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Uma casa de banho de luxo envolve equilibrar qualidade, conforto e estilo, com materiais sofisticados e tecnologias inovadoras.

A casa de banho é, muitas vezes, o espaço da casa mais esquecido quando se fala de design e decoração. No entanto, é um dos ambientes mais utilizados no dia a dia, tornando-se essencial para a nossa rotina de cuidados pessoais.

Com a tendência crescente de transformar espaços comuns em refúgios de relaxamento, as casas de banho de luxo têm vindo a ganhar destaque nas remodelações. Criar um ambiente luxuoso e funcional neste espaço pode ser a chave para melhorar não só a estética da sua casa, mas também a sua experiência diária.

Remodelar a casa de banho com foco no luxo não significa apenas adicionar elementos caros. Trata-se de equilibrar qualidade, conforto e estilo, transformando o espaço num verdadeiro oásis de bem-estar. Desde a escolha de materiais sofisticados e sustentáveis até a implementação de tecnologias inovadoras, existem inúmeras formas de criar uma casa de banho que combine estética e funcionalidade.

Casa de banho de luxo, qualidade de vida e valor

Uma casa de banho de luxo pode transformar a maneira como experiências o início e o fim de cada dia, oferecendo um refúgio onde é possível relaxar e descontrair.

No contexto da remodelação, criar uma casa de banho de luxo envolve uma combinação de elementos sofisticados, acabamentos de alta qualidade e design inovador. Esses fatores contribuem para um ambiente que é ao mesmo tempo funcional e esteticamente atraente.

Paralelamente, uma casa de banho de luxo pode agregar valor significativo ao imóvel, sendo um investimento que pode atrair potenciais compradores no futuro.

Escolher materiais de alta qualidade

A escolha dos materiais é fundamental na remodelação de uma casa de banho de luxo. Materiais de qualidade superior não só garantem durabilidade, como também conferem um toque elegante e requintado ao espaço. Alguns dos materiais mais populares e sofisticados incluem:

Mármore – O mármore é um clássico que nunca sai de moda. Os seus veios e texturas exclusivas tornam-no uma escolha popular para pisos, bancadas e revestimentos de parede. Embora o mármore seja uma opção cara, o seu visual luxuoso e atemporal compensa o investimento.

Madeira Natural – O uso de madeira, especialmente em detalhes como móveis ou revestimentos, pode adicionar calor e sofisticação à casa de banho. A madeira de alta qualidade, como a teca ou o carvalho, é resistente à humidade e ideal para ambientes como o banheiro.

Vidro e Metal – O vidro é um material que pode ser usado para criar divisórias elegantes e modernas, especialmente em cabines de duche. Combinar vidro com metal, como acabamentos em dourado ou cromado, cria um visual luxuoso e contemporâneo.

Cerâmica e Porcelanas – Embora mais acessíveis que o mármore, as cerâmicas e as porcelanas de alta qualidade oferecem uma vasta gama de designs e acabamentos que podem imitar materiais mais caros, como o mármore, oferecendo um visual de luxo a um preço mais acessível.

Tecnologia na casa de banho: conforto e sustentabilidade

Uma das maiores tendências atuais na remodelação de casas de banho de luxo é a incorporação de tecnologias sustentáveis. Cada vez mais, os consumidores procuram soluções que não só ofereçam conforto, mas também ajudem a preservar o meio ambiente. A tecnologia sustentável pode ser facilmente integrada na sua casa de banho de luxo, tornando o ambiente mais eficiente sem sacrificar o estilo.

Chuveiros com baixo consumo de água: os chuveiros modernos de luxo vêm equipados com tecnologia que reduz o consumo de água sem comprometer a experiência. Por outro lado, os chuveiros de luxo podem ser equipados com sistemas de controlo de temperatura e intensidade de jato para criar uma experiência de spa, ou opções de cromoterapia, que permitem ajustar a cor da água.

Sanitários de baixo consumo: os sanitários de baixo consumo utilizam sistemas que utilizam menos água por descarga, contribuindo para a redução do desperdício. Alguns modelos mais avançados podem até integrar sistemas de reciclagem de água, reutilizando a água do lavatório para a descarga. Mas o luxo vai mais longe e pode trazer funções como assentos aquecidos, lavagem automática e controlo remoto.

Iluminação LED eficiente: a iluminação LED é uma solução energética eficiente e de baixo consumo, ideal para casas de banho de luxo. Com uma vida útil mais longa e menor consumo de energia, as lâmpadas LED são uma opção amiga do ambiente e muito eficaz para criar a atmosfera de luxo desejada.

Aquecimento sustentável: para aquecer o ambiente de forma eficiente e ecológica, pode optar por sistemas de aquecimento por piso radiante com fontes de energia renováveis, como a energia solar. Estes sistemas são altamente eficientes, proporcionam um conforto térmico superior e ainda ajudam a reduzir o consumo energético da sua casa de banho.

Iluminação da casa de banho: criar o ambiente perfeito

A iluminação é um dos aspectos mais importantes na remodelação de uma casa de banho de luxo. Uma boa iluminação não só ilumina o ambiente, como também contribui para a criação de uma atmosfera relaxante. Para uma casa de banho de luxo, considere os seguintes tipos de iluminação:

Iluminação suave e indireta: utilize luzes embutidas no teto ou tiras de LED ao longo das prateleiras ou atrás dos espelhos para criar uma luz suave e agradável, ideal para momentos de relaxamento.

Luzes direcionadas para espelhos: luzes direcionadas de alta qualidade, como lâmpadas LED com brilho ajustável, são essenciais para a área de maquilhagem e cuidados pessoais. Esses refletores ajudam a garantir uma boa visibilidade sem causar sombras indesejadas.

Luz natural: sempre que possível, aproveita a luz natural, instalando janelas amplas ou claraboias. A luz natural ajuda a criar uma sensação de frescor e torna o ambiente mais acolhedor.

Luzes de ambiente controláveis: para um toque extra de sofisticação, instale sistemas de iluminação controláveis, que permitem ajustar a intensidade da luz conforme a necessidade ou o humor desejado.

Casa de banho: acessórios e pormenores que fazem a diferença

Nem todas as mudanças têm que custar muito dinheiro ou envolver uma grande obra. Os acessórios e pequenos detalhes podem transformar uma casa de banho comum num ambiente de luxo. Os acessórios certos adicionam personalidade e sofisticação ao espaço. Considere os seguintes elementos:

Toalhas de alta qualidade: toalhas de algodão egípcio ou de microfibra são super macias e absorventes. Opte por toalhas grandes e de boa gramagem para criar uma experiência luxuosa de banho.

Tapetes e cortinas elegantes: os tapetes e cortinas podem ser usados para adicionar textura e cor ao ambiente. Escolha peças de tecidos nobres, como veludo ou lã, para um toque extra de luxo.

Vasos e plantas: plantas naturais não só adicionam frescura, como também ajudam a criar um ambiente acolhedor. Opte por plantas resistentes à humidade e utilize vasos modernos para complementar o visual.

Remodelar uma casa de banho para criar um espaço de luxo não significa apenas adicionar elementos caros. Trata-se de investir em materiais de alta qualidade, incorporar tecnologias inovadoras e criar um ambiente funcional e esteticamente agradável. Luxo é transformar a casa de banho no equilíbrio perfeito entre conforto, elegância e o lado prático.

Catarina Beato, in Idealista, 24 Fevereiro 2025

Comprar casa é um dos maiores compromissos financeiros de uma família. Aprenda a juntar o dinheiro para o arranque deste desafio.

Sonha comprar casa, mas só de pensar no dinheiro que precisa de juntar para a entrada já fica a suar? É normal — afinal, não estamos a falar de trocos.

Antes de se pôr a pedir um crédito habitação, tem de garantir uma parte do valor da casa do seu próprio bolso, exceto se for um jovem até aos 35 anos e cumprir todos os requisitos para poder recorrer à Garantia Pública do Estado que permite um financiamento a 100%.

Caso contrário, é isso que os bancos exigem: uma parte do valor da casa, antes de lhe emprestarem o resto. Por isso, se está a planear comprar casa nos próximos meses ou anos sem recorrer a ajudas, este é o momento certo para começar a poupar.

Comprar casa: conheça o seu ponto de partida

Antes de se preocupar com os documentos necessários para crédito habitação, precisa de perceber exatamente onde está financeiramente. Isto significa olhar com atenção para o seu rendimento mensal, as despesas fixas e variáveis, e perceber quanto lhe sobra — ou não — no fim do mês.

Este é o passo zero para se preparar para dar entrada para uma casa. Ao conhecer a fundo o seu orçamento atual, consegue traçar uma estratégia realista para atingir o valor necessário.

Quanto mais cedo fizer isto, mais tempo tem para se organizar e evitar apertos quando começar a tratar do crédito bancário para casa.

Definir um orçamento com metas realistas

Depois de analisar o seu ponto de partida, o próximo passo é montar um orçamento. Não precisa de ser complicado — basta definir quanto pode poupar por mês e durante quanto tempo.

Se precisar de juntar, por exemplo:

– 20.000,00 € para dar entrada num apartamento, e conseguir pôr de lado 500,00 €/mês, vai precisar de 40 meses (cerca de 3 anos e 4 meses). É longo? Talvez. Mas é possível.

Para fazer as contas com mais precisão, experimenta fazer algumas simulações de crédito habitação, perceber quanto vai precisar de pedir ao banco e que tipo de prestações pode esperar num empréstimo habitação.

Automatizar a sua poupança

Se depende da força de vontade para poupar, vai acabar por falhar de vez em quando — e está tudo bem, somos humanos. Mas há uma forma de contornar isso: automatiza a sua poupança.

Assim que receber o ordenado, programa uma transferência automática para uma conta poupança dedicada. Isso ajuda-o a manter o foco no seu objetivo: conseguir o valor necessário para o crédito de habitação, sem distrações.

E se a conta for separada da sua conta do dia a dia, melhor ainda — torna mais difícil cair em tentações.

Cortar nas despesas não essenciais

Reduzir despesas pode ser chato, mas também pode ser libertador. A verdade é que muitos de nós gastam dinheiro em coisas que não fazem assim tanta falta: subscrições que já nem usamos, refeições fora quando podíamos cozinhar, ou aquele hábito diário de café e bolo que, ao fim do mês, pesa na carteira.

Cada euro poupado pode ir diretamente para a conta onde está a juntar o dinheiro da entrada da casa. E quanto mais conseguir poupar agora, menos vai ter de pedir no crédito à habitação — o que significa prestações mais baixas e menos juros no futuro.

Fazer o seu dinheiro trabalhar por si

Guardar dinheiro numa conta à ordem é seguro, mas não rende quase nada. E como vai precisar de poupar durante algum tempo para o financiamento da casa, porque não pôr esse dinheiro a render?

Pode, por exemplo, explorar opções como Certificados de Aforro, depósitos a prazo ou até um PPR (Plano Poupança Reforma) com possibilidade de resgate sem penalização. Tudo depende do seu perfil de risco e do prazo que tem até avançar com o crédito de habitação.

Ganhar dinheiro extra

Nem sempre é possível poupar muito só com o salário, por isso procurar fontes de rendimento extra pode ser a solução. Pode vender roupa ou objetos que já não usa, dar explicações, fazer freelancer na sua área, ou até aceitar pequenos trabalhos pontuais — tudo conta.

Cada euro extra que entra pode ser canalizado para o fundo da casa, reduzindo a necessidade de pedir um crédito bancário para casa mais alto. E isso traduz-se em menos encargos mensais, menos juros e, muitas vezes, numa aprovação mais fácil do empréstimo habitação.

Manter a poupança separada e inacessível

Ter disciplina é importante, mas há truques que o ajudam a facilitar o processo. Um dos mais eficazes é manter a sua poupança para a entrada da casa numa conta separada — de preferência sem cartão associado. Isto torna mais difícil gastar o dinheiro por impulso e mostra ao banco que tem uma reserva bem definida.

E quanto mais conseguir poupar por conta própria, menos vai depender do crédito bancário para casa. Além disso, pode usar um simulador de crédito habitação para ver como diferentes montantes de entrada afetam o valor da prestação mensal. Vai ver que cada 1.000,00 € faz diferença.

Comparar bem os créditos habitação

Não se prenda ao seu banco atual só por hábito — explore o mercado e peça simulações em vários sítios. Depois é hora de comparar as propostas e escolher o crédito à habitação mais vantajoso.

Um simulador de crédito para perceber qual será a prestação mensal, o total de juros e as condições gerais. Leve em conta não só as taxas de juro, mas também os seguros obrigatórios, comissões e outros custos.

E antes de avançar, certifique-se de que tem todos os documentos necessários para crédito habitação organizados: comprovativos de rendimentos, IRS, extratos bancários, identificação, e documentos do imóvel, se já estiver escolhido. Quanto mais organizado estiver, mais simples será o processo de empréstimo habitação.

Valor da entrada de uma casa: uma poupança a longo prazo

Poupar para dar entrada para uma casa pode parecer difícil ao início, mas com estas estratégias e algum planeamento, é mais que possível. Vai precisar de disciplina e, por vezes, algum sacrifício, mas no fim vale a pena.

Se se preparar com calma, fores juntando passo a passo e comparar bem as opções, vai conseguir avançar para o crédito de habitação com confiança — e talvez até negociar melhores condições com o melhor banco para crédito habitação para o seu caso.

E lembra-se sempre: este artigo é informativo. Para decisões importantes como pedir um financiamento para casa, o ideal é falar com um especialista e analisar bem todas as suas opções.

Catarina Baeto, in Idealista, 07 Julho 2025

É possível dar uma nova vida à marquise. Eletrodomésticos certos, arrumação vertical e outros truques que fazem a diferença.

Em muitas casas, especialmente em apartamentos urbanos, a marquise ou varanda fechada é um daqueles espaços que acaba esquecido, entre arrumação improvisada, zona de secar roupa e tralha acumulada.

No entanto, este pequeno canto pode ganhar um novo protagonismo. Transformar a marquise em lavandaria é uma solução prática, estética e extremamente funcional, que responde a uma das maiores necessidades domésticas: ter um espaço organizado para cuidar da roupa.

Porquê transformar a marquise em lavandaria?

Antes de mais, é importante entender que esta é uma das remodelações mais práticas para a sua casa.
-Aproveitamento de espaço “morto”: Muitas marquises são subutilizadas, servindo apenas como zona de estendal ou armazém de coisas esquecidas;
-Liberta a cozinha ou casa de banho: Ao criar uma lavandaria dedicada, ganha-se espaço e organização nas outras divisões;
-Melhora o conforto e a funcionalidade: Ter a roupa suja, a máquina de lavar e a arrumação num único espaço facilita a rotina doméstica;
-Valoriza o imóvel: Um apartamento com lavandaria é mais funcional e apelativo no mercado imobiliário.

Avaliar o espaço disponível: cada centímetro conta

Nem todas as marquises são iguais. O primeiro passo é analisar o espaço. Com base nisso, pode planear a distribuição dos elementos: máquinas, armários, área de estendal e tudo aquilo que for possível no seu projeto.

-Medidas (largura, altura, profundidade);
-Localização dos pontos de água e eletricidade;
-Tipo de pavimento e isolamento existente;
-Exposição solar e ventilação natural.

Instalações essenciais: água, eletricidade e escoamento

É aconselhável consultar um canalizador e eletricista para garantir que tudo está conforme as normas de segurança. Se ainda não existem, é necessário:
-Ligação de água fria e quente para a máquina de lavar e, opcionalmente, para um lavatório de apoio;
-Tomadas com ligação à terra para os eletrodomésticos;
-Sistema de escoamento para a água da máquina;
-Ventilação adequada, especialmente se vais instalar uma máquina de secar roupa.

Escolher os eletrodomésticos certos

Num espaço pequeno como a marquise, a escolha dos aparelhos é fundamental.
-Máquina de lavar roupa compacta, modelos slim (com profundidade reduzida) permitem poupar espaço;
-Secagem da roupa, pode optar por uma máquina de secar com condensador (dispensa saída de ar), máquina de lavar e secar 2 em 1, ou um estendal retrátil ou de teto se não quiser máquina de secar;
-Lava-louça pequeno, útil para pré-lavagens ou lavagens manuais. Modelos em inox são duráveis e fáceis de manter.

Mobiliário funcional e arrumação inteligente

Um bom layout de lavandaria inclui zonas bem definidas:

-Zona de lavagem e secagem: espaço para os eletrodomésticos;
-Zona de passar a ferro, se houver espaço, inclui uma bancada ou tábua embutida;
-Armários verticais com portas deslizantes para detergentes, cestos, toalhas;
-Prateleiras acima da máquina de lavar e ganchos e suportes na parede para vassouras e tábuas de engomar.

Para facilitar o dia a dia, considera estas dicas:
-Etiquete os cestos e prateleiras;
-Separe roupa por cores ou tipos em compartimentos;
-Use frascos transparentes para detergentes e amaciadores;
-Tenha um pequeno cesto para peúgas perdidas;
-Deixe um espaço para arrumação temporária de roupa limpa.

Revestimentos e materiais resistentes

Lembra-se: este é um espaço sujeito a humidade e variações térmicas. Por isso:

-Piso cerâmico antiderrapante: fácil de limpar e resistente;
-Revestimento de parede em azulejo ou vinil lavável;
-Teto falso com iluminação embutida;
-Móveis em PVC, inox ou madeira tratada para resistir à humidade.

Iluminação e ventilação

Mesmo sendo um espaço técnico, a lavandaria deve ser luminosa e bem ventilada.

-Iluminação LED branca (4000K) para maior visibilidade;
-Luz natural (quando possível) através de janelas ou estores translúcidos;
-Ventoinhas de extração ou grelhas de ar para evitar condensações;
-Janela basculante ou venezianas para circulação de ar, se permitido.

Isolamento térmico e acústico

Se vai transformar a marquise em lavandaria, considera:
-Vidros duplos nas janelas para reduzir o ruído das máquinas;
-Portas com isolamento acústico, principalmente se a marquise for próxima do quarto ou sala;
-Isolamento térmico no teto e paredes para evitar perdas de calor ou condensação.

Quanto custa transformar a marquise em lavandaria?

O custo pode variar muito, mas aqui fica uma estimativa média:

Item	Preço estimado
Máquina de lavar (slim)	300,00 € a 600,00 €
Móveis modulares	200,00 € a 800,00 €
Instalações elétricas e hidráulicas	250,00 € a 500,00 €
Revestimentos (piso/parede)	150,00 € a 400,00 €
Iluminação e ventilação	80,00 € a 200,00 €
Mão de obra (opcional)	300,00 € a 600,00 €

Com criatividade e algum DIY, é possível fazer tudo por menos de 1.000,00 €, dependendo da complexidade do projeto.

Precisa de licença ou autorização?

Depende do tipo de obra e do imóvel:

-Se não alterar estruturas e mantiveres a fachada inalterada, não é necessário licenciamento;
-Em condomínios, deve ser respeitado o regulamento interno;
-Em prédios antigos, convém confirmar com a câmara municipal se a marquise é legalizada.

O impacto de transformar a marquise em lavandaria pode ser enorme. A casa fica mais funcional, organizada e valorizada. Com um projeto bem executado, o espaço que antes era esquecido passa a ser parte essencial e funcional do dia a dia da família. E acima de tudo, se um dia quiser vender a casa vai ser um ponto de valorização.

Seja com um projeto simples e económico ou com uma remodelação completa, o importante é dar propósito a cada canto da casa — e a marquise pode muito bem ser o próximo!

Catarina Beato, in Idealista, 17 Julho 2025

Este tipo de transações imobiliárias, que tende a gerar chatices e dores de cabeça, está previsto na lei. Assim é como se trata.

Na hora de vender um imóvel, em vez de colocar a casa no mercado, um proprietário pode decidir fazer negócio com um familiar. Nomeadamente, pode decidir vender a casa a um filho ou a um neto. Mas esta situação, tal como acontece por vezes com a gestão das heranças, pode gerar conflitos e até desgostos no seio dos agregados. Além disso, pode correr-se o risco de desrespeitar o que está previsto na lei sobre a venda de imóveis a filhos ou netos. Para ajudar a evitar chatices – ou mesmo problemas mais sérios – explicamos agora, com fundamento legal, como se deve proceder neste tipo de transações imobiliárias.

“O problema da preferência de certos filhos e netos face aos outros é uma situação muito comum ao nível da nossa realidade em que por motivos diversos, alguns filhos e netos se encontram em posição de vantagem face aos outros”.

De salientar que isto, tal como é recordado, acontece desde os tempos remotos como nos retratam, a título de exemplo, as escrituras sagradas no livro de Génesis aquando da explicação do nascimento dos filhos de Isaac, mostrando as escrituras de forma nítida de que apesar de este ter tido filhos gémeos, Isaac preferia Esaú por ser perito na caça, e Rebeca, sua mulher, preferia Jacob. Adiante, estudos foram feitos ao longo de todo o mundo que comprovam que 65% a 70% dos pais e mães, nas suas relações familiares, exibiam preferências por um dos filhos.

Assim sendo, desde cedo, a lei e o ordenamento jurídico perceberam que o negócio de venda de bens imóveis de pais e avós para filhos e netos merecia uma especial atenção, não só pelo facto de se tornar uma problemática atual na vida das famílias portuguesas, mas também pelo fato de este negócio muitas das vezes ter como principal objetivo fugir à legalidade.

O que diz a lei sobre a venda de bens imóveis de pais e avós para filhos e netos?

Esta matéria está prevista no artigo 877º do Código Civil Português que prescreve no seu nº 1 que “os pais e avós não podem vender a filhos ou netos, se os outros filhos ou netos não consentirem na venda; o consentimento dos descendentes, quando não possa ser prestado ou seja recusado, é susceptível de suprimento judicial”.

Este artigo diz-nos que a venda de bens imóveis de pais para filhos e avós para netos carece do consentimento dos outros filhos e netos, e que, na falta deste consentimento quer por incapacidade ou mesmo por recusa, os interessados poderão recorrer ao Tribunal e este por sua vez, usará a sua autoridade para prover esta falta de consentimento.

Qual o prazo de anulação da venda de imóveis a filhos ou netos?

De acordo com o nº 2 do artigo 877º do Código Civil esta ação de anulação pode ser proposta dentro do prazo de um ano a contar do conhecimento da celebração do contrato ou do termo de incapacidade, se estivermos perante pessoa incapaz.

O que deve fazer quem estiver em uma situação idêntica?

Como vimos a lei proíbe o ascendente de vender, não porque a venda em si seja contrária ao interesse público ou a qualquer outro interesse, mas porque se receia que, em vez de vender, este esteja a fazer uma doação em vida. Ora, assim sendo, a lei exige uma fiscalização prévia, tendo em vista garantir que a venda não é simulada.

in Idealista, 26 Maio 2025

Beneficiando de um número único de identificação, os processos administrativos referentes a imóveis serão mais simplificados.

O ano de 2025 começou com uma novidade no mundo imobiliário, o Número de Identificação do Prédio (NIP). Também conhecido por “cartão de cidadão” dos imóveis, este número, atribuído a cada prédio ou fração autónoma, contém informações prediais que permitem a sua caracterização.

O NIP começou a ser implementado no passado mês de janeiro em duas regiões do país, através de um projeto-piloto, e é utilizado em documentos fiscais como, por exemplo, o Imposto Municipal sobre Imóvel (IMI).

Mas há muito mais para descobrir acerca deste identificador. Se quer saber mais, tome nota.

1. O que é o NIP?

2. Projeto-piloto no interior do país

3. Benefícios do NIP

4. Como podemos consultar o NIP ou obtê-lo?

5. A chegada a todas as propriedades em Portugal

O que é o NIP?

O Número de Identificação do Prédio é um código único atribuído a cada fração autónoma ou prédio, ou seja, é o número da inscrição predial, que permite o acesso e tratamento de informações prediais.

Sendo concebido para gerir as propriedades de forma mais simples e eficaz, o NIP substitui, assim, os diversos números associados às propriedades, como a matriz predial ou a descrição predial, por exemplo, unindo-os a todos num só.

Esta junção de informação num único número permite simplificar os processos administrativos, beneficiando cidadãos, instituições públicas e empresas.

Projeto-piloto no interior do país

O NIP está a entrar na nossa realidade imobiliária de forma gradual, começando a ser testado através de um projeto-piloto em duas Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP). São elas Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, e Lousã, no interior do distrito de Coimbra.

Financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estes testes permitem fazer alguns ajustes no sistema até à sua implementação no resto do país e será o Balcão Único do Prédio (BUPi), inicialmente, que atribuirá o NIP automaticamente.

Benefícios do NIP

Com a chegada deste “cartão de cidadão” das propriedades, a gestão das mesmas tornou-se muito mais simplificada. Como prova disso, vamos mostrar agora algumas vantagens.

-Mais eficiência e rigor: o Número de Identificação do Prédio permite uma gestão dos imóveis mais acessível e elimina erros nos sistemas, fomentando uma melhor organização.

-Suporte ao cadastro nacional: este novo identificador irá ajudar a completar o cadastro nacional, uma vez que apenas pouco mais de 30 por centro do território cadastral está identificado atualmente.

-Menor burocracia: o acesso à informação passa a ser muito mais facilitado através da eliminação de múltiplos números e registos, unindo-os num só.

-Mais segurança: este identificador consegue garantir uma maior proteção dos dados das propriedades, uma vez que possui um registo único.

-Melhor gestão territorial: o planeamento do território torna-se mais eficaz através do NIP, ajudando, por exemplo, no ordenamento florestal e na prevenção de incêndios.

Como podemos consultar o NIP ou obtê-lo?

Agora que já sabe o que é o Número de Identificação do Prédio, como está a ser implementado e quais as suas vantagens, já se deve ter perguntado como poderá consultá-lo ou obtê-lo. É muito simples e pode fazê-lo em qualquer um destes meios:

-Portal das Finanças: ao consultar os imóveis em seu nome, pode verificar os respetivos dados e o seu NIP.

-Conservatória do Registo Predial: o NIP está integrado no registo oficial do imóvel e pode ser diretamente consultado.

-Caderneta predial: pode ainda consultar ou obter este identificador através da caderneta predial do teu imóvel, que pode ser pedida presencialmente num serviço da Autoridade Tributária ou consultada no Portal das Finanças.

A chegada a todas as propriedades em Portugal

Representando um marco e um avanço na digitalização e modernização da gestão territorial, o Número de Identificação do Prédio será obrigatório para todos os imóveis no país e irá abranger os municípios já cadastrados, mas também os que estão sem cadastro prévio.

Este identificador promete beneficiar tanto proprietários como entidades públicas e empresas, através de uma maior eficiência e planeamento, além de fortalecer a confiança no setor imobiliário.

 

Cátia Colaço, in Idealista, 8 Abril 2025

Transforme um espaço da tua casa num refúgio tranquilo e sofisticado para os teus livros (e não só) com estas ideias.

Ter uma biblioteca em casa é, para muitos, um símbolo de sofisticação, cultura e bem-estar. Mais do que um simples espaço de arrumação para livros, a biblioteca pode ser um verdadeiro refúgio de tranquilidade, um espaço de estudo ou contemplação, e um elemento diferenciador na arquitetura interior de uma casa.

Neste artigo falamos de design, conforto, materiais nobres, iluminação envolvente e aquele toque personalizado que torna o espaço único.

-Escolher o local certo: funcionalidade e tranquilidade

-Mobiliário: estrutura e identidade do espaço

>Estantes e prateleiras

>Poltronas e cadeirões

>Mesa ou secretária

-Iluminação: conforto visual e atmosfera

>Luz geral

>Luz de leitura

>Luz ambiente

-Materiais e acabamentos: elegância intemporal

-Elementos distintivos: tornar a biblioteca única

>Organização e curadoria: mais do que arrumar livros

>Bibliotecas para todos os estilos de vida

>Quanto custa criar uma biblioteca de luxo?

Escolher o local certo: funcionalidade e tranquilidade

Uma biblioteca de luxo pode ocupar uma divisão inteira da casa ou ser integrada noutra área, como uma sala de estar, um escritório, ou até um corredor amplo. A escolha do local deve obedecer a critérios práticos, mas também estéticos:

– Isolamento acústico e tranquilidade: idealmente, a biblioteca deve estar afastada das zonas mais movimentadas da casa.

– Iluminação natural controlada: espaços com boa luz natural são bem-vindos, mas convém evitar a exposição direta e prolongada ao sol, que pode danificar livros e mobiliário.

– Temperatura e humidade estáveis: livros exigem condições ambientais equilibradas. Evite locais húmidos ou muito frios/quentes.

Em habitações maiores, a biblioteca pode ocupar uma antiga sala de jantar, um sótão remodelado ou até um anexo. Em apartamentos, pode ser criada num recanto cuidadosamente delimitado, aproveitando paredes livres ou nichos.

Mobiliário: estrutura e identidade do espaço

O mobiliário dá forma e carácter à biblioteca. Num ambiente de luxo, a aposta recai geralmente sobre peças de elevada qualidade, com materiais duradouros e acabamentos cuidados.

Estantes e prateleiras

As estantes são o principal elemento de qualquer biblioteca. Madeiras nobres, como carvalho, nogueira ou cerejeira, são frequentemente escolhidas pelo seu aspeto clássico e pela resistência. Em projetos mais contemporâneos, surgem estantes em MDF lacado, com linhas depuradas e integração com o restante mobiliário da casa.

– Estantes à medida, que aproveitam todo o pé-direito e se adaptam perfeitamente à arquitectura da divisão;

– Soluções modulares que permitem flexibilidade e reconfiguração futura;

– Prateleiras abertas ou com portas em vidro, dependendo do grau de exposição pretendido.

Poltronas e cadeirões

Uma biblioteca de luxo deve proporcionar conforto a quem a utiliza. Assim, não deve faltar pelo menos uma poltrona ou cadeirão confortável, com apoio para os braços e, idealmente, um pequeno descanso para os pés.

Os estofos em pele, veludo ou tecidos de alta qualidade são os mais procurados. A escolha deve respeitar o estilo da biblioteca, sendo possível optar por uma peça mais clássica ou por um modelo de design moderno.

Mesa ou secretária

Caso se pretenda utilizar a biblioteca como espaço de trabalho ou estudo, é recomendável incluir uma secretária ou mesa de apoio. As versões em madeira com acabamento mate, mármore ou pedra natural são muito valorizadas pelo aspeto sólido e refinado.

Iluminação: conforto visual e atmosfera

A iluminação é um dos elementos mais importantes na definição do ambiente de uma biblioteca. O ideal é conjugar luz natural, para o dia, e luz artificial adequada, para leitura e ambiente.

Luz geral

A luz geral deve ser suave e difusa, de modo a não criar sombras duras ou reflexos. Candeeiros de teto com difusores, focos orientáveis ou trilhos embutidos são algumas das opções utilizadas.

Luz de leitura

É essencial garantir pontos de luz direcionada, junto às poltronas ou mesas. Candeeiros de pé, de secretária ou de parede com braço extensível são ideais. A temperatura de cor deve ser neutra ou ligeiramente quente (2700K a 3000K), para maior conforto visual.

Luz ambiente

Fitas LED nas prateleiras ou iluminação embutida em nichos criam uma envolvência subtil e elegante. Para bibliotecas clássicas, são comuns os apliques de parede com cúpulas em tecido ou vidro fosco.

Materiais e acabamentos: elegância intemporal

Os materiais utilizados numa biblioteca de luxo devem transmitir solidez, requinte e aconchego. Alguns dos mais comuns incluem:

– Madeira maciça, presente em estantes, rodapés, sancas e mobiliário. A madeira escura confere um ar mais clássico; a madeira clara remete para ambientes escandinavos ou contemporâneos.

– Pedra natural, como mármore, granito ou calcário, usada em tampos de mesa, lareiras ou elementos decorativos.

– Tecidos de qualidade, como linho, veludo ou lã, presentes em cortinas, almofadas ou revestimentos de cadeirões.

Elementos distintivos: tornar a biblioteca única

Se por um lado, uma biblioteca bem integrada tem que respeitar a linguagem visual da habitação, também é verdade o luxo está muitas vezes nos detalhes. Uma biblioteca doméstica pode integrar elementos que a tornam verdadeiramente especial e única:

– Lareira: além de aquecer, cria um ambiente acolhedor. Pode ser real, a gás ou eléctrica, dependendo da viabilidade técnica.

– Sistema de som discreto: para música ambiente suave, durante momentos de leitura.

– Obras de arte: pinturas, gravuras ou esculturas ajudam a elevar o ambiente e refletem o gosto pessoal.

– Escadas de acesso: em estantes muito altas, escadas deslizantes de madeira ou ferro fundido são funcionais e decorativas.

Organização e curadoria: mais do que arrumar livros

Numa biblioteca de luxo, a disposição dos livros deve ser funcional, mas também estética. Acrescentar objetos decorativos, como molduras, esculturas, pequenas plantas ou recordações de viagem, confere identidade e personaliza o espaço.

Existem várias formas de organizar uma coleção:

– Por género ou tema, facilitando a consulta;

– Por autor ou coleções, valorizando a coerência;

– Por cor ou tamanho, criando um impacto visual harmonioso.

Bibliotecas para todos os estilos de vida

Uma biblioteca doméstica pode assumir diferentes funções, dependendo do estilo de vida e das idades dos elementos da família.

– Zona infantil: prateleiras baixas com livros coloridos, almofadas no chão e iluminação suave.

– Espaço de estudo para adolescentes: secretária funcional, boa iluminação e cadeira ergonómica.

– Zona de colecionadores: espaço dedicado a primeiras edições, livros raros ou edições especiais.

– Espaço de estudo ou trabalho: integra secretária, cadeira ergonómica e ligação à internet.

– Zona de leitura informal: combina sofás, iluminação difusa e uma pequena mesa de apoio.

Quanto custa criar uma biblioteca de luxo?

O orçamento pode variar bastante, consoante a dimensão, os materiais e os acabamentos escolhidos. Deixamos algumas estimativas indicativas:

Elemento	Preço aproximado
Estantes feitas à medida	2.000 € a 8.000 €
Poltrona de qualidade	700 € a 2.500 €
Sistema de iluminação completo	800 € a 2.000 €
Tapete de lã ou oriental	300 € a 1.500 €
Lareira (elétrica ou gás)	1.000 € a 5.000 €
Obra de arte ou decoração	variável

Com um investimento a partir dos 4.000 €, já é possível criar uma biblioteca elegante e confortável, embora projetos mais ambiciosos possam ultrapassar os 15.000 €.

Antes de tudo o resto, lembre-se que uma biblioteca de luxo pode valorizar a casa no mercado imobiliário. É um elemento diferenciador, que transmite cuidado com o detalhe, gosto pessoal e qualidade de vida.

Para si, e para a sua família, criar uma biblioteca em casa é criar um ambiente que convida à pausa, que inspira e que permanece atual. Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia e pela velocidade, ter um local reservado à leitura, à reflexão e ao silêncio é um verdadeiro luxo.

Catarina Beato, in Idealista, 30 Junho 2025

Descubra como as escolhas de cores e temas para o quarto do adolescente podem ter um impacto direto no seu estado de espírito e bem-estar.

A decoração de quartos para adolescentes tem-se tornado cada vez mais uma verdadeira expressão de personalidade e criatividade. Nesta fase da vida, em que a identidade está a moldar-se, o quarto é o refúgio ideal para que os jovens se possam sentir à vontade e expressar quem são.

Uma boa referência para compreender esta transição na estética e comportamento juvenil pode ser encontrada na série “Adolescência”, da Netflix, que retrata perfeitamente como a decoração de um espaço reflete o estado de espírito, os gostos e as necessidades dos jovens. Descubra como decorar o quarto para adolescentes.

->Como escolher o estilo da decoração para o quarto?

->Como realçar os gostos do adolescente?

->Escolher as cores para o quarto

->Organização e funcionalidade do espaço

->Como criar um espaço de estudo?

Como escolher o estilo da decoração para o quarto?

A escolha do estilo de decoração para o quarto de um adolescente é uma decisão importante que deve refletir a personalidade e os interesses do jovem. Os temas podem variar amplamente, desde o estilo minimalista até ao quarto gamer, passando pelo industrial e pelo colorido.

O estilo minimalista, por exemplo, é ideal para adolescentes que apreciam um ambiente limpo e organizado, com linhas simples e cores neutras. Este estilo pode ser complementado com alguns elementos decorativos cuidadosamente escolhidos para adicionar personalidade sem sobrecarregar o espaço.

Por outro lado, um quarto gamer pode ser a escolha perfeita para os adolescentes apaixonados por videojogos. Este estilo pode incorporar elementos como uma secretária ergonómica, cadeira de gaming confortável, iluminação LED e espaço para expor coleções de jogos ou figuras.

O estilo industrial, com os seus elementos em metal e madeira, pode agradar a adolescentes com um gosto mais maduro e sofisticado. Já um quarto colorido é perfeito para jovens extrovertidos e criativos, permitindo a expressão da sua personalidade através de cores vivas e padrões ousados.

Como realçar os gostos do adolescente?

Uma forma eficaz de realçar os gostos e a personalidade de um adolescente no seu quarto é através do uso de murais e papel de parede personalizados. Por exemplo, um mural com um tema de natureza pode ser perfeito para um adolescente que gosta de estar ao ar livre, enquanto um papel de parede com padrões geométricos pode agradar a um jovem com inclinação para o design.

Além disso, tiras de LED coloridas podem ser instaladas ao longo do rodapé ou atrás da cabeceira da cama, permitindo que o adolescente mude as cores e a intensidade da luz conforme o seu humor ou atividade.

O uso de pósteres, quadros e objetos decorativos é outra excelente forma de personalizar o espaço. Estes elementos permitem que o adolescente exiba os seus interesses, sejam eles música, cinema, desporto ou arte.

Escolher as cores para o quarto

Na adolescência, os gostos pessoais começam a afirmar-se, e é fundamental escolher as cores do quarto com atenção. Evitar tons muito escuros é essencial, pois podem influenciar o humor do adolescente, especialmente durante uma fase mais sensível da vida.

Os tons como verde, azul e amarelo são frequentemente populares entre os jovens, pois transmitem energia e vivacidade ao espaço. No entanto, é fundamental equilibrar estas cores fortes com tons neutros ou pastéis para evitar uma sobrecarga visual e criar um ambiente harmonioso.

Ao selecionar o esquema de cores, é importante considerar as preferências do adolescente e, também, a funcionalidade do espaço. Cores como o azul claro ou o verde-água podem promover a concentração, tornando-se ideais para a área de estudo. Por outro lado, tons mais quentes como o amarelo suave ou o coral podem criar um ambiente mais tranquilo na zona de descanso.

Organização e funcionalidade do espaço

Num quarto de adolescente, onde o espaço é frequentemente limitado, a organização e a funcionalidade são essenciais. Os móveis multifuncionais desempenham um papel crucial neste aspeto, oferecendo soluções inteligentes que maximizam o aproveitamento do espaço disponível. As camas com gavetas embutidas, por exemplo, são uma excelente opção para armazenar roupa de cama extra, roupas sazonais ou objetos pessoais, eliminando a necessidade de armários adicionais.

As secretárias dobráveis são outra solução inteligente para otimizar o espaço em quartos de adolescentes. Estas podem ser facilmente montadas quando necessário para estudar ou trabalhar, e depois dobradas contra a parede, libertando espaço quando não estão em uso. Complementando estas soluções, a instalação de prateleiras nas paredes ajuda a manter tudo organizado sem ocupar espaço no chão. Estas estruturas são ideais para expor livros, troféus, fotografias e outros objetos pessoais, criando um ambiente personalizado e, ao mesmo tempo, funcional.

Como criar um espaço de estudo?

Criar um espaço de estudo funcional e organizado no quarto de um adolescente é fundamental para promover a concentração e o sucesso académico. Comece por escolher um local bem iluminado, preferencialmente perto de uma janela para aproveitar a luz natural.

Uma secretária espaçosa e uma cadeira ergonómica são essenciais para garantir o conforto durante longas horas de estudo. Opte por uma secretária com gavetas ou prateleiras integradas para maximizar o espaço de arrumação. Considere, também, colocar um quadro de cortiça ou um quadro magnético na parede acima da secretária para afixar horários, lembretes e notas importantes.

Utiliza organizadores de secretária, porta-lápis e caixas de arrumação para manter os materiais escolares facilmente acessíveis e organizados. Para minimizar distrações, cria uma zona dedicada ao estudo, separada da área de lazer do quarto.

Martim Galvão, in Idealista, 3 Abril 2025

A ideia de adquirir uma segunda habitação é frequentemente associada ao sonho de ter uma casa de férias para fugir à rotina. Contudo, a decisão de comprar uma casa secundária exige uma análise profunda, sobretudo em termos de custos, fiscalidade e opções de rentabilização. Afinal, como diz o ditado moderno: “Património não rentabilizado não é património, é despesa.”

Neste artigo, abordamos as diferenças entre adquirir uma habitação permanente e uma habitação secundária, as implicações fiscais da compra (IMT e IMI), e as várias formas de colocar o imóvel no mercado de arrendamento, com os respetivos contratos e consequências.

Habitação Permanente vs. Habitação Secundária: Diferenças de Custos

Ao comprar uma casa em Portugal, o comprador paga o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT). A taxa e o valor a pagar variam consoante o tipo de imóvel e o seu uso declarado.

-> Para habitação permanente**, existem **escalões de isenção ou taxas reduzidas**, o que pode representar uma grande poupança. Em 2025, por exemplo, casas com valor patrimonial tributário até cerca de **€: 101.917** para habitação própria e permanente podem beneficiar de **isenção total de IMT**.

Já no caso da **habitação secundária**, as taxas de IMT são **mais elevadas** e não há isenção, mesmo para valores mais baixos. Isto significa que o custo inicial da compra de uma segunda casa será sempre superior, do ponto de vista fiscal.

Além do IMT, importa considerar o **Imposto do Selo** (0,8% do valor do imóvel) que se aplica a ambas as situações de forma igual.

IMI: Isenção Apenas para a Habitação Permanente

 

O IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) é uma despesa anual que varia consoante a localização e a taxa fixada por cada município, normalmente entre **0,3% e 0,45%** do Valor Patrimonial Tributário (VPT).

Para habitação permanente, é possível beneficiar de **isenção temporária de IMI por 3 anos**, em casos de aquisição para residência própria, desde que o imóvel seja efetivamente usado como tal e o rendimento do agregado familiar não ultrapasse determinados limites.

Para segundas habitações, **não existe qualquer isenção**. Assim, o IMI representa uma despesa permanente que deve ser ponderada no orçamento anual, especialmente se o imóvel não estiver a ser rentabilizado.

Arrendar a Segunda Habitação: Sim ou Não?

Uma das formas mais diretas de rentabilizar uma segunda habitação é através do arrendamento. Aqui, o proprietário pode optar entre:

->Arrendamento anual/tradicional**

->Arrendamento temporário/local alojamento (AL)**

Arrendamento Anual

Vantagens:

– Rendimento estável e previsível;

– Menos gestão diária;

– Menor desgaste do imóvel.

Desvantagens:

– Rendimento mensal normalmente inferior ao do turismo;

– Menor flexibilidade para uso próprio;

– Contratos com maior rigidez legal, especialmente após 2024, com a nova legislação que protege os inquilinos de despejos automáticos.

Alojamento Local (AL)

Vantagens:

– Rendimento potencial mais elevado;

– Flexibilidade para usar o imóvel em datas escolhidas;

– Possibilidade de maior retorno em zonas turísticas.

Desvantagens:

– Elevada exigência de gestão (limpezas, check-ins, manutenção);

– Licenciamento obrigatório e sujeição a quotas municipais, em muitas zonas urbanas;

– Fiscalização mais apertada, e possíveis restrições futuras.

É importante avaliar a **localização do imóvel**, a procura na zona e a legislação local antes de decidir. O AL pode ser muito rentável em zonas turísticas, mas menos viável em áreas rurais com menor fluxo de visitantes.

Tipos de Contrato: O Que Escolher?

No caso do arrendamento anual, existem três grandes tipos de contratos:

**Contrato de duração limitada** (mínimo 1 ano): o mais comum, renovável automaticamente, com regras de denúncia definidas por lei;

**Contrato por duração indeterminada**: oferece estabilidade ao inquilino, mas reduz a flexibilidade do senhorio;

**Arrendamento temporário ou de curta duração** (inferior a 1 ano): usado para situações específicas (estágios, estudos, etc.) e obriga a fundamentação do prazo.

No alojamento local, o contrato é de prestação de serviços, não um contrato de arrendamento. Implica registo na plataforma do Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL), e pode ser feito para **um quarto ou a totalidade da habitação**.

Rentabilizar ou Despesa? Uma Decisão Estratégica

A aquisição de uma segunda habitação pode ser um excelente investimento, mas também um peso financeiro se não for bem gerido. Os custos fixos (IMI, manutenção, seguros, condomínio) continuam a correr mesmo quando a casa está vazia.

Assim, a pergunta é simples: **quer usar a casa apenas como refúgio ocasional ou pretende que ela gere rendimento?**

Se a ideia for apenas usufruto pessoal, é necessário assegurar que o orçamento familiar aguenta os encargos. Se a intenção for investimento, então colocar o imóvel no mercado de arrendamento, mesmo que parcial ou sazonalmente, é fundamental para equilibrar as contas.

Conclusão

Comprar uma segunda habitação pode ser um passo importante para a qualidade de vida ou para o reforço do património. No entanto, envolve uma análise cuidadosa das obrigações fiscais, dos custos de manutenção e das opções de rentabilização. A chave está em encontrar o equilíbrio entre usufruto e retorno, sabendo que **um imóvel parado é uma despesa em movimento**.

Avaliar bem, planear melhor e, sempre que possível, rentabilizar — é este o caminho para garantir que o sonho da casa de férias não se transforma num fardo financeiro.

Ao longo da vida, as famílias atravessam diversas fases que exigem adaptação – tanto emocional como prática. Entre essas mudanças, uma das mais marcantes é a necessidade de trocar de casa. Seja porque a família cresce com o nascimento de um filho, com a chegada de um ente querido que precisa de cuidados, ou porque diminui com a partida dos filhos para a sua vida independente, o lar onde vivemos deve acompanhar essa evolução.

A Chegada de Novos Membros: A Casa Fica Pequena

Quando um casal descobre que vai ter um filho, muitas vezes começa uma contagem decrescente não só para o nascimento, mas também para a reorganização do espaço. O quarto de hóspedes pode dar lugar ao berço, mas em muitos casos, sobretudo em apartamentos mais pequenos, a casa atual torna-se rapidamente insuficiente. A chegada de um segundo ou terceiro filho pode tornar esta questão ainda mais urgente.

Do ponto de vista prático, trocar de casa implica avaliar o número de divisões, o acesso a escolas, zonas verdes e serviços de saúde. Mas não se trata apenas de espaço físico: há uma forte componente emocional nesta mudança. A casa anterior pode estar carregada de memórias – o primeiro lar do casal, os primeiros passos da criança, aniversários, conquistas. Deixá-la pode gerar um sentimento de perda, misturado com a ansiedade de começar algo novo.

Outro cenário que cada vez mais se torna comum é o de filhos adultos que acolhem os pais idosos. Com o envelhecimento da população e a dificuldade em garantir cuidados continuados adequados, muitas famílias optam por integrar os pais no seu lar. Isto exige reconfigurar rotinas, privacidade e, muitas vezes, o próprio espaço habitacional. Numa casa pequena, esta opção pode tornar-se

inviável, levando novamente à necessidade de mudar de residência.

Quando os Filhos Saem: O Ninho Vazio

Se por um lado há famílias que precisam de mais espaço, outras enfrentam o oposto: a casa torna-se demasiado grande. Quando os filhos alcançam a maioridade e partem para estudar ou trabalhar fora, os pais vêem-se muitas vezes num lar silencioso e vazio, onde os quartos ocupados outrora pela energia juvenil agora ecoam de saudade.

Do ponto de vista logístico, manter uma casa grande pode ser dispendioso e pouco prático. A manutenção, os custos de aquecimento e eletricidade, os impostos e até o simples ato de limpar um espaço que já não é plenamente utilizado tornam-se fardos desnecessários. Nessa fase, muitos casais optam por mudar-se para uma casa mais pequena, mais fácil de manter e, muitas vezes, melhor localizada.

Contudo, o impacto emocional é significativo. A “síndrome do ninho vazio” pode levar a sentimentos de tristeza, solidão e até depressão. Os pais precisam de reaprender a viver a dois, muitas vezes após décadas a partilhar o foco com os filhos. Reencontrar hobbies, retomar projetos pessoais ou redescobrir o companheirismo são desafios importantes, e por vezes difíceis, nesta etapa.

O Processo da Mudança: Um Desafio em Si Mesmo

Independentemente de o motivo ser o crescimento ou a redução da família, mudar de casa implica uma carga emocional intensa. Há a expectativa do novo, mas também a nostalgia do que se deixa para trás. O processo de empacotar anos – ou décadas – de vida, decidir o que fica e o que vai, lidar com burocracias e com a instabilidade temporária são tarefas desgastantes.

Além disso, há um impacto financeiro relevante. Comprar ou arrendar uma nova casa implica custos que nem sempre são fáceis de suportar, sobretudo em contextos de inflação ou subida das taxas de juro. As famílias precisam de ponderar cuidadosamente entre o ideal e o possível, tentando equilibrar necessidades e desejos com o orçamento disponível.

A Importância do Apoio e Planeamento

Em qualquer cenário, o apoio mútuo entre os membros da família é essencial. As crianças sentem o impacto da mudança, por mais novas que sejam, e devem ser envolvidas no processo de forma segura e positiva. Os pais que acolhem os seus progenitores idosos devem procurar manter o respeito pela autonomia dos mesmos, e garantir que há condições adequadas para a convivência.

Do mesmo modo, quando os filhos saem de casa, é importante manter uma comunicação aberta e criar momentos de reencontro para preservar os laços familiares. Trocar de casa pode ser uma excelente oportunidade para redefinir rotinas e objetivos em conjunto.

Conclusão

Trocar de casa é mais do que uma mudança física – é um reflexo direto das transformações que ocorrem no seio da família. A chegada de novos membros ou a saída dos filhos marcam fases distintas, cada uma com os seus desafios e oportunidades. Saber reconhecer o momento certo para mudar, planear com cuidado e aceitar a carga emocional do processo são passos fundamentais para que esta transição se faça com serenidade.

Em última análise, a casa ideal é aquela que responde às necessidades atuais da família, proporcionando conforto, funcionalidade e bem-estar emocional. E se há algo que a vida nos ensina é que tudo muda – e com isso, também o espaço que chamamos de lar.

Neste artigo a Imoexpansão vai tentar ajudá-lo falando sobre um nicho de mercado que tem cada vez mais procura no mercado nacional.

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre casas modulares e de como este nicho de mercado tem crescido em Portugal. No entanto, o conceito destas casas muitas vezes é confundido com outros tipos de construções, que envolvem os mais diversos materiais, mas que nada têm a ver com a construção em módulos. Para desmistificar este conceito e esclarecer as potenciais dúvidas que possam existir sobre a construção de uma casa modular, explicamos neste artigo do que se trata, apontando vantagens e desvantagens.

O que é uma casa modular?

Uma casa modular é uma habitação feita numa fábrica certificada, que é transportada por módulos para o terreno onde será feita a sua montagem e acabamentos finais. Este tipo de casa requer uma preparação antecipada do terreno, por norma a cargo do comprador, e são vistas como uma ótima solução para quem pretende a construção de uma casa própria em pouco tempo.

Em relação ao seu aspeto é possível construir uma casa modular com um estilo moderno, mas também existem empresas que oferecem opções mais rústicas ou minimalistas. Atualmente estas casas já não estão limitadas a um piso térreo, pois muitas das empresas em Portugal disponibilizam projetos e plantas para casas com rés do chão e primeiro andar.

Vantagens das casas modulares

As casas modulares por norma apresentam-se como casas elegantes, com plantas bem estruturadas e com preços padrões muitas vezes baixos. Mas estas não são as únicas vantagens.

1 – Se tem urgência, as casas modulares demoram menos tempo a construir

Quando pensa em construir uma casa sabe, à partida, que este será um processo demorado, principalmente com o mercado atual. Desde a criação do projeto da sua casa, licenciamento e obras, até ter a chave na mão, é normal que passem vários meses, podendo mesmo demorar mais de um ano até estar pronta a habitar.

Já no caso das casas modulares, estas oferecem a possibilidade de ter uma casa pronta a habitar num espaço de três a seis meses, consoante o tipo de casa que escolheste, claro. Estes prazos são praticamente impossíveis de cumprir numa habitação de construção tradicional.

As casas modulares são construídas em fábricas especializadas para tal, e como cada construtora disponibiliza apenas alguns modelos, todo o processo de construção é mais rápido do que o normal. Para além disso, este método quando é bem aplicado diminui vários problemas que podem surgir durante a montagem dos seus módulos.

Assim que a construção dos módulos estiver terminada, os módulos são transportados para o terreno indicado e preparado pelo comprador. Por fim, os profissionais montam os módulos e fazem os acabamentos finais contratados.

O resultado é ter uma casa nova pronta a habitar num curto espaço de tempo. Esta pode ser uma grande vantagem para quem precisa da sua habitação pronta com urgência.

2 – Os materiais têm qualidade e oferecem segurança

A qualidade de uma casa modular é uma das grandes dúvidas da maioria dos interessados neste tipo de habitação. Esta dúvida está muitas vezes associada aos preços baixos anunciados e aos prazos reduzidos.

Antes de tomar a decisão de construir este tipo de casa, deve fazer um levantamento sobre as construtoras especializadas em casas modulares em Portugal. Depois de uma seleção baseada na avaliação de outros compradores, deve marcar reuniões e visitas para avaliar o material utilizado. Desta forma, poder ver com os seus próprios olhos os materiais utilizados e todo o processo de construção daquela empresa.

Por norma, a construtora de casas modulares tem o seu método de construção de módulos, que podem ser revestidos em cimento, madeira ou em painéis isoladores criados a partir de diversos materiais. A empresa costuma sempre explicar as vantagens do método escolhido e esclarece todas as dúvidas que o comprador possa ter em relação àquele material.

Depois é preciso ter em conta que este tipo de casa é construído numa fábrica especializada, onde existe um forte controlo de qualidade e segurança. Este é um dos fatores mais relevantes, pois caso não exista uma atenção aos detalhes, estas casas podem vir a ter diversos problemas.

As casas modulares são soluções extremamente seguras e resistentes a vários tipos de climas, tempestades e até terramotos. Para além disso, este tipo de casas oferece isolamento térmico e acústico, sendo este também feito em fábrica.

Dito isto, as casas modulares quando são construídas com bons materiais são casas com uma ótima qualidade e segurança. Por isso, é fundamental escolher bem a empresa que a vai construir, para conseguires o resultado desejado.

3 – Materiais que prometem boa durabilidade

Ainda em relação à qualidade, as casas modulares construídas atualmente são tão resistentes como uma casa de construção tradicional. Para ter uma noção, uma casa modular construída com bons materiais tem a durabilidade de 50 a 70 anos. Esta é a mesma durabilidade de uma casa de construção tradicional.

No entanto, é preciso ter em atenção que, para aumentar a sua durabilidade, todas as casas precisam de obras de manutenção e conservação.

Muitas pessoas desconfiam desta durabilidade, pois associam esta construção às antigas casas pré-fabricadas. A verdade é que uma casa modular é uma casa pré-fabricada, mas o tipo de construção e os materiais utilizados são muito distintos, pois a qualidade é muito superior.

4 – Após estar tudo definido, o preço final da casa não pode ser alterado

Esta é uma das grandes vantagens de construir uma casa modular, pois quando todos os pormenores ficam definidos, como a aceitação do projeto e da planta, materiais a utilizar e acabamentos finais, o preço já não pode ser alterado. Este tipo de acordo é uma ótima vantagem, pois evita que existam derrapagens no orçamento que fez para a construção da sua casa.

Contudo, tem atenção, pois o preço das casas modulares pode ir além dos orçamentos iniciais.

5 – Se a família aumentar, a sua casa também pode aumentar

Uma casa modular é construída por módulos. Como tal, existe sempre a possibilidade de acrescentares ou retirares módulos da mesma, sem que para tal sejam necessárias diversas alterações na estrutura pilar da casa.

Este tipo de alterações é uma enorme vantagem, pois permite a criação de mais quartos se tiver mais filhos, e a redução da mesma quando estes saírem de casa. Para além disso, poderá construir uma habitação de menores dimensões e aumentar a mesma quando tiver maior disponibilidade financeira.

Ainda assim, o aumento ou a diminuição de uma casa modular deve ser bem pensado e falado com a empresa que vai construir a sua habitação. Deve ainda consultar sempre a sua Câmara Municipal e perceber se existem licenças para estas alterações numa casa modular.

Desvantagens das casas modulares

Embora as vantagens associadas à construção de uma casa modular sejam muitas, também existem desvantagens que deves ter em consideração.

1 – O entrave no acesso ao crédito habitação e à contratação de seguros

Esta desvantagem é provavelmente um dos maiores obstáculos que vai ter pela frente se pretender construir este tipo de habitação. Embora o número de empresas de construção de casas modulares tenha aumentado nos últimos anos, as entidades bancárias continuam a apresentar vários entraves para concederem um crédito habitação para este tipo de construção.

Conseguir um crédito habitação para construir uma casa modular é uma tarefa bastante complicada em Portugal. No entanto, existem algumas entidades bancárias que já o concedem, mas com condições pouco atrativas. Com as taxas de juros cada vez mais baixas para o crédito habitação, construir uma casa modular através de um crédito com taxas muitos superiores, pode não ser a melhor opção.

Além de encarecer bastante o valor que irá pagar no final do empréstimo, os prazos tendem a ser mais curtos. Dito isto, caso consiga um empréstimo, poderá vir a ficar com uma prestação bastante elevada. Quanto aos seguros de vida e multirriscos, muitas seguradoras não dispõem de seguros para casas modulares, devido aos materiais usados na construção das mesmas. Assim, terá de pesquisar no mercado quais as opções que existem, e ver com a entidade bancária de que forma fazer seguros fora do banco pode afetar o spread do seu crédito habitação.

2 – As casas modulares são pagas na totalidade antes de serem construídas

O pagamento adiantado, na totalidade, por norma não é visto com bons olhos na maioria dos negócios. Se a empresa começar a apresentar alguns sinais de falta de transparência, pode ser muito complicado desistir do negócio e reaver o dinheiro investido na sua totalidade.

Por isso, o pagamento adiantado para a construção de uma casa modular pode ser uma grande desvantagem, principalmente se não ficar satisfeito com o resultado final.

Se estiver decidido a optar por este tipo de construção, lembra-se que contratar uma empresa com boas avaliações e certificada é essencial para fazer um bom negócio.

3 – Os preços acessíveis apresentados nos sites e em orçamentos iniciais não são o preço final da casa

Certamente já ouviu falar dos preços imbatíveis das casas modulares ou de pessoas que dizem que afinal a casa modular custa quase o preço de uma tradicional. Ambas as situações são reais e verdadeiras. Mas como é que isso pode ser? É simples. Os preços falados em relação às casas modulares são muitas vezes as soluções mais baratas e são a linha base da construção.

Se pretender que uma casa modular tenha a mesma durabilidade que uma casa tradicional, e seja feita com materiais de qualidade e bons isolamentos, o preço pode ser aproximado ao preço de uma construção tradicional.

Para chegar ao preço final de uma casa modular, precisa de somar o preço do terreno onde a vai construir, o licenciamento, escrituras e os custos de montagem que englobam a preparação do terreno (escavações, fundações e outras preparações) e o orçamento final.

No orçamento final vão estar presentes todas as alterações que pretende fazer em relação ao projeto que lhe apresentaram, bem como os acabamentos finais. Lembra-se que deve investir em bons materiais de isolamento, revestimentos com argamassa e outros revestimentos contra a humidade. São estas decisões que vão trazer qualidade e conforto à sua casa.

4 – Se não acordar os pormenores pode vir a ter graves problemas

Antes de construir a sua casa modular, deves informar-se e acordar todos os pormenores com a construtora escolhida. Existem várias questões, para além da construção e montagem, que deve ter em atenção.

Em primeiro lugar, deve saber que os módulos individuais são bastante pesados, e que existe sempre o risco de se danificarem durante o transporte para o terreno. Portanto é muito importante que esclareça todas as questões relativas ao transporte dos mesmos. Fala sobre a distância envolvida, o que acontece se um módulo se danificar no transporte, se a empresa tem seguro para cobrir os danos, etc. Consoante a resposta da empresa, pode avaliar se existe segurança para prosseguir, ou não, com o negócio.

No que diz respeito ao licenciamento, pode demorar até conseguires as licenças necessárias. Informa-se com antecedência junto da sua Câmara Municipal para perceber todos os entraves que possam surgir.

Por fim, não se esqueça que a sua casa vai precisar de manutenção conforme o tempo vai passando e que podem ainda existir problemas resultantes dos materiais que foram utilizados. Nestes casos deve sempre esclarecer com a empresa construtora como vai ser o acompanhamento da casa após esta estar construída. Certifica-se que a empresa dá garantia do trabalho realizado, e vê a disponibilidade para um acompanhamento futuro.

5 – A casa pode ser feita à sua medida, mas dentro das opções pré-definidas

Numa casa de construção tradicional, os proprietários podem pedir um projeto totalmente idealizado por eles. Numa casa modular, todos os projetos já se encontram pré-feitos. O futuro proprietário escolhe por norma um dos projetos em catálogo daquela construtora, e depois poderá fazer alguns ajustes e alterações.

Poucas são as empresas de construção de casas modulares em Portugal que permitem uma liberdade total de idealização da casa que vai ser construída. E isto, para algumas pessoas, pode ser uma grande desvantagem, se tiverem uma ideia bem definida da sua casa de sonho.

No entanto, as casas modulares permitem uma escolha variada de designs, bem como dos acabamentos finais. Mas deve ter sempre em mente que, a sua casa de sonho, pode ter que ser adaptada às opções existentes da construtora que escolher.

Se ainda não conhece os vários tipos de casas modulares que existem atualmente, faz uma pesquisa na Internet e redes sociais, e fica com uma ideia das opções disponíveis. Existem também casas modulares mais ecológicas, feitas a partir de materiais reciclados. O mercado de casas ecológicas tem vindo a crescer um pouco por todo o mundo, principalmente no mercado de luxo.

In Idealista, 5 Março 2020