Aumento da poupança está a beneficiar o mercado imobiliário

Imobiliárias Figueira da Foz

 

A pandemia não travou dinamismo no mercado residencial, mas a incerteza criada pela doença poderá explicar queda das amortizações totais e parciais de créditos à habitação.

O aumento da poupança das famílias após o surgimento da pandemia de covid-19 é explicado, em grande medida, pelo adiamento de decisões de consumo e investimento. Mas há um sector, o do imobiliário residencial, que mantém um forte dinamismo, beneficiando de aumento de liquidez de uma parte das famílias portuguesas. E este tipo de investimento ainda poderá aumentar no futuro, quando desapareceram as razões que têm levado muitos particulares a diminuir os gastos e a aumentar o aforro.

Em pleno contexto de pandemia, as transações de imóveis realizadas em 2020 por parte de particulares, para habitação própria, troca de casa, ou ainda para arrendamento, mantiveram-se elevadas. E o mesmo está a acontecer no corrente ano. O total de transações caiu 5,5% face a 2019 (a primeira queda desde 2012), mas o montante cresceu 2,4%, para 26,2 mil milhões de euros. No primeiro trimestre de 2021, foram transacionadas 43.757 habitações, no valor total de 6,9 mil milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 0,5% e 2,5%, respetivamente.

Em declarações ao PÚBLICO, a economista Paula Carvalho, da Unidade de Estudos Económicos e Financeiros do Banco BPI, o professor Pedro Bação, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Paulo Rosa, economista chefe do Banco Carregosa, admitem que o sector imobiliário já poderá estar a absorver uma parte da poupança adicional dos particulares.

Entre as alternativas aos tradicionais produtos de poupança, nomeadamente os depósitos bancários, fundos de investimento ou certificados do Estado, “o sector imobiliário será uma das fortes possibilidades”, refere Paula Carvalho, “atendendo ao reduzido peso das transações neste sector feitas com recurso a crédito (por comparação com épocas passadas)”.

A título de exemplo, em 2020, foram contratados 90.633 novos créditos à habitação (menos 1,9% do que em 2019), aplicados em perto de metade dos 171.800 imóveis transacionados, o que é revelador do peso das aquisições pagas a pronto ou sem recurso a empréstimos.

Também o professor da Universidade de Coimbra considera que “o mercado da habitação parece continuar forte, embora talvez com alguma reorientação da procura”. “Provavelmente estará também a beneficiar da poupança adicional gerada pelo confinamento”, acrescenta.

E quem está “dentro” do mercado, como o presidente da Associação dos Mediadores de Imobiliário de Portugal (ASMIP), Francisco Bacelar, não tem dúvidas sobre o peso das compras realizadas por nacionais, que estão a compensar, inclusive, algum abrandamento do investimento estrangeiro. Em 2020, este investimento cresceu 8,2%, em desaceleração face aos 10% de 2019.

Se as aquisições a pronto pagamento são maioritariamente associadas a investidores estrangeiros, Francisco Bacelar refere que isso também acontece em muitas aquisições por parte de residentes, “porque, e especialmente nos momentos de incerteza, o imobiliário apresenta-se como uma alternativa segura face a outras aplicações”.

 

Menos amortizações de crédito

Para além da compra de imóveis para habitação própria e para arrendamento – “agora já não para fins turísticos” -, o presidente da ASMIP destaca que há, “atualmente, um grande dinamismo na troca de casa, gerado pela nova realidade do confinamento/teletrabalho, com as preferências a recaírem em imóveis maiores, com varandas, ou unifamiliares, localizados fora dos grandes centros urbanos”.

Num sinal claro do dinamismo do mercado imobiliário residencial, os preços continuaram a subir, embora a um ritmo menor. No primeiro trimestre de 2021, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do INE aumentou 5,2% em termos homólogos, menos 3,4 pontos percentuais que no trimestre anterior.

Apesar do crescimento das novas operações de crédito, que no primeiro trimestre de 2021 alcançou o montante mais elevado desde o segundo trimestre de 2008, o crescimento das novas operações esteve principalmente associado a mutuários que entraram no mercado de crédito, revelam dados do Banco de Portugal.

Paralelamente, diminuíram os reembolsos antecipados totais ou parciais, o que pode sinalizar maior preocupação dos particulares em manter liquidez, a par dos valores negativos das taxas de juro que estão subjacentes à maioria dos contratos. No ano passado, e num universo de 1,4 milhões de contratos de crédito à habitação, foram realizados 98.330 reembolsos antecipados totais ou parciais, menos 5,8% face a 2019, aos quais correspondeu um montante reembolsado de 4,2 mil milhões de euros (-13,4%).

O número de reembolsos antecipados ainda cresceu no primeiro trimestre de 2020, mas caiu a partir do momento em que se tornaram mais evidentes as consequências da pandemia.

(Fonte jornal Publico, tratado por ASMIP)

O que esperar do próximo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Imobiliarias da Figueira da Foz

 

Um Presidente da Câmara deverá ser sempre um ser humano afável, disponível e cordial para com os seus colaboradores e os seus munícipes. Disposto a ouvir e a ponderar qualquer sugestão, reclamação, projecto ou iniciativa, sejam quais forem as perspectivas, simpatias políticas ou ideológicas. Desta forma promove a cidadania e aproxima os cidadãos dos órgãos de soberania.

A governação de um concelho deve resultar da colaboração de todos os seus elementos; governantes, instituições, associações, empresários, e cidadãos em geral. Todos temos responsabilidades na construção de um concelho dinâmico, e que possa satisfazer todos os que nele habitam, trabalham ou nos visitam.

A governação nunca poderá emanar dos gabinetes e dos burocratas

apartamentos Figueira da Foz

A governação tem de ter a sensibilidade de auscultar o exterior e a chamada «vida real.» Por esse motivo o presidente da Camara Municipal da Figueira da Foz terá de conhecer como ninguém o seu concelho e as pessoas que nele habitam, bem como as suas necessidades e anseios.

A aposta estratégica na reabilitação urbana

moradias Figueira da Foz

A reabilitação é a melhor forma de modernizar, respeitando a identidade de um local, mantendo a sua dinâmica, e respeitando os seus espaços emblemáticos.

Quem reabilita não deve almejar transformar o velho em novo mas sim o velho em antigo. A «Alma» dos locais, das paisagens e dos edifícios deverá ser mantida. Resistir à tentação da chamada obra nova, que embora nova, não respeita a área envolvente, e muitas vezes sem qualquer utilidade prática.

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«A idade do betão», do abate de árvores, e a substituição de espaços verdes por estruturas deselegantes e frias já não deveria fazer parte dos projectos urbanos e de espaços que se querem elegantes, genuínos e acolhedores.

O concelho da Figueira da Foz deve ser prioritariamente dos seus habitantes, ou seja, da população residente. A cidade, vilas e aldeias devem evoluir com as dinâmicas dos seus habitantes. Um concelho com vida própria adquire identidade e encanto, e desta forma atrai o turismo naturalmente. Quem não gosta de visitar uma cidade que fervilha de vida genuína? A cidade não deve «acordar» apenas para os que nos visitam e em determinadas épocas do ano. Deve ter vida própria e apostar com entusiasmo no estímulo da habitação própria permanente. Quem não gostaria de viver numa cidade com a qualidade de vida da Figueira da Foz. Os eventos turísticos bem como toda a dinâmica de promoção da cidade deve ser promovida durante todo o ano.

Uma cidade bonita, limpa, com edifícios reabilitados, espaços verdes, dinâmicas culturais, comércio apelativo, cidadãos envolvidos com as dinâmicas da cidade.

Com toda a certeza os turistas que nos visitarem ficaram com uma enorme vontade de voltar e quem sabe ficar.

Politicas que estimulem a fixação de populações residentes deveriam ser prioritárias no próximo executivo camarário.

A criação de emprego e o desenvolvimento de todo o tecido comercial e industrial do concelho apresenta-se como uma estratégia coerente e eficaz, numa abordagem inicial, mas outros caminhos devem também ser seguidos, nomeadamente através da «captação» de população sénior, bem como de estrangeiros.

imoveis figueira da foz

A cidade da Figueira da Foz, a vila de Buarcos, bem como as restantes freguesias do concelho têm uma beleza natural que pouco estimulo turístico necessitam, a não ser a divulgação simples e directa dos seus «encantos.»

O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz que resultar destas eleições deverá resistir à tentação da promoção turística com vista ao turismo de massas, e mais nefasto, ao turismo indiscriminado, sem qualquer referência ou «target», apenas com o objectivo que nos visitem. Nunca deveremos esquecer que o que importa é a qualidade e não a quantidade. Politicas turísticas bem definidas, levando em linha de conta quem realmente desejamos atrair ao nosso concelho.

Obviamente que os desafios e a complexidade da governação não se restringe apenas a esta modestas sugestões, mas julgo que apostar na habitação própria permanente, tendo como prioridade a qualidade de vida das populações residentes, o cuidado a ter na construção de novas infra-estruturas, procurando não descaracterizar os espaços, apostando na reabilitação urbana e na transformação do velho em antigo. A prioridade na captação de novas industrias, o estímulo do turismo com estratégia e objetivos bem definidos.

António Ambrósio

Quanto vão subir as rendas das casas em 2022?

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Dados do INE apontam para aumento de 0,43%. Ou seja, 43 cêntimos por cada 100 euros cobrados pelos proprietários aos inquilinos.

O valor das rendas deverá voltar a subir 0,43% em 2022, após se ter mantido inalterado este ano, segundo os números da inflação dos últimos 12 meses até agosto, divulgados esta terça-feira, 31 de agosto de 2021, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados do INE, nos últimos 12 meses até agosto a variação média do índice de preços, excluindo a habitação, foi de 0,43%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a atualização anual das rendas para o próximo ano, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), e que representa mais 43 cêntimos por cada 100 euros de renda.

O aumento de 0,43% das rendas em 2022, aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, segue-se ao congelamento deste ano  (na sequência de variação negativa do índice de preços) e aos acréscimos de 0,51% em 2020, 1,15% em 2019, 1,12% em 2018, 0,54% em 2017 e 0,16% em 2016.

Aviso tem de ser publicado em DRE até 30 de outubro de cada ano

 

Por lei, os valores das rendas estão em geral sujeitos a atualizações anuais que se aplicam de forma automática em função da inflação. O NRAU estipula que o INE é que tem a responsabilidade de apurar o coeficiente de atualização de rendas, tendo este de constar de um aviso a publicar em Diário da República até 30 de outubro de cada ano para se tornar efetivo.

Só após a publicação em Diário da República é que os proprietários poderão anunciar aos inquilinos o aumento da renda, sendo que a subida só poderá efetivamente ocorrer 30 dias depois deste aviso.

De acordo com a lei do arrendamento, a primeira atualização pode ser exigida um ano após a vigência do contrato, e as seguintes um ano depois da atualização prévia, tendo o senhorio de comunicar por escrito, com uma antecedência mínima de 30 dias, o coeficiente de atualização e a nova renda que resulta deste cálculo. Caso não o pretendam, os senhorios não são obrigados a aplicar esta atualização.

As rendas anteriores a 1990, contudo, foram atualizadas a partir de novembro de 2012, segundo o NRAU, que permite aumentar as rendas mais antigas através de um processo de negociação entre senhorio e inquilino. Caso tenham sido objeto deste mecanismo de atualização extraordinária, ficam isentos de nova subida.

Autor: Lusa

Saiba quem tem direito à sua herança.

Imobiliárias Figueira da Foz

 

Sabia que caso tenha cônjuge, pais ou filhos, não é livre de deixar a quem quiser, a totalidade dos seus bens?!

De facto, a liberdade de atribuir os bens em testamento está condicionada, visto que uma fatia pertence, por lei, aos seus herdeiros legais, só podendo utilizar a favor de quem quiser, a quota disponível.

Se, por exemplo, deixar apenas um filho, só pode dispor de metade da herança.

Se tiver cônjuge, ou cônjuge e pais, e caso não tenha filhos, apenas poderá definir o destino de 1/3 da herança.

Para fazer uso da sua quota disponível e deixar parte dos seus bens a terceiros, é obrigatório redigir um testamento por escrito.

Moradias Figueira da Foz

O testamento pode ser público ou cerrado.

O primeiro é redigido por um notário e na presença de duas testemunhas.

O segundo é escrito e assinado pelo próprio, mas necessita de ser igualmente de ser aprovado pelo notário. Para o realizar, basta apresentar o seu cartão de identificação e duas testemunhas.

Em situações excepcionais, como por exemplo, pessoas detidas em prisões, ou em locais sem comunicações acessíveis, militares em serviço no estrangeiro, estão dispensados desta formalidade. Nestes casos, o testamento pode ser escrito e assinado pelo próprio, e entregue ao comandante, podendo também ser este a redigi-lo, tendo também de estar presentes duas testemunhas.

Em barcos ou aviões, é igualmente possível redigir um testamento em duplicado, no diário de navegação.

Em situação de calamidade pública, o testamento pode ser realizado por um juiz, ou um ministro de um culto religioso.

Em qualquer destes casos, o testamento só é válido durante dois meses. Passado esse período, deverá ser elaborado um novo documento, respeitando as regras gerais.

Por testamento pode decidir a quem devem ser entregues os bens que deixa em herança, desde que dentro da quota permitida por lei.

Desta decisão, como vimos anteriormente, fica excluída a parte a que têm direito os chamados herdeiros legitimários.

A excepção diz respeito aos filhos menores ou incapazes, devido a anomalia psíquica, declarada por tribunal. Nesses casos, como estão impedidos de fazer testamento e decidir livremente quem são os seus herdeiros, os pais ou tutores podem decidir por eles, apenas se não deixarem filhos ou ascendentes, tais como pais ou avós.

Não nos devemos esquecer que estas decisões só têm validade se forem registadas, e que é possível alterá-las a qualquer momento.

Por testamento, pode atribuir os seus bens a quem quiser, por exemplo, a amigos, familiares distantes, ou instituições de solidariedade. Tem também a possibilidade de decidir quem, em certas circunstâncias, sucede aos herdeiros que nomeou na posse dos bens, não podendo estabelecer em que mãos ficarão os mesmos, nas gerações seguintes.

Quem herda os bens de filho deficiente?

Quem tem um filho com deficiência mental profunda, pode decidir que destinos terão os seus bens.

Pode, por exemplo, escrever no testamento que os bens que o seu filho herdar de si e só estes, transitem para a sua sobrinha ‘Inês’, ou se está já tiver falecido, aos filhos desta.

Quem tem um filho menor, pode também assegurar-se de que a herança vai parar às mãos certas. Caso este fique órfão e morra antes de atingir a maioridade, consegue garantir que os bens fiquem na família, se assim o entender.

Esta decisão, apesar de definida em testamento, perde efeito assim que o filho atingir a maioridade, ou se for emancipado por via do casamento.

Como passa a herança de um herdeiro para uma instituição?

Apartamento Figueira da Foz

Se quiser que a sua moradia passe para uma instituição, depois de ser herdada por um sobrinho. Neste caso, tem que impor ao herdeiro que conserve a herança, para que após a morte deste, reverta a favor de outro, tendo o testamento que designar dois herdeiros consecutivos.

Na prática, o seu sobrinho pode usufruir da moradia, arrendá-la, mas não poderá nunca, vendê-la.

Normalmente, as heranças são divididas em 1/3, 1/2 ou 2/3, podendo a forma como se dispõe da quota disponível, alterar estas divisões. Deverá sempre consultar um profissional, que ajude a fazer as divisões correctas, e sempre de acordo com as leis em vigência.

A impugnação de um testamento é sempre um processo doloroso para as partes envolvidas, e a sua conclusão judicial poderá não traduzir a vontade do falecido, deixando traumas e sensação de injustiça em alguns dos herdeiros, difíceis de ultrapassar.

Território e ambiente – Desafios para os próximos anos

Imóveis Figueira da Foz

 

Foi dado a conhecer neste mês de Agosto o 6º relatório do Painel Internacional para as Alterações Climáticas (IPCC) em que se reforça a chamada de atenção para a necessidade (e para a urgência) de travar as alterações climáticas em curso.

 Neste relatório escreve-se que o clima está a mudar muito mais rapidamente do que estava previsto, devido sobretudo às ações humanas e à libertação de dióxido de carbono, de metano e de outros gases de efeito de estufa. O valor de 1,5°C tido como limiar “aceitável” para o aquecimento após o início da era industrial parece estar já ultrapassado e os cenários para o final do século XXI apontam para um aumento de 2,7°C se mantivermos o nível atual de emissões. Com este aumento espera-se a intensificação da fusão das neves e dos gelos, da subida do nível dos oceanos e do aumento dos riscos naturais de origem climática (ondas de calor, secas, inundações, tempestades).

Não sendo um fenómeno em que se desenvolva da mesma forma e com a mesma intensidade em todo o globo, os modelos apontam para que as regiões mediterrânicas, em que Portugal se situa, sejam das mais afectadas, tanto em termos da subida das temperaturas como da diminuição das precipitações.

Moradias Figueira da Foz

Por estas razões, anunciadas talvez de forma propositadamente alarmista, a questão das alterações climáticas está colocada na agenda da ciência, da política e da comunicação social como o grande problema ambiental do mundo atual, levando as organizações políticas, económicas, ambientais e sociais a tentar medidas de mitigação global do processo em curso, ao mesmo tempo que se intensificam medidas de adaptação que, a nível local, permitam enfrentar algumas das consequências esperadas.

A articulação entre a escala global, em que se inscrevem as alterações climáticas, e a escala local, em que se situam muitos dos problemas de perturbação ambiental e de ordenamento do território cuja resolução é determinante para melhorar as condições de vida das populações é hoje fundamental, tanto no plano científico como no plano político.

A nível de Portugal são muitos os problemas de ordenamento de território que se relacionam diretamente com o problema maior das alterações climáticas, sendo talvez os mais relevantes aqueles que se relacionam com a poluição e qualidade de vida urbanas, a erosão costeira e os incêndios florestais. Na impossibilidade de tudo tratar, foquemo-nos, ainda que muito rapidamente, neste último problema.

Nos espaços rurais do interior do país, tidos como territórios de baixa densidade, os problemas ambientais e de gestão territorial assentam em grande parte em questões demográficas. Os dados provisórios dos Censos de 2021 mostram claramente como o despovoamento e o envelhecimento de população, a estrutura agrária com prevalência do minifúndio no Norte e no Centro do país, o parcelamento excessivo da propriedade têm levado ao abandono agrícola e ao aumento da área florestal.

O deficiente cadastro e muita falta de ordenamento, associados também à falta de capacidade das entidades municipais para fazerem ou supervisionarem a necessária gestão florestal, fazem dos incêndios florestais, um dos principais e mais escandalosos problemas ambientais dos espaços rurais do nosso país, onde em muitos anos se contam por centenas de milhares de hectares, as áreas ardidas.

Claro que também aqui se invocam, demasiadas vezes e em diferentes contextos políticos e mediáticos, as alterações climáticas para justificar os incêndios que, embora dependentes das condições climáticas características do clima mediterrânico, encontram na falta de ordenamento e de tratamento das florestas a sua principal causa. Torna-se, assim, absolutamente necessária uma política para o mundo rural do Interior do país capaz de promover o seu desenvolvimento económico e social, de modo a travar o despovoamento e o envelhecimento demográfico.

O momento político que vivemos, na antecâmara das eleições autárquicas deveria ser também um tempo para discussão destes problemas e para promoção da coesão territorial que o país necessita para um desenvolvimento integrado e integral e para se preparar para enfrentar um contexto ambiental que se adivinha progressivamente mais desfavorável.

Texto escrito por Lúcio Cunha, da Faculdade de Letras da UC

O Imobiliário é um dos principais motores de uma economia.

Imobiliárias

 

Praticamente todos os sectores de actividade económica estão envolvidos num processo, que tem o seu início com a aquisição de um terreno e o seu términus no consumidor final, aquele que adquire o imóvel pronto para a sua habitação, investimento ou arrendamento.

Este artigo tem como objectivo demonstrar, concretamente e de forma inequívoca a importância do sector imobiliário.

Vários profissionais e vários serviços públicos e privados estão envolvidos.

Comecemos pela aquisição de um terreno para construção urbana, seja ele para edificação de uma moradia, de um prédio em propriedade horizontal ou de uma urbanização. Os serviços públicos estão envolvidos, nomeadamente camaras municipais que recebem as suas taxas para emissão de licenças de construção e os serviços fiscais, os devidos impostos de transmissão de bens imóveis – IMT.

Seguidamente tem lugar o projecto de construção de maior ou menor complexidade. Actividades como arquitectura, engenharia civil, design e outros ramos de actividade relacionados com o projecto de um imóvel estão envolvidas.

Na fase de construção propriamente dita, o leque de profissionais aumenta; desde a fase inicial de uma construção até à fase de acabamentos finais. Cada profissional na sua especialidade: pedreiros, pintores, electricistas, canalizadores, etc., desenvolvem a sua actividade em pleno numa construção seja ela habitacional, industrial, serviços ou comercio.

De referir ainda os fornecedores dos materiais utilizados numa construção que têm a sua dinâmica única e exclusivamente no ramo imobiliário. Não podemos esquecer outros serviços envolvidos tais como os de fornecimento de água, electricidade, gás e telecomunicações. Durante este processo os serviços públicos encontram-se sempre presentes, quer na fiscalização quer na emissão de licenças.

Moradias Figueira da Foz

Finda a construção é necessário em grande parte dos casos procurar interessados na aquisição dos imóveis edificados. Nesta fase estão envolvidos os profissionais de mediação imobiliária, bem como de marketing e publicidade.

Os serviços de notariado, conservatórias e os bancos adquirem relevância no acto de aquisição propriamente dito.

O banco, grande parte das vezes, surge logo de início, no financiamento à construção e mais tarde muitas vezes também é chamado a financiar parte da aquisição dos imóveis pelos compradores ou pelos investidores.

Depois da aquisição de uma habitação outros sectores de actividade estarão envolvidos, e aqui a actividade comercial no geral estará em evidência. Decoradores, lojas de decoração, electrodomésticos, serviços de jardinagem, limpezas, etc. Tantos profissionais envolvidos que seria difícil referir todos. Por exemplo num prédio em propriedade horizontal, a constituição de um condomínio vai envolver novamente um grupo de novas actividades e algumas delas com uma dinâmica considerável.

Os serviços fornecedores de água. Electricidade, gás e telecomunicações vão encontrar no sector imobiliário a sua principal fonte de receita, seja em habitações, industrias, estabelecimentos comerciais ou escritórios. Por outro lado os serviços públicos, nomeadamente a receita fiscal é reforçada com o IMT na fase de aquisição e o IMI anual.

Muito mais haveria a dizer, mas este artigo mostra que quase todos os sectores económicos estão envolvidos na actividade imobiliária seja de forma directa ou indirecta; por exemplo, no desenvolvimento de áreas comerciais, de escolas e outros equipamentos que encontram a sua razão de ser em áreas de grande densidade habitacional e que resultam do desenvolvimento das áreas habitacionais.

Em casas vivem pessoas e pessoas precisam de qualidade de vida, reflectida nos serviços e equipamentos urbanos disponíveis. Por esse motivo é natural que os grandes centros urbanos, resultado do seu desenvolvimento imobiliário reflictam em simultâneo o desenvolvimento da actividade económica e de maior oportunidade laboral.

O progresso do ramo imobiliário é o progresso de todos e tal realidade se comprovou na fatídica crise do sector financeiro de 2008 que «destruiu» a actividade imobiliária e consequentemente todas as actividades económicas.

O sector imobiliário é sem dúvida o grande motor da economia, sem ele o «carro» não anda.

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Amigos, amigos… negócios à parte e vale mais prevenir do que remediar

Moradias Figueira da Foz

 

Há momentos da nossa vida em que tomamos decisões importantes.

Uma dessas decisões e de grande relevo é adquirir um imóvel: para habitação, apartamento, ou um terreno para construir uma moradia, por exemplo.

Antes de assinarmos um contrato promessa de compra ou venda é sempre preferível ouvir a opinião de um advogado ou solicitador que poderá verificar as condições legais em que o imóvel é vendido, se sobre ele recaem ónus ou encargos, penhoras, hipotecas, etc.

Será preferível pagar a consulta ao advogado e ficar-se tranquilo do que assinar de olhos fechados e termos surpresas desagradáveis após a assinatura.

Aquilo que previamente pode ser evitado, usando a técnica da advocacia preventiva, um pouco à imagem da medicina, consegue-se com uma mera consulta e sempre será melhor que a advocacia curativa, que nem sempre consegue resolver em tempo útil os problemas das pessoas, dada a morosidade e onerosidade da Justiça em Portugal.

Por isso caros amigos e clientes, antes de assinarem um contrato, consultem um advogado porque, como diz o ditado, “vale mais prevenir do que remediar”, isto é muito importante para o caso de fazerem o negócio sem a intervenção de uma Agência Imobiliária.

Se o negócio tiver mediação imobiliária os riscos do negócio são quase nulos, porque elas próprias já têm o seu gabinete jurídico, ou um advogado avençado, para proceder à elaboração do contrato promessa de compra e venda, e este verificará a legalidade de toda a documentação que necessita para fazerem um negócio sem problemas.

Ao fazer o negócio com uma imobiliária, estas têm também um seguro de responsabilidade civil, normalmente até ao montante dos 150.000 € (Cento e cinquenta mil Euros), que serve para cobrir os danos que eventualmente possam surgir por via do negócio e assim as partes não serem prejudicadas, porque se alguma coisa estiver errada, o seguro indemnizará os visados.

Mas para que o seguro assuma o risco e indemnize os visados, a empresa de mediação imobiliária terá que estar devidamente legalizada perante o organismo do estado que tutela essa actividade.

Recorrer a um mediador legalizado é o caminho certo para um negócio seguro.

Imobiliárias Figueira da Foz

Se decidir recorrer aos serviços de uma imobiliária, verifique primeiro se esta tem alvará para exercer a actividade através da data do seguro de responsabilidade civil, porque é essa data que atesta que o alvará está válido. Esta consulta poderá ser feita no site do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) e verificar nas Licenças de Mediação Imobiliária, vulgarmente designadas de AMI e se a mesma está em vigor.

O negócio de imóveis, não é um jogo de feijões, mas joga-se muitas vezes as economias de uma vida, por isso todo o cuidado é pouco, e vale mais prevenir do que remediar, porque diz o povo que “O seguro morreu de velho e a prudência foi ao funeral”, pelo que no que aos negócios diz respeito, todo o cuidado é pouco.

Apartamentos Figueira da Foz

Na Figueira da Foz, a Imoexpansão está há quase 30 anos de portas abertas para que faça um bom e seguro negócio. Disponham.

Contadores inteligentes vão acabar com as estimativas na conta da electricidade.

CASAS FIGUEIRA DA FOZ

 

O que é um contador inteligente (ou smart meter)?

Um contador inteligente (ou smart meter) é um contador que regista a eletricidade consumida em pequenos intervalos de tempo, tipicamente uma hora podendo chegar a 15 minutos. Se o contador inteligente estiver em telecontagem (ou telegestão) garante um conjunto de benefícios ao cliente, como o envio automático de leituras ou a faturação do consumo de eletricidade sem estimativas tornando a sua vida bem mais simples e com mais tempo para usufruir da casa, apartamento e acima de tudo da sua família.

Qual a vantagem de ter um contador inteligente?

As funcionalidades das redes inteligentes possibilitam fazer leituras à distância (sem recurso a funcionários dos operadores das redes ou do cliente), assim como realizar outras operações à distância como a alteração da potência contratada. Com as redes inteligentes, os consumidores de eletricidade poderão vir a beneficiar de serviços como:

Leituras automáticas: deixa de ser necessário recolher ou dar leituras, uma vez que estas chegam ao distribuidor de eletricidade de forma automática, enviadas pelo próprio contador.

Faturas sem estimativas: com a comunicação automática de leituras deixa de ser faturado com base em estimativas. Pagará apenas o que consumiu durante o período de faturação.

Operações remotas: o contador inteligente permite também a realização de operações remotas de rede, deixando de ser necessária a deslocação física de um técnico sempre que quiser alterar a sua potência ou tarifa.

Despiste de avarias mais eficaz: os contadores inteligentes permitem um despiste mais eficaz de avarias e a resolução remota de problemas técnicos.

Maior controlo sobre os seus consumos: os contadores inteligentes registam informação de consumo de eletricidade em períodos de curta duração. Assim, se autorizar o tratamento dos seus dados de consumo, poderemos dar-lhe informação pormenorizada sobre o seu perfil, ajudando-o a tomar decisões mais eficientes, por exemplo, quais os horários de maior consumo e qual o melhor tarifário para o tipo de consumo que faz.

O que é a potência contratada?

IMOBILIÁRIAS FIGUEIRA DA FOZ

A potência contratada é a potência máxima disponível, sendo escolhida pelo consumidor em função dos equipamentos elétricos que utiliza. A cada escalão de potência corresponde um preço específico na fatura. A potência contratada é medida em VA (Volt-Ampere).

Quanto maior for a potência contratada em sua casa ou apartamento, maior será o número de equipamentos elétricos que poderá ligar ao mesmo tempo. Existem 13 escalões de potência contratada, que vão de 1,15 kVA até 41,4 kVA. Os escalões de potência mais frequentes em Portugal são 3,45 kVA e 6,9 kVA.

Em declarações à TSF, a presidente da ERSE, Maria Cristina Portugal, deixou um conselho:

“A potência contratada deve ser escolhida pelo consumidor em função do número de equipamentos que o consumidor liga ao mesmo tempo e não por soma dos equipamentos” e quanto maior a potência contratada maior é o valor da fatura de eletricidade.

Não faz mal se o quadro disparar uma ou duas vezes durante o ano, se nunca disparou é porque está com potência a mais do que aquela que seria recomendada para os equipamentos que liga ao mesmo tempo.”

Simulador e Potência Contratada – Saiba como usar

(Fonte ERSE, tratado por IMOEXPANSÃO)

Taxas de juro no crédito à habitação batem novo mínimo histórico nos 0,8% em julho

Apartamentos Figueira da Foz

 

A taxa no crédito à habitação continuou a descer em julho, naquele que é o 11º primeiro mês consecutivo de descidas. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no sétimo mês do ano, o juro implícito continuou abaixo dos 1%, situando-se em 0,8%.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,800% em julho (0,811% no mês anterior). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,693% em junho para 0,674% em julho”, refere o INE.

Para o destino de financiamento de aquisição de habitação — o mais relevante no conjunto do crédito à habitação –, a taxa de juro implícita para o total dos contratos recuou para 0,816%, menos 1,2 pontos base face a junho. Na taxa para os contratos celebrados nos últimos três meses, a tendência foi a mesma: diminuiu para 0,67%.

Evolução dos juros implícitos

Já no que diz respeito ao capital médio em dívida, em julho observou-se uma subida de 328 para 56.790 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 116.815 euros, mais 1.950 euros do que em junho.

Por outro lado, a prestação média aumentou um euro para 235 euros e, deste montante, 38 euros correspondem a pagamento de juros e 197 euros a capital amortizado. “Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu sete euros para 285 euros”, remata o INE.

(Fonte ECO, tratado por ASMIP)

 

Os indicadores disponíveis, até ao momento, apontam que a economia portuguesa irá continuar a crescer durante o verão e no quarto trimestre, quando associada a esta baixa de juros será um bom indicador para o sector imobiliário.

Moradias Figueira da Foz

Sendo ainda escassa a informação económica do sector do turismo, que embora a recuperar ainda está longe do patamar pré-crise CONVID 19, os indicadores parecem apontar para a manutenção de algum dinamismo da actividade, o que também alavanca o sector.

A Figueira da Foz, sendo um concelho fortemente turístico, terá muito a ganhar, porque os juros baixos podem aliciar os compradores a adquirirem apartamentos ou moradias, para colocarem no alojamento local, principalmente em Buarcos, Quiaios, Gala/Cabedelo ou Costa de Lavos, por serem locais mais procurados dada a proximidade do mar e a procura do sol e mar ser uma constante.

O alívio por parte do governo com as medidas preventivas da pandemia, também vieram reforçar a confiança dos investidores, fazendo-os acreditar que o mau tempo já lá vai e motivá-los a aplicar o seu dinheiro sem o receio de retrocesso no que à pandemia diz respeito.

O turismo interno foi uma tendência neste último trimestre. Os Portugueses ao usufruírem mais das ofertas nacionais farão também com que muitos deles optem por adquirir casa de férias ou de fins-de-semana. O confinamento criou nas famílias o desejo de espaços mais amplos e isolados e hoje a procura em locais que não eram opção, passaram a ter maior procura e maior valor comercial.

Imobiliárias Figueira da Foz

A baixa dos juros bancários pode também aliciar os jovens que hoje ao terem dificuldade em encontrar imóveis no mercado no arrendamento, optem pela compra da sua habitação com uma prestação muitas vezes mais acessível do que se optassem pelo arrendamento clássico.

O investidor poderá também ver no imobiliário uma boa opção para o arrendamento. Ao pedir um empréstimo ao banco, este será pago com as rendas e daqui a uns anos, o imóvel estará livre de custos, porque os valores das rendas, acrescido ao inevitável aumento da propriedade em poucos anos, o imóvel estará pago.

Numa altura em que a economia se quer revigorar, depois da saída de uma grande economia, todas estas medidas são bem-vindas.

Não podem ser únicas, mas somadas a outras acreditamos que o mau tempo já lá vai.

Figueira da Foz e a economia local desde a sua génese….

Apartamentos Figueira da Foz

 

Começamos por ter documentação escrita sobre as salinas na Figueira da Foz, através da doação testamentária de Sisnando Davides, Governador de Coimbra, ao Abade Pedro em 1096. Aqui constava a doação de terras e marinhas de sal (salinas).[1] Mais tarde, por Carta Régia[2], D. Afonso Henriques faz a doação de mais terras e Salinas nas margens do Rio Mondego, aos Monges de Mosteiro de  Santa Cruz de Coimbra em 1176[3]. Maria Helena da Cruz Coelho[4] (refere a existência de 28 documentos datados do século XIII referentes a salinas no Mondego, 11 são referentes a Lavos, 9 a Tavarede, 4 a Caceira, 3 na foz do Mondego e 1 a Oveiroa (actual Ilha da Morraceira). O sal era o ouro branco da região e altamente valorizado pelas propriedades da conservação dos alimentos, entre muitos outros aspectos.

(1) Doação testamentária , Capitão João Pereira Mano  “Lavos: Nove Séculos de História” (2000)

(2) Chancelarias Medievais Portuguesas,  Coimbra 1938, Abiah Elisabeth Reuter

(3) Mário Vieira de Sá, em “ O Sal Comum”, edição de 1947

(4) Maria Helena da Cruz Coelho, “O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média”

 

O Mosteiro de Santa Maria de Seiça que pertencia à Ordem de Cister, nasce de uma pequena comunidade de eremitas ou monges já existente em 1175, ano em que D. Afonso Henriques lhe outorgou carta de couto. 

Casas Figueira da Foz

Este rei foi o fundador de Seiça, enquanto doador do domínio inicial do mosteiro, mas foi D. Sancho I que mandou construir a abadia e introduziu os monges do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça na comunidade, a partir de 1 de Março de 1195, data da doação do Mosteiro ao abade de Alcobaça, D. Mendo, casa mãe. As vinhas eram da maior importância para os monges, arrendando as terras que eram trabalhadas por arrendatários e que pagavam muitos deles a renda em pipas de vinho. Até ao século XX muitas vinhas se mantiveram, no entanto no caso das da margem sul da Figueira da Foz forma sendo paulatinamente arrancados os pés de vinha e substituídas por arroz, como foi o caso na Quinta do Canal de Fora.
A pesca era também uma actividade de relevo na região, nomeadamente em Buarcos e Redondos, povoação de pescadores. Esta actividade secular foi importantíssima para a própria construção de embarcações, com importante destaque durante o século XVII. A dada altura a pesca do bacalhau era também uma referência, e no século XX durante o Estado Novo, é intensificada e subsidiada tendo a partir de finais da década de 50 o aliciante de, a quem se inscrevesse nesta faina maior pelo prazo de 7 anos, beneficiaria da isenção do serviço militar na guerra colonial. Também a seca do bacalhau na Ilha da Morraceira era uma actividade desenvolvida pelas mulheres, que alternavam este trabalho com o carrego do sal das salinas para os bateis que o vinham descarregar na Figueira da Foz. O bacalhau era acondicionado e posteriormente vendido.
O comércio marítimo e fluvial era fulcral e as primeiras notícias de uma alfândega na foz do Mondego datam de meados do século XVI, registando-se a existência de um almoxarife em 1559. Percebe-se a importância e dinâmica do cais.  O Conselho da Fazenda ordenou a sua reedificação, em 1692. O estaleiro da obra arrancaria somente em 1707, terminando-se no ano de 1711[5]. É este edifício que se manteve até hoje, onde se desenrolou uma actuação estratégica e fulcral da Figueira da Foz, reflectindo a importância portuária, promovendo uma crescente dinâmica comercial.

(5) BORGES, José Pedro de Aboim, “ Materiais para a História da Figueira nos Séculos XVII e XVIII”, Catarina Oliveira
DGPC, 2019

 

Este edifício tornar-se-ia famoso pela aquisição à Alfândega de uma enorme coleção de Azulejos de Delft (provenientes de Roterdão, Países Baixos, tendo sido apreendidos pela alfândega após um acidente com a embarcação de transporte dos mesmos em 1706). Os azulejos tornam-se propriedade do Cónego de Coimbra, D. José de Melo, sobrinho do Bispo Conde D. João de Melo, fundador da Casa do Paço da Figueira da Foz onde constam os ditos azulejos.

Moradias Figueira da Foz

A partir do século XVIII começam a ser exploradas as minas do carvão da Serra da Boa Viagem (Cabo Mondego).

Com a inauguração da Linha de Caminho de Ferro da Beira Alta em 3 de Agosto de 1882, em que esteve presente o rei de Portugal D. Luís, começa a intensificar-se a vinda de banhistas, quer portugueses quer espanhóis, uma vez que a Figueira da Foz era agora a praia mais próxima de Madrid. A construção do Bairro Novo, em contraposição ao Bairro Velho (hoje a baixa da Figueira da Foz) começa pela segunda metade do século XIX, com a hotelaria a tomar a sua cada vez maior expressão. O Casino Peninsular é inaugurado em do actual Casino ergueu-se, em 1884, o “Theatro-Circo Saraiva de Carvalho” é transformado em espaço de jogo e lazer, com o nome de “Casino Peninsular” – um dos mais importantes pólos de desenvolvimento e atracção do Bairro Novo.  Sendo o Casino actual, de fachada totalmente inovada, continua a ser um dos pólos de animação e atracção turística por excelência.[6]

(6) In Figueira da Foz: Rotas do Concelho – Isabel Henriques. Organ. Divisão de Cultura, Museu, Biblioteca e Arquivos da Câmara Municipal da Figueira da Foz, ed. Figueira Grande Turismo, 2005, pp 15-31.

 Figueira da Foz

Em 3 de Agosto de 1898, situado junto do Casino (Peninsular), surge mais um luxuoso edifício, construído para funcionar como casino e café-concerto, emerge para dotar o centro de veraneio do Bairro Novo de mais um equipamento de lazer e de atracção turística, bem ao gosto da sociedade da “belle époque”.

Entramos assim no século XX, com a cidade plena de desenvolvimento e virada para um turismo que cada vez mais se afirmará, atingindo o seu expoente máximo na década de 50.

Outras actividades comerciais de desenvolverão, como a vidreira do Mondego, a produção do arroz ou a introdução de papeleiras face à abertura do Estado Novo ao investimento estrangeiro.

Contudo, a partir dos anos ’70 começaria o boom da construção civil e respectiva actividade imobiliária, garantindo apartamentos e moradias tanto para habitação permanente como de 2ª habitação e férias para grande parte da população do centro do país, que tradicionalmente procurava a Figueira da Foz como destino turístico, marcando assim o início de uma nova era de desenvolvimento atraindo cada vez mais outro tipo de industrias e residentes.

Técnica de Turismo e Patrimonio


Jacqueline Batista Couto
(Técnica de Turismo e Património)