Compradores querem retomar procura de casa assim que possível

Os compradores do mercado residencial, a nível global, planeiam voltar à procura assim que as medidas de confinamento forem levantadas. Outros planeiam fazer apenas uma pausa breve, e muito poucos suspenderam a sua procura de todo.

Esta é uma das principais tendências identificadas num inquérito recente levado a cabo pela Savills, com base numa investigação interna de 50 especialistas em toda a rede global da consultora, para medir o pulso ao mercado residencial de todo o mundo.

O mercado residencial sofreu as consequências da pandemia da Covid-19, nomeadamente uma quebra do número de transações, pois as medidas de confinamento impediram as vendas em muitos países. Mas 90% dos entrevistados afirmaram que até 30% dos compradores deixaram de procurar ativos.

Relativamente à proporção de compradores que ainda procuram e que irão viajar assim que o confinamento for suspenso, em comparação com aqueles que suspenderam os seus planos por enquanto, houve uma distribuição bastante uniforme para ambos.

O inquérito mostra também que a maior parte dos entrevistados afirma que grande parte dos compradores espera conseguir preços mais baixos do que antes do confinamento, especialmente no caso de Espanha. A tendência é menos visível em destinos de luxo.

Por outro lado, apenas 6% dos vendedores estão a considerar, ou já removeram, as suas propriedades do mercado. A maioria planeia baixar os preços, ou mantem-nos.

Fonte: Vida Imobiliária

Governo propõe prolongamento até 1 de setembro de empréstimos para rendas

IHRU recebeu mais de 1800 destes pedidos de empréstimo.

O Conselho de Ministros aprovou uma proposta que prolonga até 1 de setembro a concessão de empréstimos pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana para apoiar rendas, registando o IHRU mais de 1800 destes pedidos de empréstimo.

“O Governo vai propor à Assembleia da República o prolongamento da concessão de empréstimo para pagamento de rendas por parte do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU)”, refere uma nota emitida pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

A nota acrescenta que a proposta aprovada na passada sexta-feira pelo Conselho de Ministros contempla um prolongamento deste apoio extraordinário até 1 de setembro, “considerando-se que esta medida é aquela que se revelou mais favorável e vantajosa, quer para as famílias, quer para os senhorios, neste período de pandemia Covid-19”.

Fonte: Lusa

Vão passar a poder ser feitas escrituras de imóveis à distância

Com a crise gerada pela pandemia da Covid-19, a realização de escrituras públicas – entre outros procedimentos que envolvem conservatórias e notários que são determinantes para o setor imobiliário e para a economia em geral – saltou para o topo da lista de prioridades do Governo, dentro das medidas para promover a economia digital.

O projeto – que deverá ter de momento um caráter experimental – coordenado pela secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, envolve também a Autoridade Tributária – pelos impostos associados às transações – bem como o Instituto Nacional dos Registos e do Notariado e o Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção, além de outras partes como representantes do setor imobiliário e da Ordem dos Notários, de acordo com informações recolhidas pelo idealista/news junto de várias fontes.

Desta forma, e depois de já ser possível a realização de contratos de compra e venda, bem como de arrendamentos – além de outros procedimentos que vieram dar um alívio ao setor imobiliário neste contexto de crise, na realização de operações – a compra e venda de imóveis à distância está agora mais perto de se concretizar.

O Ministério da Justiça fez saber que está a preparar, juntamente com notários e imobiliárias, um conjunto de procedimentos, através de mecanismos informáticos, que irá facilitar, por exemplo, as escrituras públicas, realizadas por lei nas conservatórias e cartórios. A autenticação das assinaturas também está em cima da mesa, mas ainda não há datas para o lançamento das medidas.

O objetivo é manter esta nova funcionalidade mesmo depois do regresso à “normalidade”, segundo a informação avançada pela ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, para que os negócios continuem a realizar-se. Escreve o Jornal de Negócios que uma das medidas passará pela possibilidade de notários e agências imobiliárias terem um acesso direto à informação predial simplificada dos imóveis, isto é: descrição do prédio, identificação dos proprietários e dados sobre eventuais ónus, ou seja, se o imóvel está hipotecado ou se há uma penhora.

Na prática, o acesso a este tipo de informação evita uma ida ao registo predial pedir e pagar uma informação certificada do prédio quando se está a elaborar, por exemplo, uma proposta de compra e venda, e ainda não se sabe se o negócio vai mesmo avançar. De acordo com o jornal, o acesso não será gratuito, mas os valores serão muito inferiores ao custo de uma certidão passada pelo conservador, que desta forma só terá de ser pedida se e quando o negócio se concretizar.

Fonte: Idealista e Jornal de Negócios

Procura para comprar moradia acelera

A procura para comprar moradias em Portugal aumentou 14% entre a primeira e a segunda quinzena de março, enquanto a procura por compra de apartamentos caiu 24%.

O estudo foi realizado pela plataforma Imovirtual, que analisou o comportamento dos seus utilizadores no contexto das restrições impostas pela Covid-19, desde que foi decretado o Estado de Emergência em Portugal.

A plataforma revelou que registou sinais de retoma do tráfego durante a semana de 30 de março a 5 de abril, sobretudo, em comparação à semana anterior (23 a 29 de março).

Na segunda quinzena de março, a percentagem de páginas visualizadas relativas à oferta de moradia para venda, aumentou 14% face à primeira quinzena de março.

Contrariamente, a procura de apartamentos para venda diminuiu cerca de 24%.

A plataforma teve ainda um crescimento de 9% no número de utilizadores totais e de 11% tanto em novos utilizadores como em número de visitas ao portal.

COVID-19 – Prazos dos contratos de arrendamento de casas suspensos

Para fazer face às dificuldades dos tempos que estamos a passar, tento em conta a pandemia COVID-19, o Governo aprovou a suspensão da contagem dos prazos dos contratos de arrendamento ou das suas renovações. Desta forma, os arrendamentos que estiverem perto de acabar nos próximos meses serão assim prolongados.

Uma vez que “não é momento para acrescentar à ansiedade que todos vivemos, a ansiedade de procura de casa”, como explica o primeiro-ministro, António Costa, foi aprovado “um regime excecional e temporário de contagem dos prazos dos contratos de arrendamento habitacionais e não habitacionais, em que se define a manutenção em vigor dos contratos de arrendamento celebrados e que possam ter sido alvo de oposição à renovação”.

Esta suspensão está prevista durante o período do estado de emergência, assim como de outros estados de exceção que sejam declarado nos termos legais e constitucionais, e “garante a manutenção da vigência dos contratos, bem como dos direitos e deveres de ambas as partes”.