Garantia Estatal no Crédito à Habitação como Apoio Fundamental para Jovens na Aquisição da Primeira Casa

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A garantia estatal no crédito à habitação para jovens em Portugal, estabelecida pelo Decreto-Lei nº 44/2024, entrou em vigor a 28 de setembro de 2024. A partir dessa data, os jovens entre 18 e 35 anos podem candidatar-se para obter financiamento até 100% do valor do imóvel, com o Estado a garantir até 15% do valor da transação. O objetivo principal desta medida é ajudar os jovens a ultrapassarem o obstáculo da falta de poupança para a entrada inicial, facilitando assim o acesso à compra da sua primeira habitação própria e permanente.

Limites da Garantia Estatal

Um dos aspetos centrais desta medida é o valor máximo do imóvel que pode ser adquirido. O preço do imóvel não pode exceder 450.000 € em áreas de maior pressão urbanística, como as grandes cidades, onde os preços tendem a ser mais elevados. Para zonas com menor pressão, o teto é reduzido para 350.000 €. Estas limitações visam assegurar que a medida apoia a compra de casas que estão dentro do alcance de jovens com rendimentos médios, excluindo imóveis de luxo.

Além disso, o Estado compromete-se a garantir até 15% do valor do imóvel. Por exemplo, num imóvel com o valor de 300.000 €, o Estado cobrirá até 45.000 € desse montante. Esta garantia reduz o risco para os bancos, tornando o processo de concessão de crédito mais viável e menos arriscado, permitindo assim o financiamento de 100% do valor da habitação.

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Elegibilidade e Limites de Rendimentos

Para beneficiar desta garantia estatal, os jovens devem cumprir certos requisitos de rendimentos. O benefício está disponível para indivíduos com rendimentos anuais até ao 8º escalão de IRS, o que equivale a rendimentos até 81.000 € por ano. Este critério garante que a medida se destina principalmente a jovens de classe média, que frequentemente enfrentam dificuldades no acesso ao crédito à habitação devido à falta de poupanças para a entrada inicial.

Exceções e Requisitos

A garantia estatal só pode ser utilizada para a compra da primeira habitação própria e permanente. Isso significa que o imóvel adquirido deve ser utilizado exclusivamente como residência habitual do comprador. Qualquer intenção de usar o imóvel para arrendamento ou fins comerciais faz com que a candidatura seja excluída do apoio.

Outro ponto crucial é que o comprador não pode ser proprietário de outros imóveis. A medida foi projetada para ajudar aqueles que estão a adquirir a sua primeira habitação, excluindo aqueles que já possuem propriedades. Este critério visa garantir que o apoio estatal seja direcionado para quem realmente precisa de ajuda para entrar no mercado imobiliário.

Restrições da Garantia Estatal

A garantia estatal está sujeita a restrições importantes. A principal é que só pode ser utilizada uma vez. Se o beneficiário vender o imóvel adquirido com o apoio da garantia estatal ou decidir adquirir uma segunda habitação, não poderá reutilizar a medida. Esta restrição é fundamental para evitar que a mesma pessoa beneficie repetidamente do sistema, garantindo que mais jovens tenham acesso ao apoio.

Outra restrição importante é o prazo de 10 anos. Se o imóvel for vendido ou colocado para arrendamento dentro dos primeiros 10 anos após a compra, a garantia estatal será cancelada. Esta regra impede a especulação imobiliária e assegura que os beneficiários utilizem o imóvel como sua residência principal durante um período considerável de tempo, evitando o uso do apoio para obter ganhos rápidos no mercado imobiliário.

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Objetivo da Medida

A garantia estatal no crédito à habitação tem como principal objetivo facilitar o acesso dos jovens à compra da sua primeira casa. Muitos jovens enfrentam dificuldades em poupar o montante necessário para dar entrada no crédito, especialmente com os preços das habitações em alta nas principais cidades do país. Esta medida foi desenhada para ultrapassar a barreira das poupanças insuficientes, permitindo o financiamento a 100% do valor do imóvel e reduzindo o risco para os bancos através da garantia de 15% pelo Estado.

Além de ajudar os jovens a concretizar o sonho de ter casa própria, a medida também impõe regras rigorosas para evitar a utilização indevida do apoio estatal. As limitações no valor do imóvel, os critérios de rendimento e as regras de cancelamento da garantia asseguram que o apoio chega a quem realmente precisa e é utilizado da forma correta.

Considerações Finais

A garantia estatal no crédito à habitação para jovens em Portugal representa uma resposta clara do governo à crescente crise no acesso à habitação. Ao permitir o financiamento total do imóvel e ao garantir até 15% do valor da transação, a medida facilita o acesso dos jovens ao crédito sem necessidade de grandes poupanças iniciais.

No entanto, a eficácia desta medida dependerá da sua implementação e monitorização, garantindo que as regras e restrições sejam rigorosamente seguidas para evitar abusos. A sua aplicação cuidadosa é fundamental para que o objetivo — facilitar o acesso à habitação para uma geração que, de outra forma, poderia ficar excluída do mercado imobiliário — seja cumprido com sucesso.

Imoexpansão, 04 de Outubro de 2024

Menos é Mais: A Arte de Simplificar Móveis e Objetos em Sua Casa

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Vivemos numa sociedade onde o consumo é frequentemente exaltado, e as nossas casas tornam-se facilmente reféns do excesso. A busca pelo último gadget, a moda sazonal, e as memórias que colecionamos ao longo dos anos contribuem para o aumento de móveis e objetos que, com o tempo, podem transformar um lar confortável em um espaço caótico. Contudo, a filosofia “menos é mais” propõe uma abordagem diferente, focada na simplificação e na criação de espaços mais funcionais e tranquilos. Neste artigo, vamos explorar como pode adotar esta filosofia para simplificar a sua casa, tornando-a num ambiente mais leve e harmonioso.

1.A Filosofia do “Menos é Mais”

O conceito de “menos é mais” é frequentemente associado ao design minimalista, mas vai muito além da estética. Trata-se de um princípio que defende que a simplicidade e a funcionalidade devem prevalecer sobre o excesso e a desordem. Em vez de preencher cada canto da sua casa com móveis e objetos, o objetivo é escolher apenas o essencial, criando espaços que transmitam paz, clareza e equilíbrio.

Ao simplificar os seus móveis e objetos, não só cria um ambiente mais organizado e agradável, mas também facilita a sua vida quotidiana, reduzindo o tempo gasto em limpeza e manutenção, e minimizando o stress visual causado pelo excesso de estímulos.

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2.Como Começar: Destralhar e Avaliar

O primeiro passo para simplificar a sua casa é destralhar. Esta palavra, ainda pouco conhecida em Portugal, refere-se ao ato de eliminar o que é desnecessário ou supérfluo. Antes de adicionar ou reorganizar os móveis e objetos, é essencial avaliar o que já possui.

Faça um inventário: Percorra cada divisão da sua casa e anote todos os objetos e móveis que possui. Isto ajuda a ter uma visão clara do que realmente precisa e do que pode ser dispensado.

Questione a utilidade e o valor: Para cada item, pergunte-se: “Isto é útil?”, “Trago-me alegria?”, “É necessário?”. Se a resposta for “não” a estas perguntas, considere livrar-se do item.

Desapegue-se do supérfluo: Desfaça-se dos objetos que já não têm lugar na sua vida. Pode optar por vender, doar ou reciclar, mas o importante é libertar-se do excesso. Lembre-se de que menos objetos resultam em menos desordem.

3.Escolher Móveis Funcionais e Versáteis

Depois de destralhar, é hora de avaliar os móveis que tem ou pretende ter. A escolha de móveis funcionais e versáteis é crucial para uma casa simplificada.

Opte por móveis multifuncionais: Móveis que têm mais de uma função são ideais para maximizar o espaço e reduzir a necessidade de peças adicionais. Um sofá-cama, uma mesa de centro com arrumação, ou um banco que pode servir como mesa lateral são exemplos perfeitos.

Escolha móveis de linhas simples: Linhas retas e simples ajudam a criar um ambiente mais arejado e ordenado. Evite peças demasiado ornamentadas, que podem contribuir para um ambiente visualmente pesado.

Invista em qualidade: Em vez de acumular muitos móveis, invista em poucas peças de qualidade, que sejam duradouras e agradáveis à vista. Peças bem escolhidas e de qualidade superior não só duram mais tempo, como também valorizam o espaço.

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4.A Importância do Espaço Livre

Uma das maiores vantagens da simplificação é a criação de espaço livre. Espaços desimpedidos permitem que a casa “respire” e criam uma sensação de calma e amplitude.

Evite preencher cada canto: Resista à tentação de preencher cada espaço vazio. O espaço livre é um elemento valioso numa casa simplificada, ajudando a criar um ambiente mais sereno e convidativo.

Deixe entrar a luz natural: A luz natural é um dos melhores aliados na criação de espaços claros e agradáveis. Evite obstruir as janelas com móveis ou cortinas pesadas, permitindo que a luz flua livremente.

Use a decoração com moderação: Objetos decorativos devem ser escolhidos com cuidado. Prefira poucas peças que tenham significado ou que realmente contribuam para a estética do espaço, em vez de acumular inúmeros objetos sem propósito.

5.Manter a Simplicidade no Dia-a-Dia

Simplificar não é apenas um ato pontual, mas uma prática contínua. Para manter a simplicidade na sua casa, é importante adotar hábitos que evitem o acúmulo de novos objetos desnecessários.

Adote a regra do “um entra, um sai”: Cada vez que adquirir um novo objeto ou móvel, comprometa-se a eliminar outro de valor semelhante. Isso ajuda a manter o equilíbrio e evita que o espaço se torne novamente congestionado.

Revise regularmente: Faça uma revisão regular dos seus pertences, pelo menos uma vez por ano, para garantir que continua a viver de acordo com o princípio “menos é mais”.

Prefira a qualidade à quantidade: Ao fazer novas aquisições, escolha itens de qualidade, duradouros e que realmente acrescentem valor à sua casa e à sua vida.

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Conclusão

Adotar a filosofia “menos é mais” na sua casa é um passo para uma vida mais simples, organizada e tranquila. Ao destralhar, escolher móveis funcionais, e valorizar o espaço livre, estará a criar um ambiente que promove bem-estar e harmonia. Lembre-se de que o verdadeiro luxo está na simplicidade e na clareza, e que uma casa descomplicada reflete uma mente em paz.

A Importância dos Vizinhos: Cultivando Relações Cordiais e Harmoniosas na Comunidade

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As relações de vizinhança têm desempenhado um papel crucial nas sociedades ao longo da história. Na era moderna, onde a vida urbana muitas vezes nos leva a viver em proximidade com outras pessoas, a importância de manter uma relação cordial e harmoniosa com os nossos vizinhos torna-se cada vez mais evidente. Uma boa relação de vizinhança não só contribui para um ambiente mais agradável e seguro, mas também enriquece a nossa vida social e promove um sentido de comunidade.

1.A Vizinhança Como Pilar da Comunidade

A vizinhança é o núcleo de qualquer comunidade. Ao estabelecer laços com as pessoas que vivem ao nosso lado, estamos a fortalecer a coesão social e a criar uma rede de apoio mútuo. Numa sociedade onde o individualismo é frequentemente valorizado, a construção de relações significativas com os nossos vizinhos ajuda a combater o isolamento social e promove uma sensação de pertença.

Apoio mútuo: Em momentos de necessidade, seja uma emergência ou um simples favor, os vizinhos podem ser os primeiros a oferecer ajuda. Ter uma relação cordial com eles pode fazer toda a diferença em situações difíceis.

Segurança: Uma comunidade onde os vizinhos se conhecem e cuidam uns dos outros tende a ser mais segura. A vigilância coletiva ajuda a prevenir crimes e a responder rapidamente a situações anómalas.

2.Vizinhos e Qualidade de Vida

A qualidade das relações de vizinhança tem um impacto direto na nossa qualidade de vida. Conflitos e desentendimentos podem transformar um lar num lugar de stress, enquanto uma relação harmoniosa contribui para um ambiente mais pacífico e agradável.

Ambiente tranquilo: Viver num ambiente onde prevalece o respeito mútuo e a comunicação aberta contribui para uma maior tranquilidade. Respeitar o espaço e o bem-estar dos outros, seja evitando ruídos excessivos ou cumprindo as normas de convivência, ajuda a manter a paz na comunidade.

Redução de stress: Relações conflituosas com vizinhos podem ser uma fonte significativa de stress. Investir na construção de uma relação positiva com os seus vizinhos pode reduzir tensões e criar um ambiente mais relaxante e acolhedor.

Convívio social: Boas relações com os vizinhos abrem portas para momentos de convívio e socialização. Desde pequenos encontros casuais a eventos comunitários, estas interações promovem o bem-estar emocional e reforçam os laços dentro da comunidade.

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3.Estratégias para Cultivar Boas Relações com os Vizinhos

Criar e manter uma relação cordial e harmoniosa com os vizinhos requer esforço e consideração. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a fortalecer essas relações:

Cumprimentar e ser acessível: Uma das formas mais simples de iniciar uma relação positiva com os vizinhos é cumprimentá-los com um sorriso. Mostre-se acessível e disposto a conversar, mesmo que seja por breves momentos. Esta atitude amigável abre caminho para interações mais significativas no futuro.

Respeitar a privacidade e o espaço: Cada pessoa tem o seu próprio ritmo e necessidades. Respeitar a privacidade e o espaço dos seus vizinhos é fundamental para manter uma relação saudável. Evite comportamentos invasivos ou excessivamente curiosos, e esteja ciente dos limites físicos e emocionais.

Oferecer ajuda e cooperação: Mostre-se disponível para ajudar os seus vizinhos quando possível, seja oferecendo uma mão com tarefas simples ou colaborando em projetos comunitários. Pequenos gestos de bondade podem ter um grande impacto e são frequentemente retribuídos.

Resolução de conflitos de forma pacífica: Conflitos podem surgir, mesmo nas melhores relações. Quando isso acontecer, procure abordar a situação de forma calma e respeitosa. Tente resolver os problemas diretamente com o seu vizinho, antes de recorrer a terceiros. A comunicação aberta e a empatia são fundamentais para encontrar soluções que beneficiem ambas as partes.

Participar em atividades comunitárias: Envolver-se em atividades e eventos comunitários é uma excelente forma de fortalecer os laços com os seus vizinhos. Desde festas de rua a reuniões de condomínio, estas oportunidades de convívio ajudam a construir uma rede de apoio e a criar um sentido de comunidade.

4.O Papel da Comunicação

A comunicação eficaz é o alicerce de qualquer relação, incluindo as de vizinhança. Saber como e quando comunicar pode fazer toda a diferença na prevenção de mal-entendidos e na construção de uma relação saudável.

Ser claro e direto: Quando precisar de comunicar algo importante ao seu vizinho, seja claro e direto. Evite suposições e procure expressar-se de forma que o seu ponto de vista seja compreendido. Por exemplo, se um vizinho está a fazer muito barulho, aborde-o de forma educada e explique como isso o está a afetar.

Ouvir ativamente: A comunicação não é apenas falar, mas também ouvir. Quando o seu vizinho lhe expressar uma preocupação ou opinião, mostre-se disponível para ouvir ativamente. Isso não só demonstra respeito, mas também facilita a compreensão mútua.

Evitar a fofoca: Falar sobre os outros vizinhos pode criar divisões e ressentimentos dentro da comunidade. Mantenha as conversas focadas em assuntos positivos ou construtivos, e evite espalhar rumores.

5.Impacto na Vida Urbana e Rural

As relações de vizinhança têm um impacto significativo tanto em áreas urbanas como rurais, embora as dinâmicas possam variar. Em áreas urbanas, onde as pessoas frequentemente vivem em prédios ou condomínios, a proximidade física exige um maior esforço para manter a harmonia. Já em áreas rurais, onde as comunidades tendem a ser mais pequenas e mais interligadas, as relações de vizinhança podem ser mais profundas e duradouras.

Vida Urbana: Nas cidades, a densidade populacional e a diversidade cultural tornam as relações de vizinhança um desafio único. Estabelecer regras claras de convivência e promover o respeito pela diversidade são fundamentais para evitar conflitos e criar um ambiente inclusivo e harmonioso.

Vida Rural: Nas áreas rurais, os vizinhos muitas vezes dependem uns dos outros para diversas formas de apoio, desde ajuda na agricultura até à partilha de recursos. A confiança e a cooperação são valores centrais nessas comunidades, e a manutenção dessas relações é essencial para a coesão social.

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6.Os Desafios Modernos e a Vizinhança

Com o aumento das tecnologias digitais e a crescente mobilidade das pessoas, as relações de vizinhança enfrentam novos desafios. As interações presenciais são muitas vezes substituídas por comunicações online, e as mudanças frequentes de residência dificultam a construção de laços duradouros.

Tecnologia: Embora as redes sociais possam facilitar a comunicação, elas não devem substituir as interações face a face. Manter um equilíbrio entre o uso da tecnologia e o convívio pessoal é crucial para cultivar relações reais e significativas.

Mobilidade: A alta mobilidade nas áreas urbanas, onde as pessoas mudam frequentemente de casa ou cidade, pode dificultar o estabelecimento de laços fortes. Ainda assim, pequenos gestos como apresentar-se aos novos vizinhos e manter uma comunicação aberta ajudam a superar esses desafios.

Conclusão

Uma relação cordial e harmoniosa com os vizinhos é fundamental para uma vida equilibrada e gratificante. Investir nestas relações não só melhora a qualidade de vida individual, como também fortalece a comunidade como um todo. Através de uma comunicação eficaz, respeito mútuo e cooperação, podemos transformar os nossos bairros em espaços onde todos se sentem bem-vindos e seguros. Afinal, uma boa vizinhança é mais do que uma questão de proximidade geográfica; é uma questão de proximidade humana.

Como Decorar a Sua Casa em Estilo Vintage: Dicas para Criar um Ambiente Único e Acolhedor

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O estilo vintage tem vindo a ganhar popularidade no mundo da decoração, trazendo um toque de nostalgia e charme a qualquer casa. Inspirado por décadas passadas, este estilo combina elegância clássica com um senso de história, criando ambientes que são ao mesmo tempo acolhedores e sofisticados. Se está a pensar em adotar o estilo vintage na decoração da sua casa, este artigo vai guiá-lo através das principais características deste estilo e oferecer dicas práticas para transformar o seu espaço.

1.Compreender o Estilo Vintage

Antes de começar a decorar, é importante compreender o que significa “vintage”. O termo refere-se a objetos, móveis e peças decorativas que têm pelo menos 20 anos, mas não mais de 100 anos, o que os distingue de peças “antigas” ou “retrô”. O estilo vintage abrange várias décadas, desde os anos 1920 até aos anos 1980, cada uma com as suas características distintas.

Escolha a sua década: A primeira decisão a tomar é escolher a(s) década(s) que deseja incorporar na sua decoração. Cada período tem o seu próprio estilo único, desde a sofisticação Art Deco dos anos 1920, passando pelo colorido e experimentalismo dos anos 1960, até à simplicidade funcional dos anos 1980.

Mistura de épocas: Embora possa optar por focar-se numa única década, uma das vantagens do estilo vintage é a possibilidade de misturar diferentes períodos. Esta combinação pode resultar numa decoração rica e diversificada, mas deve ser feita com cuidado para evitar um aspeto desorganizado.

2.Escolher Móveis Vintage

Os móveis são uma parte fundamental de qualquer decoração vintage. Peças antigas ou recondicionadas podem dar à sua casa um toque autêntico e distinto.

Procure peças originais:

Móveis originais das décadas que pretende emular são uma excelente escolha. Pode encontrá-los em mercados de antiguidades, lojas de segunda mão, ou até mesmo em vendas de garagem. Preste atenção ao estado dos móveis; muitas vezes, uma pequena restauração pode trazer uma peça de volta à sua glória original.

Móveis recondicionados: Se não conseguir encontrar móveis originais, considere a possibilidade de comprar peças recondicionadas ou recriações inspiradas no estilo vintage. Existem muitos artesãos que se especializam em restaurar móveis antigos ou em criar novas peças com um toque retro.

Misture e combine: Não tenha medo de misturar diferentes estilos e épocas. Por exemplo, uma mesa de centro dos anos 1950 pode combinar perfeitamente com um sofá dos anos 1970, criando um ambiente interessante e eclético.

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3.Cores e Padrões no Estilo Vintage

As cores e padrões desempenham um papel crucial na criação de uma atmosfera vintage. Cada década tem a sua paleta de cores e padrões icónicos.

Cores suaves e tons pastel:

Nos anos 1950 e 1960, tons pastel como rosa, azul-claro, verde-menta e amarelo eram extremamente populares. Estas cores suaves são perfeitas para criar um ambiente acolhedor e nostálgico.

Padrões clássicos: Padrões geométricos, florais e listrados são características comuns no estilo vintage. Papéis de parede florais, por exemplo, podem adicionar um toque romântico e clássico a uma divisão. Almofadas, tapetes e cortinas com padrões geométricos podem também dar um toque retro aos seus espaços.

Contrastes de cores: Nos anos 1970, as cores vibrantes como o laranja, o verde-abacate e o castanho eram populares. Se gosta de um look mais ousado, estas cores podem ser incorporadas através de móveis ou acessórios.

4.Acessórios e Detalhes Vintage

Os acessórios são o que realmente dá vida ao estilo vintage. Detalhes cuidadosamente selecionados podem transformar completamente o ambiente de uma divisão.

Objetos decorativos: Relógios antigos, candeeiros de mesa, molduras douradas, rádios vintage, telefones de disco, e até mesmo máquinas de escrever, são itens que podem adicionar personalidade e charme ao seu espaço. Estes objetos não precisam de ser apenas decorativos; muitos deles podem ser funcionais.

Louça e têxteis: Louça vintage, como pratos de porcelana, chávenas de chá e jarros, pode ser usada tanto para decorar como para o uso diário. Toalhas de mesa, tapetes e cortinas com padrões antigos também ajudam a consolidar o estilo.

Espelhos e arte: Espelhos com molduras ornamentadas e obras de arte de época (ou inspiradas no passado) são excelentes para adicionar profundidade e interesse visual às paredes.

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5.Incorporar Vintage na Vida Moderna

Enquanto o estilo vintage é inspirado no passado, é importante equilibrá-lo com elementos modernos para evitar que a sua casa se torne um museu.

Mobiliário contemporâneo:

Combine peças vintage com móveis contemporâneos. Por exemplo, uma poltrona moderna pode complementar uma mesa de centro vintage, criando um contraste interessante e mantendo o ambiente atualizado.

Tecnologia escondida: Para manter a estética vintage, considere esconder ou disfarçar a tecnologia moderna. As televisões podem ser enquadradas com molduras de madeira ou escondidas em armários, e os sistemas de som podem ser integrados em móveis vintage.

6.Onde Encontrar Peças Vintage

Finalmente, para conseguir uma decoração vintage autêntica, é essencial saber onde procurar as melhores peças.

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Feiras e mercados de antiguidades: Estes são locais ideais para encontrar móveis e acessórios vintage. Muitas vezes, pode negociar o preço ou encontrar peças únicas que não estão disponíveis em lojas convencionais.

Lojas de segunda mão: As lojas de caridade ou de segunda mão são outra excelente fonte de móveis e acessórios vintage a preços acessíveis.

Online: Existem muitos websites especializados na venda de artigos vintage, onde pode explorar uma vasta gama de opções e comparar preços.

Conclusão

Decorar a sua casa em estilo vintage é uma forma de expressar a sua personalidade e de criar um espaço único e acolhedor. Ao escolher peças com história, cores e padrões clássicos, e acessórios que refletem o charme do passado, estará a criar um ambiente que é tanto uma homenagem ao passado como um reflexo do seu gosto pessoal. Com cuidado e criatividade, o estilo vintage pode transformar qualquer casa num lugar cheio de encanto e nostalgia.

Como Aplicar a Filosofia e Decoração Feng Shui na Sua Casa: Harmonia e Equilíbrio para o Lar

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O Feng Shui, uma antiga arte chinesa de harmonização de espaços, tem vindo a ganhar popularidade em todo o mundo, especialmente entre aqueles que procuram um ambiente equilibrado e positivo em suas casas. A filosofia Feng Shui baseia-se na ideia de que o espaço em que vivemos pode influenciar significativamente o nosso bem-estar físico, mental e emocional. Neste artigo, vamos explorar os princípios fundamentais do Feng Shui e como pode aplicá-los na decoração da sua casa para criar um ambiente mais harmonioso e equilibrado.

1.Compreender o Feng Shui: Princípios Básicos

Antes de começar a aplicar o Feng Shui na sua casa, é importante compreender os seus princípios básicos. O Feng Shui, que se traduz literalmente como “vento” (feng) e “água” (shui), é uma filosofia que visa equilibrar as energias, ou “chi”, que fluem através de um espaço. O objetivo é criar um ambiente que promova a saúde, a prosperidade e o bem-estar dos seus habitantes.

Os Cinco Elementos: No Feng Shui, tudo na natureza é composto por cinco elementos: madeira, fogo, terra, metal e água. Cada um destes elementos está associado a certas qualidades e é representado por diferentes cores e formas. A chave para um bom Feng Shui é equilibrar estes elementos na sua casa.

O Bagua: O Bagua é um mapa energético que é utilizado para analisar e otimizar a distribuição do “chi” num espaço. Este mapa divide uma casa em nove áreas, cada uma correspondendo a um aspecto específico da vida, como saúde, relacionamentos, prosperidade e criatividade. Ao aplicar o Bagua à planta da sua casa, pode identificar quais áreas precisam de mais atenção e ajuste.

O Fluxo de Energia: O “chi” deve fluir suavemente pela casa, sem ser bloqueado por obstáculos ou interrupções. Um fluxo de energia saudável contribui para um ambiente equilibrado e agradável.

2.Entrada Principal: A Porta para a Energia Positiva

A entrada principal da sua casa é um dos aspetos mais importantes do Feng Shui, pois é por onde a energia entra. Uma entrada bem cuidada e acolhedora atrai energia positiva e dá as boas-vindas a todos que entram na sua casa.

Mantenha a entrada limpa e desobstruída: Certifique-se de que não há sapatos, lixo ou outros objetos a bloquear a entrada. Uma entrada livre de obstáculos permite que a energia flua livremente para dentro de casa.

Escolha uma porta principal robusta: Uma porta principal sólida e bem cuidada é essencial, pois simboliza proteção e segurança. Pinte-a numa cor que represente o elemento associado à área do Bagua onde a porta está localizada.

Iluminação adequada: A entrada deve ser bem iluminada, tanto no interior como no exterior. Uma boa iluminação atrai energia positiva e transmite uma sensação de acolhimento.

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3.Sala de Estar: O Coração Social da Casa

A sala de estar é onde a maioria das interações sociais acontecem, tornando-a um espaço central para o Feng Shui. Este espaço deve promover a comunicação, a convivência e o relaxamento.

Organização do mobiliário: Os móveis devem ser dispostos de forma a facilitar a conversa e o movimento. Evite posicionar sofás e cadeiras de costas para a porta, pois isso pode criar uma sensação de insegurança. Em vez disso, disponha os móveis de forma a que todos possam ver a entrada da sala.

Cores e elementos: Use cores que promovam a tranquilidade e o conforto, como tons suaves de terra, verde ou azul.

Equilibre os cinco elementos na sala, por exemplo, com uma planta (madeira), uma lareira ou velas (fogo), uma mesa de vidro (metal), uma fonte de água decorativa (água), e tapetes ou almofadas (terra).

Evite desordem: A desordem bloqueia o fluxo de energia e pode criar tensão e stress. Mantenha a sala organizada, com espaços abertos para que a energia possa fluir livremente.

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4.Cozinha: O Centro da Prosperidade

No Feng Shui, a cozinha está intimamente ligada à saúde e à prosperidade da família. É considerada o coração do lar, onde se prepara o alimento que sustenta o corpo e a mente.

Posição do fogão: O fogão é um símbolo de prosperidade no Feng Shui, e deve estar numa posição de comando, onde a pessoa que cozinha possa ver a porta sem estar de costas para ela. Se isso não for possível, um espelho pode ser colocado de forma a refletir a entrada.

Manutenção e limpeza: Mantenha a cozinha limpa e arrumada, especialmente o fogão e o frigorífico. A limpeza e a organização são fundamentais para garantir que a energia positiva flua livremente.

Equilibre os elementos: Adicione elementos de madeira, como tábuas de corte ou utensílios de cozinha, para complementar os elementos de fogo e metal que predominam na cozinha.

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5.Quarto: Um Refúgio de Descanso e Renovação

O quarto é um dos espaços mais pessoais da casa e, no Feng Shui, é considerado o local onde recarregamos a nossa energia. Um quarto bem organizado e harmonioso promove um sono reparador e uma sensação de paz.

Posição da cama: A cama deve estar numa posição de comando, onde se possa ver a porta do quarto, mas não diretamente alinhada com ela. Evite posicionar a cama debaixo de uma janela, pois isso pode fazer com que a energia se dissipe.

Escolha de cores: Cores suaves e calmantes, como tons de azul, verde ou rosa, são ideais para o quarto. Estas cores promovem o relaxamento e a intimidade.

Decoração minimalista: O quarto deve ser um espaço livre de distrações e desordem. Opte por uma decoração minimalista, com apenas os móveis e objetos essenciais. Mantenha a área debaixo da cama limpa e sem armazenamento, para permitir que a energia flua livremente ao seu redor.

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6.Casa de Banho: Purificação e Renovação de Energias

A casa de banho é vista como um espaço onde a energia pode escapar, devido à natureza de limpeza e drenagem da água. No entanto, com algumas correções, pode transformá-la num espaço de purificação e renovação.

Mantenha a tampa da sanita fechada: No Feng Shui, acredita-se que a energia pode escapar pela sanita, por isso, mantenha sempre a tampa fechada quando não estiver em uso.

Use plantas e cores: Introduza plantas para ajudar a equilibrar a energia da água e para trazer vida ao espaço. Cores como verde e azul claro são apropriadas para a casa de banho, pois promovem a sensação de frescura e limpeza.

Espelhos sem emendas: Certifique-se de que os espelhos são grandes e sem cortes, pois espelhos partidos ou pequenos podem causar fragmentação da energia.

7.Áreas de Trabalho e Estudo: Foco e Produtividade

Para aqueles que trabalham ou estudam em casa, é essencial que a área de trabalho esteja bem posicionada e organizada para promover o foco e a produtividade.

Posição da secretária: A secretária deve estar posicionada de forma a que possa ver a porta, mas sem estar diretamente em frente a ela. Esta posição de comando permite que se sinta seguro e em controlo.

Iluminação adequada: A iluminação deve ser clara e suficiente, evitando sombras que possam distrair ou criar um ambiente sombrio.

Decoração inspiradora:

Adicione elementos que inspirem criatividade e motivação, como obras de arte, citações ou objetos que tenham um significado especial para si.

Conclusão

A aplicação dos princípios do Feng Shui na sua casa não só pode melhorar a estética do seu espaço, como também pode trazer equilíbrio, harmonia e bem-estar para a sua vida. Ao focar-se no fluxo de energia, na organização e na escolha cuidadosa de cores e elementos, pode criar um ambiente que não só é agradável à vista, mas que também apoia a sua saúde emocional e física. Experimente estas dicas na sua casa e observe como pequenas mudanças podem ter um impacto significativo na sua qualidade de vida.

Coisas que temos em casa e vão ter mais valor no futuro

Não nos referimos às joias da avó, mas sim a elementos construtivos que podem não estar a ser devidamente valorizados.

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Créditos: La Casa de la playa/David Frutos

Às vezes, na rua, encontramos verdadeiras joias: é sabido que o que para uma pessoa pode ser menos interessante para outras pode representar um tesouro. Quando falamos daquelas casas que passam por uma renovação ou por uma mudança de mobiliário, não é de estranhar encontrar vitraisaparadores de madeiraazulejos hidráulicos… na rua, à espera que chegue um novo dono.

Parece-te familiar, não é? É verdade que há cada vez mais gosto e conhecimento nestas matérias e é cada vez mais raro encontrar joias nas ruas, mas acontece… Temos a noção clara do valor que podem ter alguns elementos utilizados na construção de um passado mais longínquo e, no entanto, talvez não valorizemos aqueles que estão agora nas nossas casas construídas nos anos 70 e 80. São também algumas das mais complicadas de renovar, segundo a arquiteta Laura Ortín, por duas razões: “A sua distribuição e porque também têm materiais que foram subvalorizados ao longo do tempo”.

Vamos então estudar a casa em pormenor para te dizer o que pode valorizar no futuro e o que não deves deitar fora na próxima renovação.

O maldito gotelé (acabamento de pintura enrugado)

É provável que reconheças uma casa pelo gotelé, a tendência mais comum que veste as paredes de muitas casas. A maioria detesta gotelé e sonha com paredes lisas, mas, curiosamente, Ortín é uma firme defensora da tendência: “O problema não está no gotelé, mas nos espaços, que muitas vezes, nas casas dos anos 70 e 80, eram muito compartimentados: quartos pequenos, corredores longos e escuros. Há pessoas que me pedem para fazer uma remodelação e retirar o gotelé, mas deixando os mesmos espaços… O gotelé pode ficar ótimo numa casa com mais luz, com divisões maiores. Imagina uma parede curva ou um teto alto com essa textura. Uma nova opção é, por exemplo, usar gesso projetado, no teto, enquanto estiver fresco, será uma textura que regula a temperatura e é absorvente do som, uma solução vencedora”

Tijolo exposto

Queres cobrir aquela parede de tijolo exposto com papel que a imita, ou pior, deitá-la fora? Nem penses nisso: Ortín explica que é importante para manter a essência da casa, mas também é muito fresco no verão, pois é um material poroso e respirável. O resultado é um ambiente mais saudável.

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Créditos: Pexels

Pavimentos em tijoleira, mármore ou granito

Quem é que nunca teve chão de tijoleira? Na casa de praia, na casa da avó, aliás, há muitos restaurantes que ainda hoje mantêm estes pavimentos… Estamos a falar de um aglomerado de pedra natural que pode ter mil combinações. Estás a pensar retirá-lo porque vais fazer uma renovação?

Cuidado, podes estar a cometer um erro: “Não se trata apenas de o conservar, mas de te propor voltar a utilizá-lo para uma renovação.

pedra natural é um dos meus recursos materiais preferidos. A irregularidade das cores, a frescura, a dureza, são todas vantagens. Relativamente ao terraço, é preciso dizer que nem todas as cores ou granulometrias são válidas para qualquer espaço. É preciso saber escolher o tom certo consoante o local onde se encontra. A orientação, o tamanho do espaço, o projeto, etc….”, esclarece Ortín.

Tetos altos

Esta pode não ser considerada uma jóia arquitetónica porque “infelizmente nestes anos os edifícios foram feitos com uma distância muito curta entre pisos, talvez para tirar partido da construção, poupança construtiva, etc… Proponho evitar a sobreposição do teto na maior parte da casa, iluminar com candeeiros de parede e deixar o teto com a textura original. Se for necessário rebaixar o teto para passar condutas de ar condicionado, estudar muito bem por onde passa a máquina do ar condicionado, por onde passam esses tubos, para que a casa tenha o máximo de altura possível. Na minha experiência, altura é igual a conforto”, diz a especialista.

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Portas de Sapelly

“Trata-se de algo que não era valorizado há alguns anos. Agora, este tipo de portas que pertencem a um determinado período do design e que as pessoas passaram a detestar, estou a voltar a trazer à ribalta. Essa cor escura, com ou sem decoração, mesmo com puxadores dourados, pode ficar muito bem num espaço novo. Imaginem um espaço amplo, luminoso, orgânico, que respira calma… se tiverem algumas portas para separar casas de banho e quartos, não rejeitem essa opção”, diz Ortín.

E, para além dos elementos arquitetónicos que, com a distância, certamente terão o seu reconhecimento no futuro, vamos à distribuição das casas dos anos 70-80: corredores, divisões pequenas, pouca luz natural… O que fazer para reformar isto? “Se a casa tem uma distribuição com corredores longos, divisões pequenas e a cozinha está longe da sala de jantar, não te preocupes, a sociedade muda, as famílias também. Estes apartamentos respondiam a um modelo familiar específico e, por conseguinte, a uma distribuição hierárquica e compartimentada. Em vez de propor uma renovação que responda a estes padrões, que são cada vez menos comuns, proponho uma disposição mais aberta e flexível.

Pode acontecer que a estrutura já não sirva para organizar as divisões, pelo que sugiro que a deixemos exposta. Pilares de betão ou metálicos expostos, para além do facto de esteticamente os adorar, estamos a olhar para a arqueologia do futuro, porque esta forma de construir vai desaparecer (modelação, maquinaria, etc.). O importante não é tanto um material ou um acabamento, ou o facto de estar na moda ou não. A magia é o equilíbrio entre o novo espaço e a forma como o utilizamos para atingir o objetivo em questão”, conclui.

In Idealista, 10 Setembro 2024

Otimize a Sua Garagem: Dicas para Aproveitar ao Máximo o Espaço

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A garagem é, muitas vezes, uma área subutilizada e desorganizada nas nossas casas. Embora seja frequentemente destinada ao estacionamento do carro, a garagem pode oferecer muito mais do que apenas um espaço para guardar o veículo. Com um planeamento cuidadoso e algumas estratégias práticas, é possível transformar a garagem num espaço multifuncional, organizado e eficiente. Neste artigo, vamos explorar diversas formas de otimizar a sua garagem, permitindo-lhe aproveitar ao máximo cada metro quadrado.

1.Planeamento e Organização: A Base de uma Garagem Eficiente

O primeiro passo para otimizar a sua garagem é planear o espaço com cuidado. Antes de começar a reorganizar, é importante pensar no que realmente precisa guardar na garagem e como pode aproveitar o espaço disponível da melhor forma.

Avaliação do espaço: Comece por medir a sua garagem e fazer um inventário de tudo o que pretende armazenar. Isto inclui não só o carro, mas também bicicletas, ferramentas, equipamentos desportivos, materiais de jardinagem e qualquer outra coisa que possa ocupar este espaço.

Zonas de armazenamento: Divida a garagem em zonas de acordo com as diferentes funções. Por exemplo, pode ter uma área dedicada ao estacionamento, outra para ferramentas e bricolagem, e outra para o armazenamento de itens sazonais. Esta divisão ajuda a manter o espaço organizado e funcional.

Destralhar: Antes de reorganizar, aproveite para se livrar de itens que já não usa ou que estão danificados. Vender, doar ou reciclar o que não precisa vai libertar espaço valioso e facilitar a organização.

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2.Utilize o Espaço Vertical

Uma das formas mais eficazes de otimizar o espaço numa garagem é aproveitar as paredes e o teto para armazenamento.

Prateleiras e estantes: Instalar prateleiras nas paredes é uma excelente maneira de criar espaço adicional. Pode usá-las para armazenar caixas de ferramentas, produtos de limpeza, e outros itens que utiliza com frequência. Certifique-se de que as prateleiras estão bem fixadas e que suportam o peso dos objetos armazenados.

Ganchos e suportes de parede: Ganchos são ideais para pendurar bicicletas, escadas, e ferramentas de jardinagem, enquanto os suportes de parede podem ser usados para armazenar pranchas de surf, esquis, ou até caiaques. Estes acessórios são fáceis de instalar e ajudam a manter o chão livre.

Armários de parede: Se precisar de um armazenamento mais seguro ou fechado, considere instalar armários de parede. Eles são ideais para guardar produtos químicos, tintas, e outros itens que precisam de ser mantidos fora do alcance de crianças e animais.

Teto como espaço de armazenamento: O teto da garagem é outro espaço frequentemente subutilizado. Pode instalar sistemas de prateleiras suspensas ou mesmo usar redes de armazenamento para guardar itens sazonais, como decorações de Natal ou malas de viagem.

3.Móveis Multifuncionais e Portáteis

Móveis e unidades de armazenamento multifuncionais podem fazer uma grande diferença na organização da sua garagem.

Bancadas dobráveis: Se gosta de fazer bricolagem ou pequenos projetos, uma bancada dobrável pode ser extremamente útil. Estas bancadas podem ser guardadas quando não estão em uso, liberando espaço para o carro ou outras atividades.

Unidades de armazenamento com rodas: Carrinhos de ferramentas e caixas de armazenamento com rodas são excelentes para manter os seus materiais organizados e ao mesmo tempo fáceis de mover. Pode levá-los para onde for mais conveniente e, quando terminar, guardá-los de forma eficiente.

Contentores empilháveis: Contentores de plástico empilháveis são uma solução prática para armazenar pequenos itens, como parafusos, pregos, fitas adesivas, ou até brinquedos. Certifique-se de rotular cada contentor para encontrar rapidamente o que precisa.

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4.Iluminação Adequada e Segurança

Uma garagem bem iluminada e segura é essencial para otimizar o seu uso. Muitas garagens têm iluminação insuficiente, o que pode tornar difícil encontrar objetos ou realizar tarefas com precisão.

Iluminação LED: Considere instalar luzes LED de alta eficiência energética no teto e nas áreas de trabalho. Estas luzes proporcionam uma boa visibilidade e duram muito tempo, reduzindo a necessidade de manutenção.

Iluminação adicional: Se tiver áreas específicas, como uma bancada de trabalho, adicione iluminação direta, como luzes de bancada ou projetores ajustáveis, para garantir que tem luz suficiente para realizar as suas tarefas.

Segurança: Mantenha a garagem segura instalando fechaduras de qualidade nas portas e janelas. Se armazena itens de valor, como bicicletas ou ferramentas caras, considere a instalação de um sistema de alarme ou de câmaras de segurança.

5.Criação de Espaços Multifuncionais

Além de servir como estacionamento e espaço de armazenamento, a garagem pode ser transformada em outras áreas funcionais, dependendo das suas necessidades e interesses.

Ginásio em casa: Se gosta de se exercitar, a garagem pode ser o local perfeito para montar um pequeno ginásio. Um tapete de exercício, alguns pesos, e um equipamento de cardio podem ser suficientes para criar um espaço funcional para treinar.

Oficina: Para os entusiastas da bricolagem ou da carpintaria, a garagem pode ser convertida numa oficina. Uma bancada de trabalho, ferramentas adequadas, e um sistema de armazenamento eficiente podem transformar este espaço num lugar ideal para criar e reparar.

Espaço de lazer: Com um pouco de criatividade, a garagem pode também servir como um espaço de lazer. Pode criar uma área para jogos, uma pequena sala de cinema, ou até um espaço para hobbies, como pintura ou artesanato.

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Conclusão

Otimizar o espaço da sua garagem não só aumenta a funcionalidade da sua casa, como também pode transformar esta área frequentemente negligenciada num espaço organizado e útil. Com um planeamento cuidadoso, a utilização de soluções de armazenamento inteligentes e a incorporação de diferentes funcionalidades, pode criar uma garagem que atende a todas as suas necessidades, mantendo-a arrumada e acessível. Ao seguir estas dicas, estará a maximizar o potencial da sua garagem e a melhorar a qualidade de vida no seu lar.

O que é a urbanidade?

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Falamos e ouvimos falar sobre urbanidade embora, para muitos, possa não passar de um conceito vago.

O território que nos envolve, o chão que pisamos, tem um estatuto que podemos reconhecer claramente, desconhecer totalmente ou ter algumas dúvidas sobre ele. O mais corrente de entre os estatutos do espaço que nos envolve é o seu carácter público ou privado. Mas há outros, há imensas nuances entre estes dois polos, entre o público e o privado. Quando entramos num estabelecimento comercial, por exemplo, é um espaço semi-público, embora seja propriedade privada. Ou quando estamos na coluna de acessos de um edifício de habitação coletiva, é um espaço semi-privado, embora qualquer pessoa com um propósito apropriado possa também entrar e procurar a casa de alguém que necessite de visitar. E há muitas outras situações congéneres. Habitualmente, quando estamos numa cidade, esse estatuto está tão claramente definido e enraizado que nós nem pensamos nele, usamo-lo e reconhecemo-lo no seu contexto estatutário, com naturalidade e conforto, mas nem sequer nos apercebemos desse seu incomensurável valor.

Dentro do espaço público, sabemos exactamente quando estamos a pisar uma rua, uma praça, uma avenida, quando usufruímos de um parque ou de um pequeno jardim público, quando entramos numa mata de interesse nacional. Mas há mais, um centro comercial, por exemplo, é um espaço privado de uso colectivo, mas só sobrevive enquanto emulação do espaço público.

De um ponto de vista mais sociológico, podemos então dizer que a urbanidade é a qualidade da clarificação do espaço que utilizamos, ou, se quisermos, quanto mais claro para nós for o estatuto de utilização desse espaço tanto mais urbano ele é.

Pode haver, há de certeza, muitas outras definições passíveis de serem aplicadas ao conceito de urbanidade mas, se usarmos esta, seguramente não nos enganaremos.

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Nesta perspectiva, podemos dizer que Coimbra tem uma tradição de urbanidade muito antiga, podemos dizer mesmo que esse é o seu mais valoroso património. Os edifícios e os espaços que compõem a Universidade, Alta e Sofia são excepcionais, mas o todo do conjunto urbano, com a possibilidade de uma leitura clara das suas praças, das suas ruas, dos seus parques é um valor inestimável. Esse valor é devido, sobretudo, à articulação e ao equilíbrio entre cheios e vazios, entre espaço edificado e espaço a céu aberto. Essa é a chave de compreensão que, pelo menos desde o Renascimento, talvez mesmo desde o Império Romano, dá a forma e a vida às nossas cidades.

Ora, de há algum tempo para cá, esse élan perdeu-se por completo, hoje a cidade faz-se por um conjunto de regras abstractas, índices de ocupação e zonamentos por actividades. Como se a diversidade de uso não fosse uma das mais marcantes características dos solos urbanos que se prezam. O planeamento vigente, o PDM, transformou-se numa parafernália de clichés e pressupostos anti-urbanos, completamente elaborados num mapa a duas dimensões, sem nenhuma preocupação tridimensional ou paisagística. Isso é um completo absurdo numa cidade com a riqueza topográfica de Coimbra, com as suas encostas e colinas urbanizadas. Mas é isso que conta, é isso que tem valor legislativo. Já estava a ficar ultrapassado quando foi instituído, há mais de quarenta anos. Foi sempre um enorme obstáculo à construção de uma cidade equilibrada, agradável de habitar e de usar.

Um mero exemplo, a expressão mais vazia de sentido é uma coisa que se chama abstractamente “área verde de enquadramento”, profusamente espalhada pelo PDM como caracterização vinculativa no território municipal. O que é? É um parque? É um jardim público? É uma alameda arborizada? Não. É um espaço sobrante entre dois loteamentos, um matagal de silvas, mimosas e outras infestantes, pontuada com canaviais ressequidos e pintado de verde no mapa, um espaço descaracterizado que tem valor de lei. É impeditivo e inibidor de tudo o que é necessário para a cidade florescer, e como tal, cumprir com racionalidade o seu papel ambiental de alternativa ecológica ao crescimento suburbano difuso.

José António Bandeirinha – Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais, in Diário As Beiras (04/09/2024)

A Inteligência e o Artificial na Gestão de Pessoas

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A criação, desenvolvimento e programação a nível artístico, recreativo e cultural por entidades e agentes tem, ao longo dos tempos, sido mais concentrada nos grandes centros urbanos por comparação com as periferias e zonas rurais. Tendo em conta a maior presença de diversos públicos, a maior disponibilidade e acessibilidade de recursos e a maior probabilidade de encontrar talentos acaba por ser natural compreender esta tendência.

Contudo tendo em conta o aumento brutal no custo de vida nas grandes metrópoles tem-se verificado uma crescente deslocação populacional para zonas periféricas e rurais. As aldeias, vilas e pequenas cidades que se encontravam numa descida populacional acentuada com consequente degradação dos seus espaços e edifícios parecem ter agora uma nova oportunidade a partir destes movimentos migratórios (mantendo a atividade profissional nas grandes metrópoles ou não) e também imigratórios (com pessoas de nacionalidades cada vez mais variadas).

Os territórios da chamada “província” estão a atrair atenções do ponto de vista da qualidade de vida e, obviamente, também no custo de vida, curiosamente quer se trate de classe baixa, média ou alta, fenómeno que se foi acentuado neste período posterior à crise pandémica. Porém quem vem dos grandes centros urbanos para os meios mais pequenos começa geralmente, num primeiro momento, por lamentar a falta de variedade e profundidade na oferta cultural, recreativa e artística em vários domínios por comparação com o que existe nas metrópoles (embora por vezes vá admitindo que raramente disso tirou partido quando lá estava por falta de tempo, trânsito, preços, etc).

Em certa medida, este receio tem, de facto; sustentação pelas razões que abordamos no primeiro parágrafo, mas sente-se que algo tem vindo a mudar na última década… Os públicos dos meios rurais, bem como os agentes e entidades culturais destes contextos, parecem querer assistir, conhecer, participar, criar e desenvolver coisas diferentes a que muitas vezes só se tem acesso precisamente nas… grandes cidades. Não renegando o que já existe e que tem o estatuto de tradição, parece existir também uma abertura para compreender e explorar o que é ainda, por vezes, rotulado de alternativo, excêntrico, intelectual ou elitista. Na minha opinião, existem assim, no fundo, um potencial para usufruir simultaneamente da familiaridade da aldeia e da variedade da cidade, o melhor de dois mundos portanto.

Neste cenário, a regionalização ou descentralização surge como uma consequência quase inevitável em termos artísticos, recreativos e culturais. O estabelecimento de parcerias e programação em rede por entidades e agentes culturais, que atravessem concelhos, regiões ou sub-regiões rurais com população mais dispersa por territórios alargados, imerge como um desafio para responder às expectativas dos diferentes públicos, mas também para aproveitar, valorizar, desenvolver e promover recursos humanos, técnicos e logísticos dentro da mesma localidade, freguesia, concelho sub-região, região ou até mais distantes.

Para isto suceder de forma genuína, sólida e regular não basta vontade política e suporte económico, há que existir algo mais profundo, abrangente, focado e corajoso a nível social: o envolvimento com as comunidades por parte de entidades e agentes culturais.

Projetos culturais em rede com forte envolvimento com os recursos e expectativas da comunidade têm dados muitos bons resultados, conquistando, por vezes, inclusivamente um estatuto interventivo em áreas como urbanismo, ação social, educação, desporto, entre outras. Posso citar alguns exemplos, de que gosto particularmente como o “23 Milhas” em Ílhavo, o “Imaginarius” em Santa Maria da Feira, o “Bons Sons” em Cem Soldos, o “Folk Cantanhede”, a “Romaria Cultural” em Gouveia, entre muitos outros que será sempre injusto não nomear. Em todas estas “plantas com lindas flores” houve uma “semente” paciente que foi semeada por um movimento social com uma partilha comum e por isso mesmo deram… “frutos”.

A nível pessoal, os dois processos mais inspiradores que conheço por dentro e nos quais reconheço esse “brilho” são o Cineclub Bairrada, por toda essa região, e o Movimento Artístico Efervescente, no concelho de Cantanhede, que vou de seguida apresentar sucintamente.

O Cineclub Bairrada, que celebra o seu sexto ano de existência, tem como objetivo geral a divulgação do Cinema em toda a região, contribuindo para o desenvolvimento da cultura, dos estudos históricos, da técnica e da arte cinematográfica. Esta entidade aposta numa intervenção cultural estruturada e congrega associações culturais em cada um dos concelhos da região da Bairrada, focando-se na formação, programação e produção em rede, com especial interesse no registo do património imaterial (projeto Herança Docs Bairrada) e no apoio a artistas da região. É o primeiro e único cineclube regional, está a conquistar espaço e a ganhar escala…

Por outro lado, há uns anos atrás, gerou-se um movimento social, artístico e cultural no concelho de Cantanhede denominado Coletivo Efervescente, formado por pessoas ligadas a várias artes e ofícios nascidos e/ou residentes no concelho que queriam cruzar conhecimentos e criar produtos artísticos originais “aqui e com recursos de cá”. Os seus elementos quiseram contrariar a lógica de ter de ir “lá para fora” para se poder assistir e/ou criar espectáculos diferentes. A visão foi (e continua a ser) poder “gerar, exportar, mas também acolher” a arte criada na sua comunidade, ligando tradição e inovação de forma genuína, arrojada e diferenciadora e, assim, acrescentar referências distintivas à sua região no mapa.

Mais do que fazer, interessava a forma como se queria fazer, sem receio de arriscar para construir prestígio com personalidade própria. Num processo que teve o seu toque de ideologia utópica, mas também de concretização pragmática, revela-se, hoje em dia, importante esclarecer que projetos culturais como a “Lúcia-Lima Associação Cultural” em Cadima, a “Festa d’Anaia” na Pena, a “Catraia” na Praia da Tocha, entre outros têm, de uma forma ou de outra, essa origem comum que continua a dar frutos.

É esse o legado da Efervescente: as suas diversas expressões e ramificações, enfim, a sua influência inspiradora…

Vasco Espinhal Otero – Promotor Cultural/Cineclub Bairrada, in Diário As Beiras (23/07/2024)