A Mediação Imobiliária e as “Proptechs”

Em 2021 é possível substituir um médico por uma máquina?

 

Acho que sim, mas não quero. Preciso do olhar, da bata, do tom, dos comentários, das tantas coisas que encontro no meu médico, é isso que juntamente com o diagnóstico onde entram máquinas de eco, tac, programas para análises clínicas e toda a panóplia de tecnologia de enorme utilidade, me faz sentir confiante e portanto bem.

Não quero porque adoro saber que o meu médico frequenta hospitais, fala com colegas de outras especialidades, movimenta-se num meio onde tem muitos e diferentes colegas médicos.

Não quero porque preciso de conselhos dados por quem tão bem me conhece.

Não quero porque o meu médico sabe que tenho enorme dificuldade em engolir cápsulas grandes.

Não quero porque o meu médico sabe que adoro sol e praia e por isso tenho de me proteger acima do normal.

Talvez seja possível mas não quero.

Em 2021 é possível substituir um agente imobiliário por uma máquina? Talvez, mas não quero.

Não quero porque vender ou comprar casa é algo que farei três a quatro vezes na vida.

Não quero porque se vender ou comprar, irei lidar com muito dinheiro que irei receber ou pagar e não tenho espaço para ser mal compreendido, não quero porque se fizer alguma coisa mal, as consequências serão enormes.

Não quero porque preciso de alguém em quem confiar, alguém que me conhece e que sei que me irá defender em quaisquer circunstâncias.

Alguém que conhece os detalhes, aqueles detalhes da área da certidão que não é exatamente igual à da caderneta ou do certificado ou da ficha técnica, ou da licença, ou…

Alguém que se relaciona com outras mediadoras que nem sabia que existiam, alguém que está no seu meio rodeado de parceiros, alguém que me vai ajudar a concretizar o meu sonho, ou a minha necessidade, ou mera contingência e estará lá, comigo.

A mediação imobiliária, será capaz de incorporar as melhores e mais inovadoras soluções tecnológicas, de aumentar o seu “território” de atuação, o seu universo de parceiros e a sua amplitude de conhecimento, através de relacionamentos sólidos com princípios de partilha e cooperação com outras empresas que se revejam em idênticas metas.

Atenta às pessoas, focada nas pessoas, ao lado das pessoas que precisam de vender ou comprar casa, assim continuará a mediação imobiliária, porque a compra de um apartamento ou de uma moradia é muitas vezes o negócio da vida de uma pessoa.

A direção da APEMIP

O desemprego e a pandemia também têm reflexos no Imobiliário e na saúde mental das famílias

Imobiliárias Figueira da Foz

 

A gripe pneumónica há já cem anos atrás e a experiência recente ensinam-nos que, às crises sanitárias rapidamente se associam crises económicas e sociais, cujos efeitos se fazem sentir não só durante os períodos de crise, mas bastante tempo após o seu término.

Torna-se essencial neste texto abordar a recuperação económica na perspetiva da empregabilidade.

A pandemia COVID-19 provocou rapidamente efeitos negativos não só na Saúde Física, mas também na Saúde Psicológica.

Casas Figueira da Foz

O cumprimento das medidas de segurança e protecção contra o SARS-CoV-2 implicou uma reorganização das relações, do trabalho, da educação, do dia-a-dia. Muitas famílias sentiram dificuldade em conciliar o teletrabalho com o cuidado e apoio aos filhos, muitos idosos ficaram fisicamente isolados, muitos trabalhadores perderam o emprego ou ficaram em layoff, enquanto outros, se mantiveram a trabalhar, por vezes em situações física e psicologicamente muito exigentes e expostos a maior risco de infecção.

As consequências negativas e imediatas da pandemia sentiram-se também na economia, verificando-se uma recessão económica global que pode ainda desenvolver-se. Embora não seja possível prever ou compreender totalmente os impactos que a crise socioeconómica terá, as famílias e as pessoas enfrentam já dificuldades como o desemprego ou a perda de rendimentos, bem como stress e ansiedade provocados pela deterioração das condições de vida.

Ficar desempregado durante uma pandemia acrescenta ainda mais stress e sofrimento.

A um momento que, por si só, pode ser doloroso, além da angústia financeira que causa, o stress de ficar desempregado/a também pode afectar o nosso humor, as nossas relações com os outros (sobretudo aqueles com os quais lidamos no dia a dia).

O emprego é, frequentemente, mais do que uma forma de sobrevivermos e ganharmos dinheiro. Dá sentido e significado à nossa vida, faz-nos sentir úteis, dá-nos um objetivo para nos levantarmos todos os dias e influencia quem nós somos e o reconhecimento dos outros. Por isso, é natural que ficar sem emprego nos possa fazer sentir: magoados ou tristes, zangados ou injustiçados, traídos, culpados, impotentes ou sem valor, sem esperança no futuro.

É importante numa situação destas saber que não se está sozinho. Que muitas pessoas enfrentam a mesma incerteza e os mesmos desafios. E, embora o stress de perder o emprego possa ser sentido como esmagador, existem várias coisas que devem ser feitas para voltar a sentir controlo na nossa vida, como por exemplo:

Dar algum tempo a si próprio para se adaptar à nova realidade, fazer o luto pela perda do emprego e ajustar-se a situação. Mesmo os sentimentos mais desagradáveis terão que passar, mas é importante reconhecê-los e permitir-se a senti-los.

Falar com alguém em quem confie sobre o que sente. A partilha pode ajudar a lidar com os sentimentos negativos e seguir em frente. Falar com alguém e sentir-se escutado e compreendido contribui para diminuir a ansiedade e até trazer novas possibilidades. Tente, ao falar com alguém, ter uma procura de soluções.

Aceite a situação de estar temporariamente desempregado, antes de partir para um novo emprego. É preciso reconhecer quão doloroso foi perder o emprego anterior, “sem repisar o assunto”. Não personalize, pois ninguém “é” desempregado, todos podemos vir a “estar”, não sendo uma situação para a vida.

Apoie-se na família. O apoio na sua família pode ajudá-lo a ultrapassar este período, diga-lhes como o podem ajudar. Uma situação de desemprego por vezes afeta toda a família; tire momentos para falar sobre o assunto, mas tire também outros momentos para viver boas  experiências.

Encontre outras atividades através das quais se sinta realizado. O nosso trabalho é um grande responsável pela nossa identidade mas não pode ser a única fonte de sentimentos de realização pessoal. Aposte em novos hobbies ou hobbies antigos, aposte em atividades em que se possa expressar criativamente.

Faça uma lista de características e experiências positivas. Faça uma lista de coisas que gosta e admira em si próprio, características de personalidade, aprendizagens que fez e sucessos que teve.

Cuide de si, procure manter as suas rotinas habituais, hábitos de sono e descanso incluídos.

Se é cuidador ou cuidadora de crianças pequenas recorde-as das suas capacidades, da importância das aprendizagens e da importância de lutarem por melhores condições no futuro. Em situações de maior stress é ainda mais importante transmitir às crianças o quanto se gosta delas.

Concentre-se no que pode controlar. Não pode controlar se vai ser ou não chamado, mas pode controlar o que faz no período de desemprego, como investir na aprendizagem, desenvolver competências, realização de currículo, etc.

Faça e siga um plano de procura de trabalho, pois encontrar um trabalho é quase um trabalho a tempo inteiro.  Defina um objetivo para a sua procura de emprego e um perfil para os empregos que quer encontrar. Definir um perfil para o que queremos ajuda-nos a encontrar as nossas mais-valias e também gerir o nosso esforço.

Reflita sobre as suas competências. Nem sempre é fácil pensarmos sobre nós próprios, mas quando procuramos trabalho é importante pensarmos em nós próprios e nas nossas competências.

Explore o mercado de trabalho, comece por pensar na região onde vive e ou onde pretende trabalhar. Que industrias, atividades comerciais ou outras atividades existem nessas zonas? Que necessidades existem neste momento? Existem atividades sazonais nessa zona?

Seja positivo e proactivo no seu processo de empregabilidade.

Apartamentos Figueira da Foz
Paulo Cunha
(Psicólogo –  Diretor Clinico na Mental School e Presidente da Ordem dos Psicólogos)

Há 100 anos “fez-se” luz na Figueira da Foz

Casas Figueira da Foz

 

Dentro da liberdade dada pela Imoexpansão vou escrever sobre o tema, a electricidade no concelho da Figueira da Foz, dado que se comemora agora, o seu Centenário e porque também, foram 40 anos da minha vida, dedicado ao setor elétrico.

Foi, pela primeira vez, ligada a iluminação pública e particular eléctrica, a 20 de julho de 1921 no Bairro Novo e Esplanada Silva Guimarães, na cidade da Figueira.

Em agosto de 1921 é efetuado o contrato entre a Companhia Eléctrica Figueirense e a Assembleia Figueirense, para o início do fornecimento de energia eléctrica.

No ano de 1927 são oficialmente criados os Serviços Municipalizados de Electricidade e Água da CMFF

Pouca gente sabe, é que o concelho da Figueira da Foz, foi o primeiro a ser totalmente eletrificado em Portugal, em julho de 1971, com a povoação da Murtinheira (Quiaios) a ter luz elétrica, pois era a única povoação que ainda não estava eletrificada.

Em janeiro de 1980, os trabalhadores do setor eléctrico dos SMFF (Serviços Municipalizados da Figueira da Foz) são integrados na Eletricidade de Portugal – EDP/EP, por força da legislação governamental.

Como curiosidade, nos anos 70, dadas as dificuldades de tesouraria, os funcionários dos SMFF, quando chegava o fim do mês, ficavam todos à espera que o grande cliente da altura, a Empresa Vidreira da Fontela pagasse a fatura da energia, para poderem receber os seus vencimentos.

Após a nossa integração na EDP, felizmente, esses sobressaltos não voltaram a acontecer.

Um pequeno ”apontamento” para marcar o Centenário da Electrificação do Concelho da Figueira da Foz. Se houver oportunidade voltarei ao assunto.

Imobiliárias Figueira da Foz
Lucas dos Santos
(Quadro da EDP – Aposentado)