Empreitadas da habitação em risco de derrapar devido ao aumento dos custos de construção

 

Custos de construção já superam os valores de referência que foram usados nas estimativas de custos inscritas nos acordos celebrados entre as autarquias e o IHRU.

O Governo admite vir a fazer aditamentos aos acordos celebrados entre o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e as câmaras municipais, no âmbito do programa 1º Direito – que também será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – caso os preços definidos nos contratos sejam ultrapassados.

Em causa estão os custos de construção, que têm vindo a aumentar de forma “galopante” e que já superam os valores de referência que foram usados nas estimativas de custos.

“Se no decurso da execução das soluções habitacionais for previsível a superação do valor previsto no acordo, poderá prever-se um aditamento ao contrato”, admite fonte do gabinete do ministério das Infraestruturas e da Habitação ao jornal Público. O ministério admite a possibilidade, mas diz que “nesta fase não há indícios de que tal venha a ocorrer”.

Através do PRR, recorde-se, estão previstos até 1.211 milhões de euros a fundo perdido para ajudar a resolver os problemas habitacionais de 26 mil famílias. Neste momento há 89 acordos de financiamento aprovados, e estão protocoladas soluções habitacionais para cerca de 30 mil famílias.

Segundo o jornal, muitas autarquias estão a ter dificuldades em encontrar empresas disponíveis para fazer o orçamento para projetos. Já as empresas de construção queixam-se das alterações nos preços dos materiais e do problema da falta de mão de obra.

(Fonte Publico/Idealista news, tratado por ASMIP)

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