IRS — novidades e benefícios

O governo introduziu no Orçamento do Estado para 2023 (OE) novidades em matéria de IRS com o intuito de minimizar as consequências da escalada da inflação, principalmente o menor poder de compra.

As novidades têm efeitos diretos nos rendimentos dos contribuintes e devem gerar uma poupança anual entre os 18 €, para o escalão mais baixo, e os 474 €, para o escalão mais elevado.

Como já se sabe, os trabalhadores por conta de outrem com rendimentos brutos até 2700 € que tenham contrato de crédito habitação podem fazer menos retenção na fonte. Mas há mais novidades!

Os escalões do IRS serão atualizados em 5,1% para garantir que o aumento salarial não se traduz no pagamento de mais impostos.

A taxa marginal do segundo escalão desce de 23% para 21%. Este escalão abrange rendimentos entre 7479 € e os 11 284 € no próximo ano.

O montante passível de isenção de IRS sobe dos atuais 9870 € para 10 640 €.

As tabelas de retenção na fonte seguem o modelo dos escalões do IRS (modelo de taxas marginais), assim, o aumento do rendimento bruto traduz-se no aumento do rendimento líquido.

A dedução de IRS passa para 900 euros a partir do segundo filho, desde que tenham até seis anos no fim do ano a que respeita o imposto.

É possível deduzir 300 euros por cada filho, seja qual for a idade do primeiro em relação aos seguintes menores de seis anos, que somam aos 600 euros previstos por cada um.

Fonte: Doutor Finanças

Prazo para pedir reavaliação do IMI termina a 31 de dezembro

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é um imposto aplicado, exceto em caso de isenção, a prédios rústicos e urbanos, cujo valor é calculado pelas finanças com base no Valor Patrimonial Tributário (VPT) e numa taxa definida pelo município.

O VPT dos prédios urbanos é calculado com base na avaliação do imóvel, isto é, na área bruta e valor de construção, localização, qualidade e idade, e atualizado a cada 3 anos “por aplicação do coeficiente de desvalorização da moeda correspondente ao ano da última avaliação ou atualização”.

Ou seja, na atualização do IMI não constam coeficientes, como a vetustez e a localização, que podem baixar o valor do imóvel e, por consequência, do imposto.

Contudo, os proprietários de imóveis urbanos sujeitos ao pagamento de IMI têm direito a pedir uma reavaliação do imóvel, por iniciativa própria, a cada 3 anos.

Este ano, o prazo termina a 31 de dezembro, mas tome nota desta informação importante!

O pedido de reavaliação do imóvel pode baixar, mas também pode aumentar o valor do IMI, pois há coeficientes, como remodelar ou construir uma piscina, ou a realização de obras públicas na zona, que valorizam a casa. Por isso, antes de avançar com o pedido de reavaliação, verifique se existem fatores que possam agravar o valor do imposto.

Artigo 138º do Código do IMI (CIMI)

Casa — remodele sem gastar muito dinheiro

Ano novo, casa nova! Faça da velha máxima o mote para morar na casa dos seus sonhos sem comprar um imóvel novo e sem gastar muito dinheiro, ou seja, remodelando o seu lar.

Às vezes, basta mudar a posição dos móveis, a cor das paredes, os têxteis, ou instalar um sistema de iluminação moderno para transformar a casa num reino de conforto e aconchego.

Estas pequenas mudanças saem muito em conta, principalmente quando são bem planeadas, mas fazer uma remodelação profunda também não tem de significar gastar mundos e fundos.

Siga os nossos conselhos!

PLANEAR

É importante planear as obras e fazer escolhas inteligentes, para não exceder o orçamento disponível. Peça ajuda a profissionais da área da construção civil!

ESCOLHER

Escolha o momento certo para proceder às remodelações e calendarize as etapas da obra para evitar gastar mais do que o previsto.

PRIORIZAR

Priorize remodelações que satisfaçam as suas necessidades diárias: uma cozinha funcional dá sempre jeito, bem como um roupeiro no quarto, por exemplo.

PROCURAR

Para perceber como pode aproveitar a área útil da casa da melhor forma, procure ajuda especializada.

PEDIR

Peça vários orçamentos, mas saiba que o custo das obras depende da profundidade das mesmas, da qualidade dos materiais, móveis e peças decorativas e do custo da mão de obra.

Imóveis — compre, venda ou invista em segurança

Não há como negar, o panorama económico torna imperativa a definição de prioridades e a tomada de decisões conscientes e informadas, mas não temos obrigatoriamente de descartar planos, como comprar ou vender casa, ou investir em imobiliário.

A subida das taxas de juro diretoras pelo Banco Central Europeu (BCE) e, por consequência, do custo da prestação da casa, bem como a escalada dos preços dos bens essenciais, diminui o poder compra, mas há boas notícias para compradores, vendedores e investidores.

Se estiver atento à evolução do setor imobiliário e financeiro, aos nossos conselhos e, principalmente, se pedir ajuda profissional, dificilmente corre riscos ao comprar casa.

Além disso, o momento é propício para vender e investir. Descubra o porquê!

COMPRA

Atualmente, o processo de aquisição de casa deve ser guiado mais pela razão do que pela emoção. Ou seja, ao escolher a casa tenha em conta aspetos como o custo da mensalidade, do condomínio e dos impostos e ponha em segundo plano a satisfação plena das necessidades familiares, como a área dos espaços exteriores, por exemplo.

Além disso, avalie também o potencial da casa para perceber quanto pode ganhar se quiser vender depois.

VENDA

 O preço das casas nas grandes cidades não deve subir significativamente, ainda que possa haver um reajuste nos preços em zonas com menos procura. Ou seja, é um bom momento para vender!

Para valorizar o seu imóvel, renove-o antes de o colocar no mercado, pois o lucro pode ser significativo.

INVESTIMENTO

Faça render o seu dinheiro através do investimento no setor imobiliário: a rentabilidade bruta de uma casa arrendada atingiu os 5,9% no terceiro trimestre deste ano, mais 0,2% em relação ao período homólogo.

Informe-se e invista ponderadamente! Conte com o valor do investimento inicial, os impostos e os custos com obras, por exemplo.

Precisa de ajuda? Conte connosco!