Volume de investimento em imobiliário comercial aumentou 19%

Durante o primeiro semestre do ano, o volume de investimento em imobiliário comercial atingiu os 600 milhões de euros, representando um aumento de 19% face ao período homólogo de 2021.

Os principais responsáveis pela captação deste volume de capitais foram os setores da hotelaria e logística — o investimento nestas duas áreas de atividade rondou os 400 milhões de euros.

regresso dos turistas ao nosso país, pós-pandemia, atraiu a atenção e o interesse dos investidores para a hotelaria, o que levou o setor a captar 200 milhões de euros, só nos primeiros seis meses de 2022.

O setor da logística captou o mesmo volume de capital, devido ao interesse crescente na modernização do parque logístico português, ao e-commerce, aos projetos pipeline e à sua capacidade consistente de absorção.

Os números são excelentes, mas o que podemos esperar até ao fim do ano?

Prevê-se que, nos últimos 4 meses do ano, o volume de investimento em imóveis comerciais aumente, por via da conclusão da venda de ativos e de portefólios e da procura, alavancada pelos elevados níveis de liquidez.

Contudo, o grau de confiança dos investidores, face à situação económica, também influenciará a dinâmica do mercado.

48% das novas casas lançadas para o mercado já têm dono

O último relatório divulgado pela Confidencial Imobiliário mostra que nem a subida da inflação nem das taxas de juro trava a procura e aquisição de casa.

Segundo os dados do “Edifícios em Comercialização”, nos primeiros seis meses do ano, foram lançadas 12 000 casas novas (distribuídas por 280 novos empreendimentos residenciais) para o mercado e 48% já foram vendidas.

A procura de casa continua em alta e os compradores mantêm-se atentos aos produtos que saem para o mercado, pois muitas casas foram vendidas ainda em planta.

Lisboa concentra o maior volume de oferta, no que respeita a novos fogos, seguida de Gaia e do Porto, cidades onde o volume de compra superou os números da capital. Tanto em Gaia como no Porto, 46% das novas casas já têm dono.

A nível nacional verifica-se que a procura de casa está particularmente ativa, por exemplo, em Aveiro, onde 81% das casas novas (650) já foram vendidas.

Carência e Diferimento de Capital – 2 soluções para baixar o custo da prestação da casa

Pedir um empréstimo para comprar casa é uma solução, comum a muitas famílias, que implica o pagamento de prestações para amortizar o valor em dívida.

O valor a pagar por mês depende do montante solicitado e do género de taxa de juro indexada ao contrato de crédito (fixa, mista ou variável). Em contratos indexados à taxa fixa, o custo da prestação é constante, em contratos indexados à taxa mista ou variável, o valor da mensalidade está sujeito às oscilações da EURIBOR.

É através do pagamento das prestações que o cliente reembolsa a entidade credora, contudo, caso tenha necessidade de reduzir o custo da mensalidade temporariamente, pode optar pela carência ou diferimento de capital.

CARÊNCIA DE CAPITAL

Trata-se de um período em que o cliente paga apenas os juros relativos ao valor em dívida, contudo, não fica isento de pagar o que deve.

Logo que o período de carência termine, o valor da prestação será mais alto, pois, o tempo para amortizar o capital em dívida será mais curto. O montante total dos juros também será mais elevado, visto que durante o período de carência não houve amortização.

Resumindo, o empréstimo sai mais caro, mas a solução permite aliviar clientes com uma situação financeira mais frágil.

DIFERIMENTO DE CAPITAL

Adiamento do reembolso de 10 a 30% (normalmente) do capital para a última prestação do empréstimo que será bastante mais elevada, pois engloba o capital diferido. Assegure-se de que tem como pagar!

Além disso, o montante total dos juros será mais alto do que num crédito sem diferimento de capital.

Manuais Escolares – Vouchers ficam disponíveis no início de agosto

Parece que não, mas as férias escolarescaminham, a passos largos, para o último mês, por isso, é tempo de preparar o regresso às aulas e de assegurar os materiais para o próximo ano letivo.

Tal como nos anos anteriores, os vouchers para a aquisição dos manuais escolares ficam disponíveis na plataforma Manuais Escolares Gratuitos (MEGA) a partir de dia 2 de agosto.

Segundo a MEGA, todos os alunos que frequentem o ensino obrigatório, tanto nas escolas públicas do Ministério de Educação como nas escolas privadas com contrato de associação, têm direito a manuais escolares gratuitos.

A impressão dos vouchers e o levantamento dos manuais escolares fica à responsabilidade do encarregado de educação e o processo de atribuição dos mesmos decorre por fases, por isso, anote as datas.

  • 2 de agosto terá início a emissão de vouchers relativos aos manuais escolares do 1.º ciclo, 8.º e 11.º anos.
  • A 9 de agosto terá início a emissão de vouchers relativos aos manuais escolares do 5.º, 6.º, 7.º, 9.º, 10.º e 12.º anos e outras ofertas formativas.

“É tempo de reajustar hábitos de consumos”

A subida da taxa de referência para o crédito habitação (EURIBOR) não dá tréguas desde que o Banco Central Europeu (BCE) admitiu subir as taxas de juro diretoras em fevereiro deste ano.

A EURIBOR a 6 meses, taxa de juro mais utilizada nos contratos de crédito habitação, entrou em terreno positivo a 6 de junho e subiu para os 0,534% atingindo um novo máximo desde outubro de 2012.

Há pouco tempo, também a EURIBOR a 3 meses pisou terreno positivo, pela primeira vez desde abril de 2015, fixando-se agora nos 0,042% e alcançando um novo máximo desde maio de 2015.

Perante este cenário, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) diz que é necessário “reajustar hábitos de consumos”, para assegurar a robustez das suas finanças e “acautelar imprevistos”.

Veja os conselhos da DECO abaixo.

A DECO alerta que é necessário repensar os gastos, as necessidades e as prioridades e garantir a robustez da situação financeira familiar para evitar problemas, em caso de imprevistos.

Por isso, recomenda que defina com a sua família uma estratégia para reduzir as despesas através da renegociação de contratos, por exemplo, e que adote comportamentos comprometidos com a poupança.

Crédito Habitação – Sabe se precisa de fiador para o ver aprovado?

Qualquer instituição financeira, antes de aprovar um crédito habitação, analisa e avalia, entre outros critérios, a situação financeira do cliente para perceber se há risco de incumprimento no pagamento das prestações.

Conforme as conclusões retiradas da avaliação, a entidade credora exige determinadas garantias que assegurem o reembolso do dinheiro em caso de incumprimento.

Algumas dessas garantias, como a contratação de um seguro de vida, são obrigatórias, outras, como a apresentação de um fiador, dependem do resultado da avaliação do banco às finanças do cliente.

O fiador é alguém que assume a responsabilidade pelo pagamento do valor em falta assim que o titular do contrato de crédito habitação entre em incumprimento.

Em que situações é que o banco exige fiador? Será que precisa de fiança para ver o seu crédito habitação aprovado?

Podem levar a entidade credora a exigir a apresentação de um fiador, os seguintes critérios:

– Histórico de dívidas e incumprimentos.

– Valor da taxa de esforço acima do recomendado.

– Falta de uma quantia considerável para dar de entrada.

– Existência de despesas com peso no orçamento.

– Situação profissional instável.

– Rendimentos reduzidos ou incertos.

Volume de investimento em imobiliário comercial pode atingir novo máximo

Entre janeiro e março foram investidos mais de 380 milhões de euros em imobiliário comercial, ou seja, mais de 120 milhões de euros por mês e mais do dobro em termos homólogos, segundo os dados apurados pela CBRE.

Os números não deixam margem para dúvidas — o volume de operações financeiras neste setor deverá ultrapassar os três mil milhões de euros registados antes da pandemia e pode mesmo atingir um novo máximo este ano, e a CBRE antecipa a continuidade de um forte volume de investimento em imobiliário comercial.

O segmento da logística e dos escritórios figura entre os ativos imobiliários comerciais que maior volume de investimento atrai, sendo que “a forte procura por ativos logísticos continua a exercer pressão sobre as prime yields, que diminuíram 25 pontos base” em relação ao último trimestre de 2021, ou seja, em algumas zonas, a procura ainda é superior à oferta.

Contudo, até que ponto a subida das taxas de juro e o aumento do custo de construção pode afetar dinamismo do setor?

De acordo com Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal, “apesar da subida das taxas de juro, continua a existir uma elevada liquidez para investir no setor imobiliário“, mas é expectável o adiamento de algumas transações devido “à incerteza relacionada com o aumento dos custos de construção“.

* Fonte: CBRE

Crédito Habitação Eficiente – uma solução de financiamento amiga da carteira e do ambiente

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, já anunciou o fim das taxas de juros negativas e o início de um novo ciclo. Além disso, a EURIBOR — taxa de referência para o crédito à habitação — voltou a atingir novos máximos.

Por isso, se pondera comprar um imóvel com recurso a financiamento e poupar na prestação mensal, o Crédito Habitação Eficiente é uma excelente solução.

Trata-se de uma solução de crédito habitação amiga da sua carteira e do meio ambiente, disponível para a aquisição de habitação própria permanente ou secundária, ou para arrendamento, acessível a cidadãos portugueses e estrangeiros.

A aprovação de uma solução de Crédito Habitação Eficiente está sujeita a uma única condição no respeita ao imóvel – a certificação energética do mesmo.

O acesso a condições especiais de financiamento é garantido quando no Certificado de Eficiência Energética conste a categoria ≥ A, no caso de imóveis novos, e a categoria ≥ B- no caso de imóveis usados.

“Face às exigências de uma população cada vez mais atenta à eficiência energética e sustentabilidade do planeta“, a compra de uma casa amiga do ambiente, além de permitir aceder a condições de financiamento especiais, torna-a mais valiosa futuramente.

IMI – novas regras de cálculo podem mexer com a sua carteira

A proposta do Orçamento de Estado para 2022 traz novidades para os proprietários de imóveis sujeitos ao pagamento Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Segundo a proposta apresentada pelo executivo, o valor do IMI será calculado em função da segunda avaliação do imóvel, isto é, do valor atual do mesmo.

Atualmente, a revisão do Valor Patrimonial Tributário não se refletia no cálculo do valor do IMI, ou seja, o imposto era calculado com base no VPT apurado inicialmente.

Doravante, o valor a pagar pelos proprietários de imóveis será calculado em função da segunda avaliação do imóvel.

O que significa isto na prática?

A Indexiprédi explica-lhe!

O IMI era calculado com base no VPT apurado inicialmente, a valorização ou desvalorização do imóvel não se refletia no valor a pagar. Futuramente, se o imóvel valorizar, paga mais, se desvalorizar, paga menos.

O IMI é um imposto aplicado à maioria dos proprietários de prédios rústicos e/ou urbanos calculado com base no Valor Patrimonial Tributário (VPT) e numa taxa definida pelo município. Aos prédios rústicos aplica-se uma taxa fixa (0,8%) e aos urbanos uma taxa variável (entre 0,3% e 0,45%).

Saiba quanto vai pagar a mais pela prestação da casa

Já lá vão alguns meses desde que a taxa de juro de referência para o crédito à habitação (EURIBOR) começou a subir, tendência que se intensificou no mês de abril e se irá refletir no custo da prestação da casa já este mês.

Caso a taxa de juro do seu crédito à habitação seja revista durante o mês de maio, prepare-se para pagar mais 1 a 7% pela prestação da casa nos próximos meses (3, 6 ou 12), consoante a taxa indexante associada ao seu contrato.

A taxa indexante associada ao seu empréstimo irá determinar quanto vai pagar até à próxima revisão da mesma — nos contratos indexados à EURIBOR a 3 meses a prestação da casa sobe 1%, a 6 meses 3% e a 12 meses 7%. Nos contratos a 6 e a 12 meses, o custo do crédito à habitação irá sofrer o maior aumento desde a crise financeira de 2011.

SIMULAÇÃO

150 000 € — 30 anos — SPREAD 1% + EURIBOR 3 meses = + 5 € mês

150 000 € — 30 anos — SPREAD 1% + EURIBOR 6 meses = + 14 € mês

150 000 € — 30 anos — SPREAD 1% + EURIBOR 12 meses = + 20 € mês

Mas há boas notícias!

SUBIR é a tendência da EURIBOR para os próximos tempos, mas continua em níveis baixos, ou seja, o custo da prestação da casa está longe dos valores observados na última década e a EURIBOR a 3 e a 6 meses deve manter-se em terreno negativo até 2023.

O aumento do custo da prestação da casa é uma consequência direta da subida da EURIBOR, que se intensificou no último mês, devido à possibilidade de o Banco Central Europeu subir as taxas de juro diretoras para travar os preços.