“O Regresso à Escola”

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Setembro, mês em que os hipermercados se enchem de materiais escolares e de pais com os respetivos filhos na azáfama para as aguardadas compras. Após aproximadamente dois meses das aulas terminarem, o desejo de voltar à rotina letiva aumenta. O mês de setembro de 2021 acompanha mudanças, indecisões, expectativas e incertezas. Lidámos com circuitos restritos no interior do recinto escolar, aulas online, sistemas híbridos… passámos por aulas síncronas e assíncronas.

Aprendemos a lidar com alterações de horários e salas de aulas, adaptações tecnológicas imediatas e uma adaptação global exigida quer a todos os profissionais de Educação, quer a todos os pais e crianças envolvidas. Tudo isto num curto espaço de tempo de, sensivelmente, um ano e meio.

Coloquemo-nos por um momento no lugar de uma qualquer criança do ensino básico: em março de 2020, ouve falar da covid-19.

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A escola fecha portões e, de repente, o que era a sua rotina diária, deixa de existir. Deixa de ver os colegas e amigos, de poder brincar fora de casa, de poder ser criança em certa medida. Posteriormente, é confrontada com aulas através de ecrãs, o que muito provavelmente se traduz em pelo menos sete horas diárias obrigatórias em frente a um computador.

O computador: uma ferramenta que se tornou o ator principal no que diz respeito à Educação neste drama pandémico. Um ator principal que, como tudo na vida, tem um potencial destrutivo, se assim o deixarmos. O aluno do ensino básico chega a setembro de 2021 com este turbilhão de acontecimentos e adaptações experienciados num curto espaço de tempo. Emoções como medo do vírus e a ansiedade criada por pensamentos de incerteza quanto ao caos que se viveu (e se vive). Expetativas de poder ver e falar com os colegas de forma livre, outrora normal.

Moradias Figueira da Foz

Outra questão que emerge é a do uso de máscaras. A sua duplica capacidade de proteger a nossa saúde e, por outro lado, de mascarar as nossas emoções.

Passámos de observadores de expressões faciais para observadores de olhares. Deixamos de ver sorrisos para ver as cores das máscaras e imaginar um sorriso por detrás das mesmas. À semelhança, na sala de aula, o professor de vinte cinco alunos é confrontado com um abafador de som e um feedback de aprendizagem dificultado pelo uso das máscaras. As crianças, por sua vez, são confrontadas com algo que retira parte da comunicação não verbal que é tão importante para o estabelecimento de relações interpessoais saudáveis.

Setembro de 2021. Um regresso tão aguardado por milhares de crianças portuguesas. O desejo, a expetativa, a euforia de voltar. Voltar com o desejo e a expetativa de uma escola segura, livre e Humana.

Paulo Cunha e Bárbara Alves, Psicólogos na Metal School Figueira da Foz

Publicidade: custo ou investimento?

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Seja um negócio, empresa, produto ou serviço, a verdade é que se a «mensagem» não passar, ou seja, se não for amplamente divulgada, é praticamente como se não existisse.

Dados do «Dentsu Ad Spend Report» apontam para que o «digital» seja o principal responsável pela retoma dos investimentos publicitários em 2021 e 2022, conquistando pela primeira vez 50% de toda a verba publicitária mundial.

Por outro lado, a Magna – unidade de estratégia global do grupo IPG Mediabrands, revela que para 2021 a tendência apontada é que o investimento no digital aumente cerca de 13%, com crescimento de dois dígitos, o que representará mais de 30% do mercado total.

Imagine que tem uma propriedade (apartamento, vivenda, terreno, etc) em Buarcos, Maiorca, Alhadas, Lavos ou em qualquer freguesia da Figueira da Foz e quer vendê-la. Ou mesmo arrendar um armazém ou escritório. E quer captar a atenção de investidores locais, nacionais e até estrangeiros.

Ou em sentido inverso, alguém que esteja fora da Figueira da Foz ou distrito de Coimbra e que pretenda aqui residir, em modelo de primeira ou mesma segunda habitação. A procura é simples: com meia dúzia de «cliques», tem rápido acesso à oferta.

Recorrendo ao digital, poderá publicitar não só através de variadas imagens, como também em vídeo.

 Com apenas um «clique», facilmente entra num endereço web e num mundo onde a informação é-lhe rapidamente disponibilizada com a vantagem, por exemplo, de através de uma hiperligação, «entrar» na cidade e ver as ofertas culturais, turísticas, educativas, desportivas, de transportes, etc.

No digital, pode ter noção do verdadeiro alcance da sua publicação, ao contrário do «papel», onde tudo se esgota numa imagem estática e que rapidamente desaparece, sem a certeza do que o seu dinheiro comprou. Uma sugestão: se mesmo assim apostar no «papel», tente saber não só a tiragem (embora seja um dado relativo….) mas acima de tudo o alcance geográfico, onde é distribuído, os hábitos de leitura, quantos assinantes tem e número de venda em quiosque, para então poder decidir em consciência.

Ao publicitar no digital – imaginemos uma imobiliária – poderá fazer um acordo de uma semana ou um mês onde o anúncio é trocado diariamente, conforme a necessidade.

Mas as escolhas que este mundo digital oferece não se ficam por aqui. Hoje em dia facilmente se percebe o público-alvo por idade, cidade, país ou até mesmo as horas de maior consulta e a partir daí, definir as suas preferências indo ao encontro dos seus objectivos. Uma dica: se tiver um site, poderá recorrer ao Google Analytics.

 

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A esta realidade, acresce outra que vem ainda reforçar a aposta no digital: a escolha da melhor plataforma. Os dados disponíveis no estudo «Os Portugueses e as Redes Sociais 2017», da Marktest Consulting, confirmam que embora estejam a surgir novas redes sociais, o Facebook ainda é a mais utilizada em Portugal.

Segundo a Marktest, o Facebook é a rede com maior penetração em Portugal, com 95.5% de referências, a que se seguem o Instagram (50.2%), o WhatsApp (48.1%), o Youtube (45.9%), o Google+ (35.4%) e o LinkedIn (30.8%).

O Instagram foi, entre as redes de maior penetração, a que teve um maior aumento relativo face ao ano anterior, ocupando agora a segunda posição. Entre os jovens dos 15 aos 24 anos, a rede atinge mesmo os 80% de penetração, um dado importante tendo em conta o surgimento dos chamados «nómadas digitais», profissionais normalmente jovens que trabalham a partir de qualquer lado para qualquer lado e que precisam constantemente de arrendar uma casa.

O WhatsApp também regista um acréscimo significativo e passa a ser a 3ª maior rede.

Por fim, falamos da importância das empresas editarem uma newsletter (boletim). Sem grandes custos, coloca-se a circular um espaço de leitura, agradável e apelativo, enviado directamente para um e-mail. Imagine que está a consultar um texto de venda de uma propriedade, mas só tem uma imagem e gostaria de ver mais. Basta clicar, no próprio texto ou imagem numa hiperligação e automaticamente é redireccionado para um álbum com 5, 10 ou 20 imagens. Fácil, certo? E prático!

Por isso, a publicidade não é um custo, mas um investimento. De preferência recorrendo às redes sociais ou site próprio.

A nossa casa

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A semana passada li uma entrevista, numa antiga revista do jornal Expresso, onde o alpinista português, João Garcia, referia que vivia num apartamento T1, com a particularidade de ter uma garagem de grandes dimensões, maior que a própria habitação, onde guardava todo o seu material de escalada. A justificação apresentada foi a de que pouco tempo passava em casa. O meu artigo terá como base esta ideia, ou seja, a relação entre a escolha de habitação e o estilo de vida de cada um de nós.

A nossa casa deverá sempre ser uma espécie de refúgio, de castelo, de espaço sagrado, onde relaxamos dos desafios do mundo lá fora. Temos, obrigatoriamente, de nos sentirmos confortáveis no nosso lar. A nossa casa deverá reflectir a nossa personalidade, os nossos gostos e tudo aquilo a que damos valor. Uma casa, e quando me refiro a casa, englobo, apartamentos, Lofts e outras estruturas habitacionais, deverá ter sempre a «marca de quem nela vive». Interessante, entrar dentro de uma casa, sem a presença dos seus proprietários, e conseguir, através da disposição das divisões e da decoração da habitação, «adivinhar» a personalidade de quem lá vive. São pequenas coisas, pequenos detalhes que um olhar mais atento consegue captar; – Um móvel com CDs, onde conseguimos ver que tipo de música é ouvida, os quadros na parede; o design do mobiliário, os livros nas estantes e muitos outros detalhes. A própria disposição dos móveis e a sua quantidade é indicativo do carácter dos seus habitantes.

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A decoração de uma casa expressa a nossa personalidade, aquilo de que gostamos. Um estilo mais minimalista, com menor quantidade de objectos, demonstra um espirito prático e despojado; um mobiliário de época é um indício de alguém mais conservador, por outro lado, mobílias mais modernas reflectem um espirito mais liberal. As cores usadas também são boas indicadoras do estado de espirito dos residentes de uma habitação.

Infelizmente nem todos podem viver na casa onde desejariam

Quer seja por questões financeiras, quer por questões profissionais ou outras infelizmente nem todas as pessoas vivem onde desejam, mas o interior de uma casa, o que colocamos dentro dos nossos lares, embora possa ter alguns condicionamentos, apresentam uma maior liberdade de escolha. Podemos não ter em nossas casas tudo o que desejamos ou precisamos, mas podemos, com toda a certeza, ter apenas «coisas» de que gostamos. A sensação de conforto e harmonia é extremamente importante numa habitação.

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As nossas memórias, as viagens que fizemos, as pessoas que conhecemos, os momentos que vivemos estão plasmadas no nosso lar. Um quadro pintado pelo melhor amigo pendurado na parede da sala, uma estatueta que nos lembra uma viagem inesquecível; o sofá Chaise Longue que a família demorou semanas a escolher, com o pretexto quer teria de ser suficientemente grande para nele todos caberem. O armário que veio da quinta do avô e que foi restaurado com todo o carinho. Até mesmo as pequenas imperfeições nas paredes que nos lembram a infância dos nossos filhos. A mesa da cozinha, em madeira, com a marca da panela quente e aquele banco com os pés ruídos pelo cachorro.

Tudo num lar tem de «respirar» vida real, a vida de quem chega a casa, e abrindo a porta, entra no seu refúgio, no seu pequeno mundo, na sua privacidade mais privada.

77,5% dos residentes na Região Centro estão satisfeitos com a sua vida

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A medição da satisfação e da felicidade dos seus residentes é, cada vez mais, um dos indicadores utilizados para aferir o sucesso dos territórios. Por isso mesmo, vários países e regiões auscultam regularmente este tipo de perceção, tal como a Comissão Europeia, que monitoriza o espaço europeu, divulgando semestralmente esta informação no Eurobarómetro (centro de sondagens de opinião pública da União Europeia). Tendo em conta a relevância desta temática, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) acompanha também, desde 2013, a satisfação dos residentes na Região Centro, sendo este indicador parte integrante do Barómetro do Centro de Portugal, que é um instrumento de análise que pretende monitorizar o progresso alcançado pela região através de um conjunto de indicadores-chave.

O grau de satisfação dos residentes na região Centro aumentou em 2021, com 77,5% dos residentes a considerarem-se globalmente satisfeitos com a sua vida. Esta é uma das conclusões da 7.ª edição do Inquérito à Satisfação dos Residentes na região Centro, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), no âmbito do Barómetro Centro de Portugal.

O inquérito mostra que, em 2021, 12,2% dos residentes estão “muito satisfeitos”, 65,3% “satisfeitos”, 13,7% “não muito satisfeitos” e 8,8% “nada satisfeitos”. Face aos anos anteriores, destaca-se o significativo acréscimo da percentagem de inquiridos “satisfeitos” e o decréscimo expressivo de inquiridos “não muito satisfeitos”.

Estes são os resultados mais positivos das sete edições deste inquérito efetuado para a Região Centro, com 77,5% dos residentes globalmente satisfeitos, contra 73,7% em 2019, 72,5% em 2018, 77,1% em 2017, 69,2% em 2015, 58,2% em 2014 e 61,2% em 2013. Este valor é superior à média obtida pelo Eurobarómetro de março de 2021 (inquérito realizado à escala europeia) para Portugal (70%), mas continua aquém da avaliação média dos cidadãos europeus (79%), apesar da tendência de aproximação.

Entre os principais motivos de satisfação encontram-se a qualidade de vida e um nível de vida estável (24,5%), ter emprego (20,7%), ter saúde (19,3%), a vida familiar (18,3%) e gostar do local onde reside (17,3%).

Em termos de motivos de insatisfação, os problemas de saúde (29,6%), a remuneração e reformas baixas (27%) e as dificuldades financeiras (27%) são as três principais razões apontadas pelos inquiridos. A solidão (6,6%) e a pandemia Covid-19 (4,6%) aparecem, pela primeira vez, como motivo de insatisfação. O desemprego (2,6%) e as políticas governamentais (2,6%) são outros dos motivos apontados.

As mulheres revelaram-se, pelo sexto ano consecutivo, menos satisfeitas do que os homens, embora com sinais de aproximação. De facto, enquanto a quota das mulheres globalmente satisfeitas aumentou de forma expressiva face a 2019 (passando de 69% para 77%), a quota dos homens diminuiu ligeiramente (de 79% para 78%).

Tal como aconteceu em todas as vagas deste inquérito na região, os cidadãos mais jovens apresentavam-se globalmente mais satisfeitos do que os mais velhos. No entanto, face à vaga anterior do inquérito, a satisfação global dos residentes entre os 35 e 44 anos diminuiu, por contraste com os residentes com idades entre os 55 e 64 anos e entre os 25 e os 34 anos, cujo grau de satisfação aumentou consideravelmente.

No que respeita aos residentes empregados, o grau de satisfação é tendencialmente mais elevado nas profissões mais qualificadas. Em 2021, os empregados de comércio, os empregados administrativos, os quadros superiores e os quadros médios revelaram-se os mais satisfeitos com a sua vida, enquanto os agricultores e os operários especializados se mostraram os mais insatisfeitos. Face à edição transata, os empregados de comércio registaram o crescimento no grau de satisfação mais expressivo. Já os agricultores e os operários especializados foram os que apresentaram os maiores decréscimos.

O grau de satisfação é tendencialmente maior quanto mais elevadas são as habilitações escolares dos inquiridos, sendo os residentes com mestrado/pósgraduação/doutoramento os mais satisfeitos e os residentes analfabetos os mais insatisfeitos. Constatou-se aliás que os residentes sem qualquer habilitação foram os que mais diminuíram a sua satisfação face à inquirição anterior, estando agora todos estes globalmente insatisfeitos. Estes resultados mostram a relação entre a escolaridade e os níveis de satisfação.

Verifica-se que, tendencialmente, o grau de satisfação dos inquiridos vai diminuindo à medida que aumenta o tempo de residência na região. Assim, os inquiridos que residiam há menos de 10 anos na região eram os mais satisfeitos, por oposição aos que habitavam no Centro há 50 ou mais anos. Aliás, este foi o único grupo cuja quota de inquiridos globalmente satisfeitos diminuiu face à vaga anterior.

Para informações adicionais, consultar o estudo “Resultados do Inquérito à Satisfação dos Residentes na Região Centro 2021” ou o Barómetro Centro de Portugal em www.ccdrc.pt

Fonte: CCDRC

Governo pondera manter travão nas rendas antigas

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O período de transição para a atualização das rendas mais antigas termina em novembro do próximo ano, mas Governo diz estar “a avaliar os diversos cenários de intervenção” no âmbito do OE 2022.

Acerca de um ano para que os contratos de arrendamento celebrados antes 1990 poderem vir a sofrer atualizações, o Governo mantém todas as opções em cima da mesa em relação a esta matéria, incluindo a de manter estas rendas congeladas, numa altura em que negoceia o Orçamento do Estado para 2022, disse a Secretaria de Estado da Habitação ao Diário de Notícias.

O período de transição para a atualização das rendas mais antigas termina em novembro do próximo ano, depois de ter sido prorrogado por duas vezes desde que entrou em vigor a chamada “Lei Cristas”.

Agora, “tendo em consideração estes prazos, o Governo está a avaliar os diversos cenários de intervenção no âmbito da elaboração do OE 2022?, disse a secretaria de Estado de Marina Gonçalves ao jornal.

 

(Fonte ECO/Diário de Notícias, tratado por ASMIP)

“O comboio estará no centro do sistema de mobilidade que nos libertará do automóvel”

Moradias Figueira da Foz

 

Esta declaração foi proferida pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação na conferência “High-speed Rail and City-to-City Connections”, em Lisboa. No evento salientou que “fazer de 2021 o Ano Europeu do Transporte Ferroviário deu-nos um excelente pretexto para podermos passar um ano inteiro a falar de comboios na Europa”, mas salientou que Portugal está longe de ter uma das melhores redes ferroviárias da Europa.

Na sessão que antecede o início do “Conecting Europe Express”, uma viagem de comboio pela União Europeia para promover os benefícios deste transporte com início em Lisboa e fim em Paris (7 de outubro), o ministro declarou que “Portugal está longe de poder afirmar que tem uma das melhores redes ferroviárias da Europa. Portugal e Lisboa são do melhor que há na Europa, mas a rede ferroviária não.”

Pedro Nuno Santos salientou que, “após décadas de desinvestimento”, a rede ferroviária está a sofrer uma recuperação, com todos os principais corredores a serem modernizados. Acrescentando que a linha Évora-Elvas, que considerou ser “uma peça-chave para a ligação rápida entre Lisboa e Madrid”, está a avançar.

Na opinião do governante, o transporte ferroviário tem uma eficiência energética “imbatível” pelo facto de “estar eletrificado em maior escala do que qualquer outro modo de transporte.” Como frisou: “As cidades vão ter de se libertar da dependência do automóvel e o comboio estará no centro da mobilidade”.

A rede ferroviária tem, segundo o ministro, de contribuir para uma transição climática que seja justa e equilibrada. Como disse: “Sem justiça social, não haverá uma transição climática.” Defendendo, por isso, que “não será possível nem é justo obrigar as pessoas que já passam dificuldades diariamente a suportar maiores custos em dinheiro ou em tempo, quando ambos esses recursos já são tão escassos nas suas vidas” e que “a liberdade de escolha é, por vezes, um luxo” pelo que existe “a obrigação de oferecer aos cidadãos soluções que lhes permitam, ao mesmo tempo, melhorar a sua qualidade de vida e ser mais sustentáveis para o ambiente.”

O ministro das Infraestruturas e da Habitação sublinhou ainda que estão “em curso obras de modernização em todos os principais corredores da nossa rede ferroviária” e estão também “já bastante avançadas as obras da construção do maior troço de nova linha férrea em muitas décadas, a nova linha Évora – Elvas, que é uma peça chave na criação de uma ligação rápida entre Lisboa e Madrid.”

Para a próxima década, destacou, “Portugal tem três grandes prioridades para o desenvolvimento da sua rede ferroviária: concluir a eletrificação e modernização de toda a rede, resolver quatro as limitações à capacidade nas áreas metropolitanas, e criar um eixo da alta velocidade entre o Porto e Lisboa, estendendo-o depois para Norte até à Galiza.”

A comissária europeia para os Transportes, Adina Valean, que também participou na sessão, mencionou que a União Europeia tem a segunda rede ferroviária mais longa do mundo e uma das mais densas e garantiu que na estratégia de mobilidade sustentável está incluída “a duplicação do tráfego ferroviário de alta velocidade até 2030 e o seu triplo em 2050.” Mas para que isto aconteça, disse, “terá que ser concluída a rede transeuropeia de transporte.”

A comissária recordou que construir ou melhorar a infra-estrutura ferroviária “leva o seu tempo”, pelo que tem de ser melhor gerida sendo a este nível que “entra a digitalização.”

(Fonte Magazine Imobiliário, tratado por ASMIP)

Comprar terreno e fazer obras? Tudo sobre as novas ajudas públicas.

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Programa “Emparcelar para Ordenar” tem uma nova linha de crédito de 2,5 milhões de euros para os territórios vulneráveis.

Está nos teus planos comprar um terreno e fazer obras? Então este guia é para ti. Há uma nova linha de crédito com 2,5 milhões de euros destinada a apoiar a aquisição de terrenos e abrange também o custo das obras previstas no mesmo. Esta é uma medida que está inserida no programa “Emparcelar para Ordenar” que se destina a “territórios vulneráveis”. Sabe tudo sobre este apoio neste guia preparado pelo idealista/news.

O que é o programa “Emparcelar para Ordenar”?

O programa “Emparcelar para Ordenar” é uma das medidas programáticas de intervenção estabelecidas no Programa de Transformação da Paisagem (PTP) que, por si só, “configura uma estratégia para os territórios vulneráveis da floresta com elevada perigosidade de incêndio”, lê-se no site da Direção-Geral do Território.

Este programa – que foi instituído pelo decreto-lei n.º 29/2020, de 29 de junho de 2020 – visa, portanto, fomentar o “aumento da dimensão física dos prédios rústicos e, dessa forma, dar mais escala às propriedades, contribuindo para a viabilidade e sustentabilidade económica das explorações que aí estejam instaladas ou venham a instalar-se”, explicam.

O objetivo passa por gerir e investir na propriedade rural que depois terá impactos diretos e positivos na resiliência dos territórios e na dinamização das atividades agroflorestais.

Quais são as verbas disponibilizadas?

Para 2021, este programa tem a dotação de 2,5 milhões de euros que se divide do seguinte modo de acordo com o despacho n.º 8891/2021, publicado no Diário da República esta quarta-feira, dia 8 de setembro de 2021:

  • 1,5 milhões de euros para alinha de crédito de apoio ao emparcelamento, financiada pelo Fundo Florestal Permanente;
  • 1 milhão de euros para a criação de um subsídio não reembolsável( a fundo perdido) para aquisição de prédios rústicos, que é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

 

Quem pode concorrer ao apoio?

Podem candidatar-se aos apoios previstos os proprietários adquirentes, segundo o diploma publicado em junho de 2020. Mas há exceções: “são excluídos dos apoios previstos no presente decreto -lei os candidatos sobre as quais impenda processo de recuperação de auxílios do Estado, declarados incompatíveis com o mercado interno, pela Comissão Europeia, bem como aqueles que se encontrem em situação de insolvência”, lê-se ainda.

Como posso candidatar-me?

O calendário para apresentação de candidaturas deverá ser publicado no site da Direção geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGSDR). E é nesse mesmo sítio da Internet que candidatura deverá ser submetida através do preenchimento de um formulário eletrónico.

Note-se que há vários critérios de avaliação das candidaturas referidos no artigo 13º do decreto-lei n.º 29/2020.

Quais são os limites de crédito estabelecidos?

O montante máximo de crédito por beneficiário é de 150 mil euros, sendo que o mesmo limite se aplica a cada ação de emparcelamento, de acordo com o mesmo despacho.

Nos casos em que o empréstimo não exceda 100 mil euros, a taxa de juro é de 0,5%. Para os créditos superiores a 100 mil euros a taxa de juro é de 1 %.

Qual o prazo de pagamento?

utilização do crédito é realizada uma só vez e no prazo máximo de três meses após a data da celebração do contrato.

Note-se ainda que os empréstimos são concedidos pelo prazo máximo de 20 anos a contar da data da celebração do respetivo contrato. E são amortizáveis anualmente e em prestações de igual montante, sendo que a primeira amortização irá vencer um ano após a data da celebração do contrato.

Fonte: Idealista news, 9 Setembro 2021

Empreitadas da habitação em risco de derrapar devido ao aumento dos custos de construção

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Custos de construção já superam os valores de referência que foram usados nas estimativas de custos inscritas nos acordos celebrados entre as autarquias e o IHRU.

O Governo admite vir a fazer aditamentos aos acordos celebrados entre o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e as câmaras municipais, no âmbito do programa 1º Direito – que também será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – caso os preços definidos nos contratos sejam ultrapassados.

Em causa estão os custos de construção, que têm vindo a aumentar de forma “galopante” e que já superam os valores de referência que foram usados nas estimativas de custos.

“Se no decurso da execução das soluções habitacionais for previsível a superação do valor previsto no acordo, poderá prever-se um aditamento ao contrato”, admite fonte do gabinete do ministério das Infraestruturas e da Habitação ao jornal Público. O ministério admite a possibilidade, mas diz que “nesta fase não há indícios de que tal venha a ocorrer”.

Através do PRR, recorde-se, estão previstos até 1.211 milhões de euros a fundo perdido para ajudar a resolver os problemas habitacionais de 26 mil famílias. Neste momento há 89 acordos de financiamento aprovados, e estão protocoladas soluções habitacionais para cerca de 30 mil famílias.

Segundo o jornal, muitas autarquias estão a ter dificuldades em encontrar empresas disponíveis para fazer o orçamento para projetos. Já as empresas de construção queixam-se das alterações nos preços dos materiais e do problema da falta de mão de obra.

(Fonte Publico/Idealista news, tratado por ASMIP)

O Ciclismo na Figueira da Foz.

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O interesse pelo ciclismo na Figueira da Foz terá começado em Junho de 1893, pelas festas de S. João, quando foi realizado um festival velocipédico, e que levou à criação do Clube Velocipédico Figueirense (mais tarde chamado Ginásio Clube Figueirense), a forte popularização pela modalidade deveu-se a José Bento Pessoa, nascido na Figueira da Foz em 7 de Março de 1874 … um fenómeno desportivo português … nas sábias palavras de Romeu Correia, o autor da sua biografia, dada à estampa em 1974 e que já mereceu duas reedições, uma em 2008 e outra em 2013, mercê dos bons ofícios do Casino Figueira, da Tertúlia Bento Pessoa e do Ginásio Clube Figueirense.

Dotado de elevadas condições técnico-atléticas, José Bento Pessoa, rapidamente começa a vencer provas sobre provas de bicicleta e a tornar-se uma referência a nível nacional, quer em provas de resistência quer em provas de velocidade.

Em Portugal a modalidade ainda não estava federada

Bento Pessoa vai profissionalizar-se em Espanha, na União Velocipédica Espanhola, e corre pela primeira vez em Vigo em 9 de Setembro de 1896. No ano seguinte, em 12 de Abril, e para surpresa de todos, Bento Pessoa vence o Campeonato de Espanha, uma prova de 100 km, por estradas desses tempos, gastando 3 horas e 25 minutos.

A fama de José Bento Pessoa ultrapassa fronteiras e as suas provas e os seus resultados em Paris, Genebra, Turim e Berlim, dão que falar, e sempre que pode, regressa a Portugal e à sua Figueira da Foz.

Em 1905, no seu último ano de competição, Bento Pessoa ainda se desloca ao Brasil, e desloca-se à cidade de Pará, que era então o maior centro velocipédico, onde demonstra a sua invencibilidade em cima da bicicleta.

De regresso à sua Figueira da Foz, Bento Pessoa envolve-se num ambicioso projecto empresarial e constitui família. Viria a falecer com a bonita idade de 80 anos, em 7 de Julho de 1954.

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A primeira Volta a Portugal em bicicleta realizou-se entre 26 de Abril e 15 de Maio de 1927, e teve como justo vencedor, o corredor do Carcavelos António Augusto de Carvalho, que percorreu os 1.985 km da prova em 79 horas e 8 minutos, a uma média de 24, 191 km/hora.

De então para cá, e até final do passado Século XX, realizaram-se 61 edições da nossa prova-rainha do ciclismo, tendo a Figueira da Foz acolhido a caravana da Volta a Portugal para 23 partidas de etapas, e os figueirenses assistido a 24 chegadas.

Se o figueirense Alves Barbosa (pai), em 5 de Setembro de 1933, venceu na sua terra natal, a etapa da Volta que tinha começado em Aveiro, foi o seu filho António da Silva Barbosa, nascido na Fontela, e popularizado com o apelido do pai, que viria a tornar-se um nome grande no ciclismo português, ao vencer, entre muitas outras, três Voltas a Portugal e averbar um record difícil de ultrapassar, o da vitória em 34 das suas etapas.

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Como as naturais limitações do texto, termino com um pensamento que aqui gostaria de deixar registado

… Que saudades dos meus tempos de menino e moço, em que meu Pai me trazia sempre à Figueira para assistir-mos à Volta dos Campeões, em que o meu querido e saudoso Amigo Alves Barbosa venceu tantas vezes ! …

José Magalhães Castela
(Engenheiro e Escritor)

Aumento da poupança está a beneficiar o mercado imobiliário

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A pandemia não travou dinamismo no mercado residencial, mas a incerteza criada pela doença poderá explicar queda das amortizações totais e parciais de créditos à habitação.

O aumento da poupança das famílias após o surgimento da pandemia de covid-19 é explicado, em grande medida, pelo adiamento de decisões de consumo e investimento. Mas há um sector, o do imobiliário residencial, que mantém um forte dinamismo, beneficiando de aumento de liquidez de uma parte das famílias portuguesas. E este tipo de investimento ainda poderá aumentar no futuro, quando desapareceram as razões que têm levado muitos particulares a diminuir os gastos e a aumentar o aforro.

Em pleno contexto de pandemia, as transações de imóveis realizadas em 2020 por parte de particulares, para habitação própria, troca de casa, ou ainda para arrendamento, mantiveram-se elevadas. E o mesmo está a acontecer no corrente ano. O total de transações caiu 5,5% face a 2019 (a primeira queda desde 2012), mas o montante cresceu 2,4%, para 26,2 mil milhões de euros. No primeiro trimestre de 2021, foram transacionadas 43.757 habitações, no valor total de 6,9 mil milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 0,5% e 2,5%, respetivamente.

Em declarações ao PÚBLICO, a economista Paula Carvalho, da Unidade de Estudos Económicos e Financeiros do Banco BPI, o professor Pedro Bação, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Paulo Rosa, economista chefe do Banco Carregosa, admitem que o sector imobiliário já poderá estar a absorver uma parte da poupança adicional dos particulares.

Entre as alternativas aos tradicionais produtos de poupança, nomeadamente os depósitos bancários, fundos de investimento ou certificados do Estado, “o sector imobiliário será uma das fortes possibilidades”, refere Paula Carvalho, “atendendo ao reduzido peso das transações neste sector feitas com recurso a crédito (por comparação com épocas passadas)”.

A título de exemplo, em 2020, foram contratados 90.633 novos créditos à habitação (menos 1,9% do que em 2019), aplicados em perto de metade dos 171.800 imóveis transacionados, o que é revelador do peso das aquisições pagas a pronto ou sem recurso a empréstimos.

Também o professor da Universidade de Coimbra considera que “o mercado da habitação parece continuar forte, embora talvez com alguma reorientação da procura”. “Provavelmente estará também a beneficiar da poupança adicional gerada pelo confinamento”, acrescenta.

E quem está “dentro” do mercado, como o presidente da Associação dos Mediadores de Imobiliário de Portugal (ASMIP), Francisco Bacelar, não tem dúvidas sobre o peso das compras realizadas por nacionais, que estão a compensar, inclusive, algum abrandamento do investimento estrangeiro. Em 2020, este investimento cresceu 8,2%, em desaceleração face aos 10% de 2019.

Se as aquisições a pronto pagamento são maioritariamente associadas a investidores estrangeiros, Francisco Bacelar refere que isso também acontece em muitas aquisições por parte de residentes, “porque, e especialmente nos momentos de incerteza, o imobiliário apresenta-se como uma alternativa segura face a outras aplicações”.

 

Menos amortizações de crédito

Para além da compra de imóveis para habitação própria e para arrendamento – “agora já não para fins turísticos” -, o presidente da ASMIP destaca que há, “atualmente, um grande dinamismo na troca de casa, gerado pela nova realidade do confinamento/teletrabalho, com as preferências a recaírem em imóveis maiores, com varandas, ou unifamiliares, localizados fora dos grandes centros urbanos”.

Num sinal claro do dinamismo do mercado imobiliário residencial, os preços continuaram a subir, embora a um ritmo menor. No primeiro trimestre de 2021, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do INE aumentou 5,2% em termos homólogos, menos 3,4 pontos percentuais que no trimestre anterior.

Apesar do crescimento das novas operações de crédito, que no primeiro trimestre de 2021 alcançou o montante mais elevado desde o segundo trimestre de 2008, o crescimento das novas operações esteve principalmente associado a mutuários que entraram no mercado de crédito, revelam dados do Banco de Portugal.

Paralelamente, diminuíram os reembolsos antecipados totais ou parciais, o que pode sinalizar maior preocupação dos particulares em manter liquidez, a par dos valores negativos das taxas de juro que estão subjacentes à maioria dos contratos. No ano passado, e num universo de 1,4 milhões de contratos de crédito à habitação, foram realizados 98.330 reembolsos antecipados totais ou parciais, menos 5,8% face a 2019, aos quais correspondeu um montante reembolsado de 4,2 mil milhões de euros (-13,4%).

O número de reembolsos antecipados ainda cresceu no primeiro trimestre de 2020, mas caiu a partir do momento em que se tornaram mais evidentes as consequências da pandemia.

(Fonte jornal Publico, tratado por ASMIP)