muitos, a sua carreira no Centro de Preparação de Artistas de Rádio. Com o tema “A Noiva do Mar”, brilhou e arrebatou o público.

Maria Clara – outra grande voz e que também gravou a marcha do Vapor num disco mandado prensar por João Rocha, o pioneiro da rádio por cabo em época balnear, soube tão bem colocar as palavras do poeta figueirense António de Sousa Freitas com a música de Carlos Nóbrega e Sousa, num patamar que acabou por eternizou aquele trecho musical.

Sons que não se esquecem e que se podem revisitar no canal digital Youtube.

António Jorge Lé – Memorialista, in Diário de Coimbra (12/10/2022)

Investimento imobiliário e arrendamento urbano: é do saber que vem o ter

Imobiliárias Figueira da Foz

Antes da aquisição de um imóvel arrendado, mesmo em sede de insolvência ou venda judicial, haverá que realizar a due diligence aos contratos vigentes.

Não é novidade que o mercado do arrendamento em Portugal é bastante regulamentado e tendencialmente protecionista da posição do arrendatário, principalmente do arrendatário habitacional. Estando em causa um direito constitucionalmente consagrado (o direito à habitação), com vestes de primeira necessidade na vida de todos, este tema merece sempre um intenso foco político e mediático.

Não são assim de estranhar sucessivas alterações legislativas nesta matéria, umas de maior impacto, outras menos significativas, mas tipicamente de pendor protecionista.

Ainda recentemente, um novo exemplo de protecionismo da posição do arrendatário veio ao conhecimento de todos. Referimo-nos à recente medida legislativa que determinou que, em 2023, a atualização das rendas não poderá ultrapassar o coeficiente de 1,02, sem prejuízo de estipulação diferente entre as partes.

Foi recentemente anunciada, igualmente, uma potencial alteração nas regras aplicáveis à transição para o “Novo Regime do Arrendamento Urbano” (o “NRAU”) e atualização de rendas dos contratos de arrendamento anteriores a 1990 (que ainda não tenham transitado para o NRAU). Estas regras serão, segundo o governo, avaliadas no próximo ano.

A formulação deste compromisso do governo parece ter trazido alguma confiança aos investidores em imóveis com contratos de arrendamento antigos, já que – pelo menos nas intenções anunciadas – não alude a uma nova suspensão do Procedimento quanto a algumas categorias de inquilinos às quais tem sido conferido um elevado grau de proteção.

Recorda-se que este Procedimento tinha sido suspenso quanto a essas categorias de inquilinos pela lei do orçamento de estado de 2022, até publicação do relatório do Observatório da Habitação e da Reabilitação Urbana.

Outro exemplo de protecionismo dos contratos de arrendamento decorre do acórdão de uniformização de jurisprudência proferido no verão de 2021 pelo Supremo Tribunal de Justiça e que decidiu que a venda em processo de insolvência de imóvel hipotecado, não faz caducar o contrato de arrendamento posterior à constituição da hipoteca.

Esta orientação inovadora em relação ao que vinha a ser decidido maioritariamente nesta matéria rapidamente foi replicada para as situações de venda judicial de imóvel em ação executiva.

Contudo, este entendimento não é, de todo, pacífico. Com efeito, algumas críticas têm vindo a ser apontadas a esta solução, designadamente por a mesma conduzir ao resultado em que, com a venda judicial de um imóvel, o contrato de arrendamento vigente prevalece, enquanto, que os direitos reais, como por exemplo o usufruto ou o direito real de uso e habitação, que sejam posteriores à hipoteca, mesmo que correspondam a casa de morada de família, caducam.

Na fundamentação da sua decisão, o Supremo Tribunal de Justiça afirma que o arrendamento é um “instrumento jurídico altamente rentável para os proprietáriosnão se podendo continuar a defender que o arrendamento implique uma desvalorização do bem, onerando-o economicamente, nem tão pouco que frustre e/ou diminua a posição do credor reclamante.”

Não negamos que existem dados e registos que mostram que o mercado do arrendamento pode, de facto, ser bastante rentável, mas como todos sabemos não é necessariamente assim.

Efetivamente, a afirmação do Supremo Tribunal de Justiça não deixa de ser arriscada, já que são várias as situações em que, quer por se tratarem de rendas antigas, contratos de duração muito elevada ou outras circunstâncias atinentes às partes, os contratos de arrendamento implicam uma desvalorização económica do imóvel.

Na verdade, só assim se compreende o desejo de recurso a uma ação judicial, com todos os custos associados, para apreciação desta questão, por parte do investidor adquirente do imóvel arrendado.

Certo é que, na avaliação do potencial de rentabilização dos ativos imobiliários, este será um ponto que os investidores devem, sempre, tomar em consideração.

Assim, antes da aquisição de um imóvel arrendado, mesmo em sede de insolvência ou venda judicial, haverá que realizar a due diligence aos contratos vigentes. Afinal é do saber que vem o ter e consultar quem sabe, já é saber metade.

Catarina Azevedo Marques; Advogada associada da Costa Pinto Advogados, in ECO (02/11/2022)

Empreender no Social Também

Moradias na Figueira da Foz

Esta semana em Coimbra realizou-se uma Gala onde foram entregues prémios relativos às melhores cidades para se poder viver em Portugal. Esta Gala serviu como conclusão de um estudo sobre “a qualidade de vida nos melhores municípios para viver”, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia Comportamental (Intec). Os municípios que concorreram foram avaliados em dez categorias, através de inquéritos a milhares de portugueses. Deste estudo, retira-se que Lagoa foi considerado o melhor Município para se viver, seguido de Caminha, Bragança, Cascais e Pombal, isto independentemente de outros rankings terem distinguido outros municípios em função de outras dimensões analisadas.

Foi abertamente transmitido pela organização que este ranking tem como objetivo valorizar os aspetos positivos dos municípios que concorreram levando a uma projeção das dimensões valorizadas pelo estudo. Desta forma, compete-se por um lugar de destaque positivo.

Este evento recordou-me a construção das Torres Petronas na cidade de Kuala Lumpur, na Malásia. Estas Torres são constituídas por dois arranha-céus ligados entre si por uma ponte. As Torres contam com 88 andares, sendo dos edifícios mais altos do mundo, com 452 metros. Não obstante a beleza e o simbolismo do edifício, eu destaco um aspecto na sua construção.

Desde o início do projecto que este foi tendo vários atrasos significativos, comprometendo a sua execução. Em determinado momento o governo malaio especificou que a construção teria de estar concluída em 6 anos, prazo que à época não era facilmente exequível. Foram propostas várias soluções, sendo que se optou pela menos comum: promover uma corrida até ao topo. Foram contratados dois consórcios de construção: um sul coreano e um outro japonês, sendo cada um responsável por uma das torres. O primeiro a terminar a sua torre ganharia o direito de construir a ponte aérea que liga as duas torres. Apesar de se tratar de 2 consórcios concorrentes, o que acabou por estar mais em causa foi a força de dois países que à data competiam entre si enquanto economias dominantes. Rapidamente a bandeira dos dois países foi colocada em cada uma das torres, subindo à medida que as torres também se erguiam; os recursos disponíveis passaram a ser muitos mais. Foi literalmente uma corrida para o topo. Como curiosidade, a Torre dois foi acabada primeiro, tendo cabido ao consórcio sul coreano a construção da dita plataforma que serviria como prémio.

Estas duas situações advêm de uma competitividade positiva, em que, pela valorização e reconhecimento de valor, se tentam explicar realidades. O empreendedorismo não existe apenas nos negócios, é social e potencial de desenvolvimento em todas as esferas do ser humano.

Apartamentos Figueira da Foz

Paulo Cunha – Presidente da Delegação Regional do Centro da Ordem dos Psicólogos Portugueses, in Diário de Coimbra (05/11/2022)

 

As Cidades, Geográficas e Etimológicas

Apartamentos Figueira da Foz

Segundo os dicionários, a palavra <<cidade>> tem a sua origem no latim, vindo de <<civitas>> que significava <<condição de cidadão>> que eram quem vivia em cidade, significando hoje muito mais do que isso, como sabemos.

Ao longo dos tempos as sociedades evoluíram e é hoje claro que as cidades são cada vez mais os locais de preferência da humanidade para viver.

Segundo a OCDE, mais de metade da população mundial vive já hoje em cidades, prevendo-se que em 2030 essa percentagem seja de 60% e em 2050 de 70%. Estes números são impressionantes, indo já longe os tempos em que as cidades eram apenas pontos de segurança e de recolha e redistribuição dos bens agrícolas. Ainda segundo a OCDE os centros urbanos são hoje o motor do crescimento económico, contribuindo para cerca de 60% do PIB global.

O crescimento das cidades traz evidentemente novos problemas, principalmente num tempo em que a sustentabilidade passou a ser um factor crucial para a própria existência da Humanidade. As questões relacionadas com a escassez de água, com as necessidades de energia do actual modelo de desenvolvimento e com a mobilidade têm que ser vistas como desafios à imaginação e capacidade tecnológica dos nossos tempos e não meramente como algo negativo.

Também entre nós se verifica o fenómeno da deslocação das pessoas para as cidades, com uma influência cada vez maior das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, mas não só. No interior são as cidades médias que exercem um poder de atracção sobre os territórios vizinhos, como é o caso de Castelo Branco que como suga a população dos municípios à sua volta. As cidades reflectem a evolução social.

Por exemplo, em Coimbra, se a população aumentou cerca de 40% entre 1960 e os nossos dias, o número de famílias existente passou para quase o dobro, acompanhando o aumento de alojamentos; já o índice de envelhecimento calculado pelo número de idosos por cada cem jovens aumentou mais de seis vezes mas, claro, sem contar com os jovens que todos os anos procuram a Cidade para estudar aumentando em pelo menos um terço a população presente durante a maior parte do ano.

E é por estarmos tão habituados a ver as cidades como territórios de paz e progresso que se nos torna tão estranho que cidades, onde vivem milhares de pessoas de forma pacífica, possam ser objecto de violência militar como todos os dias podemos ver suceder nas cidades da Ucrânia, vítimas dos mísseis russos.

Cidades esventradas, milhares de pessoas em fuga sem saber quando terão o azar de lhes entrar um míssil pela casa dentro e prédios inteiros que deixam de existir e passam a ser um buraco negro no meio dos sobreviventes. Claro que temos na memórias as imagens de Londres e outras cidades inglesas a serem bombardeadas por aviões e pelas famosas V1 e V1 da Alemanha nazi, percursoras dos actuais mísseis, e da fuga das populações para os refúgios subterrâneos, mas não imaginaríamos poder assistir ao mesmo em nossas vidas: cidades e seus habitantes, homens, mulheres e crianças alvo de bombas assassinas de forma indiscriminada.

A cidade transforma-se no habitat natural da Humanidade, não só no aspecto físico ou geográfico. Entra também na nossa linguagem, ainda que não etimologicamente, mas de forma evidente. O leitor já reparou no número de palavras que contêm <<cidade>> como elemento morfológico? Desde a publicidade à privacidade, da veracidade à capacidade ou da elasticidade à tenacidade, a cidade entra na nossa linguagem de forma quase permanente, o que é muito significativo dos tempos que vivemos.

João Paulo Craveiro, in Diário de Coimbra (17/10/2022)

IMI? Não se esqueça da prestação que tem de pagar este mês

Imobiliárias Figueira da Foz

Não deixe passar o prazo.

Durante este mês está a pagamento a segunda prestação do IMI, se superior a 100 euros ou inferior a 500 euros, ou a terceira prestação para quem tem de pagar este imposto num valor superior a 500 euros, lembrou a Autoridade Tributária (AT), através de uma publicação nas redes sociais.

“Durante este mês está a pagamento a 2.ª prestação, se superior a €100 ou inferior a €500, ou da 3.ª prestação, se superior a €500”, pode ler-se na publicação do Fisco.

O pagamento do IMI arrancou em maio, com a emissão de 4.009.718 notas de liquidação, das quais 895.969 eram de valor inferior a 100 euros, gerando, por isso, uma nota de pagamento único.

Para as restantes, o pagamento é desdobrado em duas ou três prestações, a serem pagas em maio e novembro ou maio, agosto e novembro, caso o seu valor esteja balizado entre, respetivamente, os 100 e os 500 euros ou supere os 500 euros.

De acordo com os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), do total de liquidações emitidas, há 679.435 de valor acima dos 500 euros, cuja segunda prestação pode ser paga a partir até ao final deste mês caso os proprietários em causa não tenham optado pelo pagamento integral em maio.

As taxas do IMI são anualmente fixadas pelas autarquias, num intervalo entre 0,3% e 0,45% (para os prédios urbanos), cabendo-lhes também decidir sobre a adesão ao IMI familiar, mecanismo que dá um desconto às famílias residentes, ou sobre a aplicação das taxas agravadas nos prédios devolutos ou em ruínas.

In Noticias ao Minuto (04/11/2022)

Crédito habitação a recibos verdes? 3 fatores a ter em conta

Moradias Figueira da Foz

O histórico financeiro e de crédito, a taxa de esforço e as garantias são os três principais fatores a ter em conta para aumentar as probabilidades de obter um crédito habitação.

Juntar crédito habitação e recibos verdes pode ser difícil, mas não é impossível. As garantias, histórico e taxa de esforço têm neste cenário um papel muito importante. É necessário provar ao banco que a situação específica de quem quer comprar casa, apesar de a recibos verdes, oferece a segurança e a estabilidade necessárias.

No entanto, é preciso ter em atenção que o impacto da situação profissional não se resume apenas à aprovação/rejeição do empréstimo. Poderá ser necessário equacionar um montante menor de financiamento (inclusive uma percentagem menor do valor de avaliação do imóvel) e um spread mais elevado.

Para aumentar as probabilidades de obter um crédito habitação, é deve ter em conta estes três fatores:

1. Histórico financeiro e de crédito

Um histórico “limpo” permite ganhar confiança do banco. Mas incumprimentos anteriores, valores atuais em dívida, utilização a descoberto da conta ordenado e padrões de consumismo prejudicam o histórico. Para detalhes da situação de crédito atual, pode consultar o Mapa de Responsabilidades de Crédito, no Banco de Portugal.

Não é possível mudar o passado, mas pondere se será necessário aguardar um pouco antes do pedido de financiamento de forma a regularizar dívidas e adotar um perfil sem excessos. O compasso de espera pode ser também uma boa estratégia para melhorar o histórico de rendimentos analisado pela instituição financiadora: os rendimentos mensais dos trabalhadores independentes são calculados em função da média dos últimos 12 meses.

2. Taxa de esforço

A média dos rendimentos dos últimos 12 meses é importante para o banco poder avaliar a taxa de esforço. O objetivo é perceber se o rendimento disponível (depois de subtraídas outras despesas fixas) permitirá pagar a prestação do crédito habitação. A taxa de esforço ideal situa-se abaixo dos 35%. Recorra previamente a um simulador de taxa de esforço, como o da Twinkloo, e, caso não estejam na fasquia ideal, pondere reduzir as despesas fixas, aumentar rendimentos ou pedir um financiamento menor.

Tome nota: o banco faz o cálculo de rendimentos a recibos verdes com uma margem de segurança, em regra, de 30%. Ou seja, se o rendimento médio do agregado dos últimos 12 meses for de 2.300 euros, por exemplo, o banco irá considerar apenas 1.610 euros na avaliação da taxa de esforço.

3. Apostar nas garantias

Na balança entre crédito habitação e recibos verdes, uma das melhores formas de acesso ao financiamento é através da apresentação de garantias. Falamos, por exemplo, de poder apresentar fiadores credíveis ou a hipoteca de um imóvel como dupla garantia (neste último caso, as condições de libertação da garantia deverão ficar acordadas e inscritas em documento complementar). E, em termos do valor da entrada, capitais próprios que lhe permitam ir acima dos 10% habituais do valor do imóvel.

Comparar e escolher, com confiança

Por último, é sempre recomendável fazer a simulação de financiamento no seu banco habitual. Ainda assim, outra instituição pode oferecer acesso a financiamento, até em condições mais vantajosas.

Artigo de finanças pessoais resulta de uma parceria da Twinkloo, in Dinheiro Vivo (24/10/2022)

4 Estratégias para contornar a subida da Euribor

Apartamentos na Figueira da Foz

A subida da Euribor – taxa de referência baseada na média dos juros praticados por um conjunto de bancos da zona euro, nos empréstimos que fazem entre si, num determinado prazo. Por conseguinte, o agravamento dos juros dos empréstimos deixa muitas famílias numa posição de maior vulnerabilidade. Neste cenário, encontrar estratégias para combater o aumento da prestação da habitação é uma necessidade premente.

O que justifica a subida da Euribor?

Depois de um longo período em mínimos históricos, esta taxa de juro, paga pelos bancos da zona euro por emprestarem dinheiro, regista um aumento significativo desde fevereiro. O início da guerra na Ucrânia e o agravamento da inflação aceleraram a subida da Euribor. Além dos aumentos já registados, antecipam-se mais duas a quatro subidas nos próximos meses.

Quatro formas de minimizar o impacto desta subida

Este é, certamente, o momento indicado para adotar estratégias que contornem a subida da Euribor. Então, o que pode fazer?

– Renegociação do Spread

Este valor, definido pela entidade bancária, é a margem de lucro que o banco obtém do empréstimo. Não está, portanto, condicionado por fatores financeiros externos. A negociação desta parcela do encargo mensal fará a diferença no momento de enfrentar a subida da Euribor.

– Mudança para a taxa fixa

Outro dos pontos a rever é o tipo de taxa aplicada. Pode, assim, avaliar junto do seu banco as vantagens inerentes à adoção da taxa fixa. Mas não se esqueça: a estabilidade, sobretudo em momentos de incerteza, tem um preço!

– Amortização de parte da dívida

Para quem tem algumas poupanças de lado, excetuando as reservadas ao fundo de emergência, a liquidação antecipada de uma fração do crédito pode ser um método eficaz na resistência à subida da Euribor. Dessa maneira, poderá reduzir a sua prestação mensal.

– Consolidação de créditos 

Quem tem mais do que um crédito pode procurar saber se, ao agregar as prestações, obterá melhores condições e, portanto, um valor mensal mais baixo. De notar, contudo, que o prazo de pagamento se tornará mais longo.

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