Muito se tem falado dos novos modelos de organização social, mais sustentáveis ecologicamente, socialmente mais justos e economicamente solidários, necessários para a mudança transformadora que ligar com as alterações climáticas sequer.
Mas na verdade quase sempre estamos a falar em modelos económicos, quando a mudança tem de ser mais ampla e incluir as estruturas sociais como um todo (com os seus sistemas sociais, económicos, políticos e culturais) e simultaneamente os indivíduos com os seus estilos de vida. É da relação dinâmica e complexa entre estas duas dimensões (estruturas e sujeitos) do problema (aquecimento global) e da necessária ação para com ele lidar que se abre a possibilidade da mudança transformadora que permitirá atingi os níveis de emissões que não ponham em causa as possibilidades de vida futura, tal como hoje a conhecemos. A natureza da mudança que aqui se requer é tanto individual quanto colectiva. Exige por isso mudanças profundas nos sistemas socioeconómicos tanto quanto nas convenções culturais e que são por natureza lentas de fazer. Neste contexto, as necessárias mudanças nos estilos de vida implicam a ação de reduzir o consumo (e que está na génese de outras ações) para lidar com o aquecimento global. Estas mudanças devem ser sustentadas, isto é, resultar de opções conscientes, voluntárias, ou até serem impostas através de políticas e sistemas de sanções. Na verdade, sabemos que as políticas atuais são insuficientes para atingir o almejado objectivo dos 1,5 graus. No entanto sabemos que dos estudos que as pessoas se manifestam favoráveis a uma responsabilização pública maior dos Estados, e, portanto, favoráveis a uma responsabilização pública maior dos Estados, e, portanto favoráveis a uma responsabilização pública maior dos Estados, e, portanto favoráveis a uma intervenção maior neste domínio. Apesar disso, a participação e cooperação entre os diversos atores (individuais e colectivos, cidadãos, organizações e governo local ou nacional, europeu etc.) é imprescindível para proporcionar os cortes urgentes e necessários nas emissões de carbono e ao mesmo tempo garantir o bem-estar de todos/as.
Porque o tempo não pára e os Estados demoram a fazer o que lhes cabe, e nunca é demais repetir, deixo aqui algumas das ações que todos/as nós podemos adotar a nível individual e que requerem mudanças e ajustes nos estilos de vida, para além da necessária redução do consumo em geral, como sejam as seguintes, entre outras, e que falaremos seguramente e com mais detalhe futuramente:
– Poupar energia em casa e mudar para fontes de energia renovável sempre que possível;
– Andar mais a pé, de bicicleta e transportes públicos;
– Comer mais vegetais oriundos de cadeias locais, e menos carne;
– Reutilizar e reparar mais, reciclar;
– Plantar árvores e proteger a natureza;
– Criar espaços verdes acessíveis a todos/as;
– Poupar água;
– Deixar de sair plásticos;
– Viajar menos de avião;
– Fazer ouvir a sua voz.