Transferir o crédito habitação é boa opção? Tudo o que é preciso saber

“Se o seu spread é superior àqueles que o mercado pratica atualmente, pode equacionar transferir o crédito”, o alerta é da Deco.

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Transferir o crédito habitação para outro banco será uma solução a ter em conta para ficar a pagar uma prestação mais baixa? Será uma medida a equacionar? A resposta a estas perguntas não é fácil de dar, sendo necessário avaliar vários fatores relacionados com o próprio empréstimo concedido pelo banco. “(…) Aconselhamos a que peça soluções ao banco e que consulte, igualmente, o mercado para avaliar outras ofertas”, refere a Deco.

Não estou muito satisfeito com as condições do meu contrato de crédito habitação. Estou a ponderar mudar de banco, mas tenho algum receio. Será uma boa solução? O que me aconselham?

Se está à procura de alternativas à sua situação presente, aconselhamos a que peça soluções ao banco e que consulte, igualmente, o mercado para avaliar outras ofertas. Por exemplo, se o seu spread é superior àqueles que o mercado pratica atualmente, pode equacionar transferir o crédito, isto porque se se atualizar as condições do empréstimo, poderá poupar milhares de euros em juros associados ao crédito habitação.

Não se esqueça de pedir a Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE) e comparar a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG), a taxa de juro, quanto pagará, o Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) e depois avalie atentamente.

Relembramos que a TAEG e o MTIC são indicadores que ponderam todos os custos do crédito, ou seja, consideram não só os juros, mas também os restantes custos. Assim, perante as propostas de crédito com o mesmo montante e o mesmo prazo, a que tem uma TAEG e um MTIC mais baixos será aquela em que suportará menos custos com o empréstimo.

Se decidir transferir o crédito habitação, terá de amortizar um crédito. Tratando-se o seu contrato de crédito de um regime com taxa variável, e considerando que durante o ano de 2025 a lei prevê a isenção do pagamento da comissão de amortização, não enfrentará esse pagamento, logo menos uma despesa!

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Porém, relembramos que, ao contratar um novo empréstimo noutra instituição, iniciar um novo processo em que terá de apresentar toda a documentação, comprovar os seus rendimentos, a sua situação fiscal e profissional. Mais, o banco vai analisar o histórico em termos de endividamento e de incumprimento e avaliará a taxa de esforço, enfim existirá toda uma nova avaliação de risco.

Tem de juntar também as despesas de natureza bancária que terá de suportar, como por exemplo a comissão de abertura e de avaliação, e também as despesas de natureza legal. De forma a captar novos clientes, há bancos que suportam total ou parcialmente estes custos para que os consumidores transfiram efetivamente o seu crédito habitação.

Finalmente, é importante que tenha em conta a sua situação financeira, pois quem não tiver uma situação financeira estável poderá não ter o novo empréstimo aprovado.

By Deco Alerta, in Idealista, 4 Fevereiro 2025

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